PCC está no comando dos assaltos às transportadoras de valores

Prédio de uma transportadora de valores fica destruído após ataque de uma quadrilha de assaltantes em Ribeirão Preto, interior de São Paulo - 05/07/2016(Alfredo Risk/Folhapress)
Prédio de uma transportadora de valores fica destruído após ataque de uma quadrilha de assaltantes em Ribeirão Preto, interior de São Paulo – 05/07/2016(Alfredo Risk/Folhapress)

O Primeiro Comando da Capital (PCC) é o responsável pelos três grandes roubos a empresas de transportes de valores ocorridos nos últimos quatro meses e que renderam pelo menos 138 milhões de reais aos criminosos, segundo as investigações do Departamento de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo.

Os policiais têm uma lista de indícios que ligam as três ações, ocorridas em março, na sede da Protege, em Campinas; em abril, na Prosegur, em Santos; e a última, na semana passada, também na Prosegur, em Ribeirão Preto. Para os investigadores, os crimes foram planejados pelo mesmo grupo, que reuniria três bandos em uma espécie de consórcio criminoso.

Uma Browning-M2HB-.50 utilizada em todos os ataques. Ela rompe blindagens reforçadas como as dos carros fortes
Uma Browning-M2HB-.50 utilizada em todos os ataques. Ela rompe blindagens reforçadas como as dos carros fortes.

Uma agenda apreendida com ladrões que roubaram a Protege, em Campinas, revelou que o chefe do bando recebeu 2 milhões de reais e uma pequena parte foi dividida entre os demais bandidos que participaram da ação – cada um recebeu até 100.000 reais. Dos 48 milhões de reais levados, cerca de 30 milhões de reais foram direto para o PCC, segundo estimativa dos policiais.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) é, segundo a Wikipédia, a mais forte organização criminosa do Brasil. O grupo comanda rebeliões, assaltos, sequestros, assassinatos e narcotráfico. A facção atua principalmente em São Paulo, mas também está presente em 22 dos 27 estados brasileiros, além de países próximos, como Bolívia e Paraguai. É considerada a maior organização criminosa do país.

A organização é financiada principalmente pela venda de maconha e cocaína, mas roubos de cargas e assaltos a bancos também são fontes de faturamento. O grupo está presente em 90% dos presídios paulistas.

O tipo de armamento usado e a estratégia utilizada nos assaltos, com forte acento nos métodos usados por comandos militares, fazem crer que o assalto à Prosegur de Barreiras foi realizado por gente da mesma quadrilha.

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