Amanhã, em Luís Eduardo, CONAB promove “Circuito Matopiba de Armazenagem”

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), promove nesta quarta-feira (26) a primeira etapa do “Circuito Matopiba de Armazenagem”, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia. O evento debaterá os desafios do setor agropecuário na questão do armazenamento, principalmente na região de  crescente produção agrícola dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Nesta primeira etapa do circuito, especialistas falarão sobre o panorama de mercado para a safra 2015/2016 de milho, algodão e soja, ações de apoio à comercialização, a importância da armazenagem no Oeste da Bahia. Também serão abordadas as possibilidades de linha de financiamento para superar os desafios de armazenamento no país.

Podem participar do Circuito Matopiba de Armazenagem produtores, empresários do ramo e demais interessados. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas na hora e no local do evento.

Serviço:
“Circuito Matopiba de Armazenagem – 1ª Etapa”
Data: 26/08/2015
Horário: 8h
Local: Hotel Saint Louis – Rua JK, 976, Jardim Paraíso

 

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Produtores de Goiás têm dificuldades para fechar as contas da safra de verão

??????????????????????Do Mercado e Cia, no Canal Rural

Os produtores de grãos de Goiás estão sofrendo com a falta de espaço para armazenagem do milho e a baixa comercialização antecipada da segunda safra.

– A colheita de milho está trazendo prejuízo, os preços cederam drasticamente – relata o presidente da Cooperativa Comigo, Antônio Chavaglia.
A faixa de preço está em torno de R$ 15 na região, abaixo do preço mínimo de R$ 17,50. Segundo Chavaglia o governo não fez nenhuma intervenção ainda, nem sinalizou que vai fazer.
– Fala-se que tem caixa, mas o produtor tem compromissos a ser cumpridos e achou que pelo menos o preço mínimo seria garantido – diz.

Segundo ele, a Federação de Agricultura de Goiás já pediu ajuda ao Ministério da Agricultura, para subsídio da produção. A falta de espaço para estocagem intensifica o problema, ao mesmo tempo e que o produtor precisa fazer suas trocas agora, para começar o planejamento para a safra de verão.

Chavaglia afiram que 75% dos produtores já adquiriram seus insumos, mas que os pagamentos podem ser atrasados, pelo dificuldade de achar comprador para o milho.

– Você não acha comprador de volume, os produtores estão colocando o milho em silo bolsa na fazenda e não sabem quando vão comercializar.

A situação está retardando a aquisição de produtos pelos demais produtores, que devem enfrentar um custo muito mais alto do que se previa.

– E a tendência é de preços muito mais baixos para soja, com margem negativa – alerta.

Soja

A comercialização do que restou da safra de soja está lenta e os preços não estão bons. O produtor achou que as cotações iriam se sustentar e os valores reduziram. Segundo o presidente da Comigo, as perdas já acumulam diferença negativa de R$ 5 a R$ 6 por saca.

Chavaglia aposta na liquidação dos 15% a 20% que restam até o final do ano.

– Alguns acham que vai sustentar esse preço, melhorar no fim do ano; outros não. Mas o restante não é muito significativo.

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Agora é oficial: CONAB diz que vai construir armazém em Luís Eduardo

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) se prepara para melhorar a armazenagem dos estoques públicos. Para isso, serão investidos R$ 350 milhões para a construção de 10 novas unidades armazenadoras no país. A ampliação foi anunciada nesta terça-feira durante a divulgação do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, realizada no Palácio do Planalto.

Com a medida, a capacidade estática de armazenagem da Companhia passará de 1,96 milhões  para 2,81 milhões de toneladas. Segundo o presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, “a iniciativa vai fortalecer a empresa para atuar de forma incisiva nos estoques e na regulação dos preços dos produtos, atingindo de forma positiva a população brasileira”.

A iniciativa também visa ampliar a capacidade de atendimento aos programas sociais do governo e regular o abastecimento dos principais alimentos básicos, ampliando a oferta destes produtos e minimizando os riscos de impacto sobre a inflação.

