Mandantes abandonam o atirador que matou Marielle para morrer na cadeia.

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Ronnie Lessa, vizinho de porta de Jair Bolsonaro em sua casa no condomínio Vivendas da Barra, acaba de ser expulso da Polícia Militar. Além de vizinho de gente importante e sogro temporário do filho 04, Renan Bolsonaro, Ronnie Lessa era um dos maiores traficantes de fuzis de alta potência do Rio de Janeiro.

Armas estavam desmontadas e guardadas em caixas — Foto: Patrícia Teixeira/G1

Os 117 fuzis encontrados na casa de um amigo de Lessa eram falsificados, mas tinham a mesma eficiência dos originais HK e Colt.

O carro que apanhou o atirador em casa no dia do assassinato de Marielle adentrou o condomínio dizendo que ia a casa de Bolsonaro. O porteiro, zeloso, ligou para a casa de Bolsonaro, e foi atendido, mas parece que a linha fixa estava conectada ao celular do proprietário. Depois de prestar depoimento à Polícia Federal o porteiro desapareceu como magia.

Assim, quando as investigações beiravam a tal casa 28, foram afastados o MPF e o superintende da Polícia Federal do Rio de Janeiro, removido para um cargo no Exterior. Por causa do episódio, o corrupto leniente, Sérgio Moro, acabou sendo destronado do Ministério da Justiça.

Hoje, Ronnie Lessa, que perdeu uma perna durante um tiroteio, foi condenado a 13 anos de prisão, pelo tráfico de armas, mas ainda não foi condenado pelo assassinato de Marielle.

Como diz a música de Bruno & Marrone, “vou negando as aparências, disfarçando as evidências.” Quando o exílio dourado, financiado pelo dinheiro mal havido, acabar, essas questões precisam ser colocadas em pauta.

No dia do assassinato de Marielle: novas informações.

Bolsonaristas quebram placa de denominação da rua Marielle Franco.

O jornalista Luís Nassif informou que o condomínio de Bolsonaro, “Vivendas da Barra”, não tem interfone. A comunicação  com a portaria é feita por telefone fixo ou por celular. No caso da casa do Bolsonaro, é feita pelo celular. Nenhum bolsonarista até agora negou essas informações.

Portanto, apesar do relatório do Ministério Público do Rio de Janeiro, voltamos à estaca zero no assunto.

O Ministério Público do Rio informou que precisa de autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para periciar “o sistema” dos áudios que supostamente desmentem o depoimento do porteiro que mencionou Jair Bolsonaro no caso da morte da vereadora Marielle Franco.

A reportagem da revista Veja cita a matéria do jornal Folha de S.Paulo que “revelou que o MP não analisou a possibilidade de os arquivos terem sido apagados ou renomeados antes de serem entregues aos investigadores.”

A matéria da revista ainda sublinha que “o MP nega e afirma que não constam indícios de adulteração nos arquivos recebidos em CD pelo órgão no dia 15 deste mês – mas informa que o computador de onde saíram os arquivos não foi analisado.“Esse CD é compatível com a planilha física. Nada impede que o sistema seja periciado como um todo tão logo tenha autorização do STF.”

E tem mais: Elaine Lessa, esposa do miliciano Ronnie Lessa, enviou, do seu celular, no dia 22 de janeiro, uma imagem da planilha do porteiro, escrita a mão, que diz que o acesso de Élcio de Queiroz, o motorista do carro de onde os dois atiraram em Marielle, teve o acesso permitido ao condomínio por liberação do “seu Jair”.

Estamos diante de uma grande e cabeluda conspiração.