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A resposta de Putin às sanções de Trump: o afastamento do dólar com o gás do Ártico.
Na semana passada, as empresas japonesas Mitsui e a Japan Oil, Gas and Metals National Corporation concordaram em comprar 10% do projeto Arctic LNG (gás natural liquefeito) por um preço oficial ainda não revelado, embora o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmasse que o investimento seria cerca de US $ 3 bilhões.
O fato de o próprio Putin ter comentado sobre o acordo ressalta a importância da exploração e desenvolvimento da região ártica para o Estado russo como fonte de novos e vastos recursos de petróleo e gás e o acréscimo de mais influência geopolítica, semelhante à mudança do jogo que a indústria de shale representou.
O desenvolvimento atual da Rússia no Ártico está centrado em torno da Península de Yamal, liderado principalmente pela Novatek, mas novos investimentos estão em andamento na Gazprom e na Gazprom Neft, mesmo diante das atuais e futuras sanções dos EUA.
O projeto principal do Novatek no Ártico, o Yamal LNG (não oficialmente referido como ‘Arctic 1’) anunciou na semana passada que produziu 9,0 milhões de toneladas de GNL e 0,6 milhões de toneladas de condensado de gás estável no primeiro semestre deste ano, com todos os três trens GNL operando acima da capacidade de 5,5 milhões de toneladas por ano (mtpa) durante esse período.

Isso resultou no envio de 126 navios-tanques de GNL no período de seis meses via transbordo das transportadoras de GNL da classe de gelo para embarcações convencionais na Noruega e entregues nos mercados globais, principalmente para os principais mercados-alvo da Rússia na Ásia. No geral, o projeto Yamal LNG consiste em uma planta de liquefação de gás natural de 17,4 mtpa composta por três trens de GNL de 5,5 mtpa cada e um trem de GNL de 900 mil toneladas por ano, utilizando os recursos de hidrocarbonetos do campo de Tambbeskoye do Sul no Ártico russo.
Bolsas asiáticas continuam queda nesta terça-feira.
As Bolsas da Ásia operam em forte queda nesta terça-feira, com os investidores dando sequência aos ajustes de preços provocados pelo aumento da aversão a risco. O índice Nikkei, da Bolsa do Japão, recuava 4,8% na sessão da manhã, aos 8.662 pontos; o S&P/ASX-200, da Austrália, 4,9%, mesma queda registrada pelo índice TAIEX, da Bolsa de Taiwan. O índice Kosdaq, da Coreia do Sul, caiu acima de 10%, interrompendo os negócios locais, com o acionamento do circuit breaker.
Na China, as ações também caíam, com o índice de referência do mercado chinês atingindo o menor nível em 12 meses, em meio a preocupações sobre o enfraquecimento da recuperação econômica mundial e também relacionadas à inflação local que, no mês passado, ficou acima do esperado – a taxa de inflação anualizada na China subiu para 6,5% em julho, conforme divulgação feita na manhã desta terça-feira.
O petróleo do tipo WTI (West Texas Intermediate, referência do mercado americano) era cotado a US$ 78 por barril, no nível mais baixo do ano, com temores de que a economia mundial, em desaceleração, reduzirá a demanda por combustível. Em Londres, o barril de petróleo do tipo Brent (referência europeia) caía abaixo de US$ 100 pela primeira vez desde 8 de fevereiro. Os contratos com entrega para setembro recuavam 3,6% (ou US$ 3,77), para US$ 99,97 na bolsa de futuros ICE. Na segunda-feira, o barril de referência na Europa já havia recuado 5,2%, para US$ 103,74. Da AP e Bloomberg para o Valor Econômico.


