Cidadãos que correm à beira do precipício

Texto jornalístico de Thais Bilenky na edição de hoje da Folha afirma que “empresários apoiam ação militar no Rio. Não sei por que, mas sente-se um cheiro forte de eleições cremadas em altos fornos, com a instalação de um regime de força, ornamentado por um fantoche obsequioso, que bem pode ser Michel Temer.

Tanto a esquerda mais saliente, como o tucanato sequioso de poder, obviamente estariam fora do Planalto por um longo tempo. Da última vez, esse interregno durou quase 21 anos. Veja o texto da Folha:

“O avanço de militares sobre postos de comando tradicionalmente civis e suas pretensões eleitorais são recebidos com otimismo por membros da elite econômica nacional.

“Estamos em uma situação de guerra, a atitude que tem de ter é torcer a favor”, afirmou Flavio Rocha, da Riachuelo, que tenta viabilizar uma candidatura presidencial. 

“Qualquer forma de discriminação é nefasta, um militar é um ser humano como qualquer outro”, justificou.

Liderado por Rocha, o movimento Brasil 200, composto por empresários como Alberto Saraiva (Habib’s), João Apolinário (Polishop), Ronaldo Pereira Junior (Óticas Carol) e Pedro Thompson (Estácio), lançará nesta semana um plano de segurança com medidas de endurecimento do combate à violência.

Prevê ações como o acionamento de forças especiais do Exército e da Marinha “para ocupar áreas mais críticas” e operações de “apoio social” pelas Forças Armadas.

Na plateia de palestra que Flavio Rocha deu em São Paulo, na quinta-feira (1º), a empresária Rosy Verdi (Rodobens) apontou a necessidade de “uma coisa mais dura”.

“Tem hora que a gente precisa receber um não, igual criança. Precisamos de alguém que ponha o bonde nos trilhos outra vez e, para isso, militar é bom e a gente vai ter que obedecer”, opinou.

A empresária disse que “democracia tem tudo a ver”, mas elogiou o governo autoritário da Tailândia. “É um país que tem tudo o que nós temos aqui, praias maravilhosas, mas muito mais pobreza, e você não vê esse lado, vê só as coisas bonitas.”

Uma pesquisa Datafolha de junho de 2017 mostrou que as Forças Armadas são a instituição mais confiável no país hoje e sua imagem melhora nos segmentos mais ricos.

Entre os que ganham até dois salários mínimos, 38% dizem confiar muito nela e 16% não confiam. Nas famílias com renda mensal acima de dez salários mínimos, 47% confiam muito e 10% não confiam. Entre apoiadores de Jair Bolsonaro (PSC), o índice vai a 58%.

Autoritário, presidente da câmara de Formosa do Rio Preto expulsa sindicalista de sessão.

Hermínio,
Hermínio, arrogante e autoritário

O vereador de Formosa do Rio Preto, Hermínio Cordeiro dos Reis (PSL), perdeu o controle durante a sessão da última terça-feira (03/03). Em tom rude e aos berros expulsou a diretora da APLB Sindicato, professora Janete Serpa, do auditório da Câmara, ameaçando-a  com “medidas ainda mais drásticas”.

A Presidente do Sindicato
A Diretora do Sindicato

“Infelizmente, o Vereador, recém eleito presidente da Casa de Leis, foi muito desrespeitoso com toda a categoria dos professores e demais servidores da educação, não permitindo um debate mais aprofundado sobre tema de extrema relevância para os professores do município. Eu estava acompanhando a sessão da plateia em pleno exercício de minha atividade sindical”, disse a sindicalista.

Para Janete Serpa é lamentável o que vem acontecendo nesses últimos anos no município. “A situação dos professores, alunos e pais não é fácil! Todos os anos, lamentavelmente, temos que fazer mobilizações e greves. Somos muito desrespeitados pelo Prefeito, que inclusive retirou direitos conquistados pela categoria antes de sua gestão”, lamentou Janete.

Não é de hoje que Formosa do Rio Preto e seus políticos são manchetes na imprensa local, estadual e nacional. Formosa figura hoje com péssima fama de “capital da improbidade administrativa”, com inquéritos abertos junto ao ministério público por superfaturamento de obras, gastos astronômicos com compra de combustível, obras inacabadas, transporte irregular de estudantes, atrasos salariais, dentre outras irresponsabilidades. Ao invés de ofender professores e demais servidores ameaçando e reprimindo ações legítimas de classe, esses excelentíssimos senhores deveriam fiscalizar os atos do prefeito, cumprindo o papel para o qual foram eleitos e não usar da arrogância coronelista e expulsando o povo de sua casa.

Um veemente protesto contra a tortura de ontem e hoje

Rubens Paiva com a mãe, a mulher e os filhos
Rubens Paiva com a mãe, a mulher e os filhos

Vera Paiva, filha do deputado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura militar, e hoje professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, publica, no Estadão, importante libelo contra a tortura e a ausência do Estado de Direito. No artigo, ela compara a “guerra civil” de nosso País com as guerras do Afeganistão e da Síria e o número de mortes dos três conflitos, superados de longe pelo brasileiro. Ela diz, na conclusão de seu artigo:

“Espero que as novas gerações pensem com sua cabeça, enfrentem a memória histórica, recusem a mentira e teorias autoritárias do “mal necessário”. No mundo que desejo construir para meus netos, militares e policiais deixariam de proteger a cultura da tortura, e a violência não ficaria impune pelas mãos de operadores de direito; os que têm algo a dizer perderiam o medo, usariam o direito ao sigilo garantido pela Comissão da Memória e da Verdade para trazer a paz e fazer o bem.”

Leia a íntegra do artigo clicando no link acima. 

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