Os novos armazéns serão construídos em Campina Grande (PB), Maracanaú (CE), Eliseu Martins (PI), Petrolina (PE), Anápolis (GO), Viana (ES) Xanxerê (SC), Estrela (RS) Luís Eduardo Magalhães (BA) e em Itaqui (MA).

Estruturas reformadas

Além das novas unidades anunciadas, a Companhia irá destinar R$ 150 milhões para modernizar a atual rede de armazenamento existente. A expectativa da Companhia é que sejam reformadas 84 unidades em todo o país. “Esse número pode mudar, pois serão feitos diagnósticos para determinar se há necessidade de reforma ou não”, pondera o diretor de Política Agrícola e Informações, Sílvio Porto. “Em alguns casos, inclusive, pode ser mais econômico reconstruir do que reformar”.

Entre as melhorias previstas para as unidades já existentes, estão a reforma das instalações internas e externas, a ampliação das capacidades com a troca de equipamentos mais modernos e a recuperação de outros.

Para a viabilização das medidas anunciadas, a Conab irá contratar o Banco do Brasil para atuar na gestão e fiscalização das obras de construção e modernização dos armazéns.

Armazéns privados

O governo federal busca incentivar também a construção de armazéns privados por meio de linhas de créditos especiais. A expectativa é ampliar a capacidade de estocagem em 40 milhões de toneladas de grãos. Atualmente a capacidade estática encontra-se em cerca de 144 milhões de toneladas.

“Essas ações em conjunto irão permitir o aumento da capacidade estática do país, que hoje tem um déficit de 32 milhões de toneladas”, ressalta o diretor de Operações e Abastecimento, Marcelo Melo.

De acordo com o Plano Agrícola e Pecuário, serão disponibilizados R$ 25 bilhões para a construção de silos privados nós próximos cinco anos, sendo R$ 5 bilhões na temporada 2013/14. O prazo para pagamento será de até 15 anos, com juros de 3,5% ao ano.

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Dona Dilma lança plano safra 2013/2014 neste momento

O País das super-safras não tem onde guardar sua produção
O País das super-safras não tem onde guardar sua produção

O setor agrícola aguarda com apreensão o lançamento do Plano Safra 2013/14, agora, às 11 horas, no Palácio do Planalto. A ênfase é o investimento em um problema histórico do País: a logística. Uma das promessas do governo é ampliar a capacidade de armazenagem, que tem um déficit atual estimado em mais de 40 milhões de toneladas.

Porém um dado apresentado pela própria Conab, durante audiência pública em Brasília, no fim de maio, causa inquietação: cerca de 76% dos armazéns privados, certificados pela companhia, estão impedidos de uso. Isso quer dizer que eles não estão habilitados para prestar o serviço, por falta de documentos, processos ou estrutura.

Só que a armazenagem pública não acompanha o ritmo da produção do País, cuja safra 2012/13 deve ultrapassar os 180 milhões de toneladas de grãos. Hoje existe espaço para 2,2 milhões de toneladas nos silos oficiais.

Mas a resposta do governo pode chegar nessa terça. De acordo com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, o Plano Safra dará prioridade à armazenagem. Ele discutiu o assunto em um fórum sobre logística no evento agrícola Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães (BA), no dia 28 de maio. O ministro acredita que o plano, “o maior que o Ministério da Agricultura já elaborou”, está à altura do ímpeto produtivo brasileiro.

Segundo o jornal Valor Econômico, o programa do governo prevê a construção de 21 grandes silos nas principais regiões produtoras e em portos do País. O investimento, estimado em R$ 730 milhões, aumentaria a capacidade de armazenagem pública para 4 milhões de toneladas de grãos.

Investir apenas em incremento da armazenagem pública, no entanto, não resolveria a questão, avalia o dr. João Batista Soares, professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília. “O investimento é bem-vindo, mas é melhor pensar em qualidade, e não em quantidade”, adverte. Segundo o pesquisador, o sucesso do plano depende de detalhes do planejamento, como a localização das estruturas, que devem ter o foco no produtor e nas cooperativas. Ele indica ainda que o incentivo à armazenagem privada deveria ser uma das maiores preocupações do plano.

Sukyaki Anibralem