Afinal o problema do atirador do Realengo é um problema psiquiátrico ou é um problema de redução da posse de armas por civis? Na realidade, o cidadão de bem está hoje indefeso nas mãos de bandidos porque não pode portar uma arma, mesmo sabendo atirar e tendo noções de segurança, mesmo passando diariamente por situações de risco ou, ainda, provando para a Polícia Federal que tem equilíbrio e capacidade técnica para portar uma arma.
Essa reação da sociedade ao maluco do Realengo, colando a sua imagem ao porte de armas por cidadãos comuns, faz lembrar a história do marido traído, que ao flagrar a esposa com o amante no sofá da sala, trocou o sofá.
As forças de segurança poderiam ter, naqueles que sabem usar uma arma, uma força auxiliar capaz de estancar a criminalidade absurda que conhecemos hoje. O problema da arma não está na sua capacidade intrínseca de causar danos a terceiros. Ela também pode ser ferramenta de contenção dos malucos como esse do Realengo.
E se um segurança da escola ou mesmo professor do Realengo fosse capacitado a atirar em defesa dos seus alunos, o problema teria acontecido na dimensão que ocorreu? O problema da arma está na capacidade mental de quem a usa e isso incluiu policiais de todas as forças do País. Uma arma pode causar danos irreversíveis na mão de quem está autorizado a usar, na razão indireta de sua capacidade mental e técnica, quanto na mão de um bandido.
