Fraude na AMMO pode ser motivo para cassar mandato de Alaídio Castilho.

Alaídio Castilho: vários mandatos sem prestar contas a ninguém.

Foi formalizada na Delegacia de Polícia Judiciária e junto ao Ministério Público de Luís Eduardo, denúncia contra a atual diretoria da Associação de Moradores do Mimoso do Oeste – AMMO, de autoria dos componentes do grupo de terceira idade “Unidos dos Gerais”.

O referido grupo teve a sua entrada proibida nas dependências da AMMO pelo atual presidente, Alaídio Castilho de Moura, que exigia uma taxa de contribuição mensal, quando o primeiro estatuto da sociedade não previa esse pagamento. Dizem os integrantes do grupo, em sua denúncia, que Alaídio mandou publicar um edital, retificando tal estatuto, no jornal “O Imparcial”, que nunca circulou, tendo inclusive sua data alterada, fraudulentamente, para quatro meses antes da efetiva publicação. Diz a nota distribuída hoje:

“Os moradores do bairro Mimoso do Oeste, em Luís Eduardo Magalhães, exigem de volta os direitos adquiridos pelos estatutos da Associação de Moradores do Mimoso do Oeste (AMMO).  A denúncia contra a atual diretoria da AMMO já foi formalizada no Ministério Público de LEM e na Delegacia da cidade.

Segundo a denúncia, a data de publicação do edital de eleições para a atual diretoria foi falsificada. Publicada no jornal O Imparcial, que veiculou em março de 2009 com data falsificada, somente na folha onde estava publicado o edital da AMMO, com data de 15 de dezembro de 2008. Isso tudo criado para beneficiar a atual diretoria da AMMO, que tem como presidente Alaídio Castilho, vereador no Município.

As irregularidades não param por aí: de acordo com a denúncia, a Rádio Mundial FM, criada em nome da Associação, hoje é usada em benefício próprio da atual diretoria.

Os moradores não têm acesso à rádio e nenhuma ação consegue espaço gratuito, como prevê o Estatuto. Um abaixo assinado, com cerca mais de 800 assinaturas, ratifica a denúncia. Segundo o documento, a AMMO está abandonada, não existe mais prestação de contas e as atividades não são divulgadas para a comunidade, indo contra o que determina a lei de radiodifusão para rádios comunitárias. A comunidade quer saber que reforma está sendo feita na AMMO. Eles também questionam onde está o projeto da reforma? Onde está a secretaria da AMMO, que antes funcionava no centro da cidade, junto à Associação. E agora?

Em 2000,  a AMMO tinha 1.300 associados. Hoje tem 32. O Estatuto foi alterado por três vezes para beneficiar a própria diretoria, com direito a adulteração inescrupulosa de data no jornal Imparcial. Hoje a rádio atende a interesses particulares do atual presidente e da sua diretoria. A comunidade quer de volta o espaço para as pessoas se divertirem. O Estatuto diz que para ser sócio basta ser morador do município, mas hoje ninguém se associa com facilidade. Por quê? Porque não é interessante para a atual diretoria. A pergunta que fica é: onde fica a Associação? Como fazer para se associar? Tudo está armado para dificultar ao máximo a quantidade de sócios e manter o poder nas mãos dos que lá estão.”

Caso a denúncia seja comprovada na Justiça, Alaídio Castilho de Moura poderá sofrer processo, através de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), por faltar com o decoro enquanto vereador.