
O cientista político Adriano Codato, da Universidade Federal do Paraná, sobre a nova direita brasileira, na Publica.org:
Os que se dizem “liberais” no país vão desde empresários que participaram de conselhos de administração de estatais e câmaras do setor empresarial, como Gerdau, até outros que se dizem libertarians como Salim Mattar, da Localiza. Pode se falar em tendências de direita no Brasil como os Libertarians, os Tea Partiers ou os Evangélicos americanos? Há uma aliança programática entre as diversas tendências da direita para derrubar o estado de bem-estar social que identificam com o PT?
Uma afirmação relevante quando se diz que dona Dilma tem menos de 8% de aceitação. O assunto é o mais importante da política, hoje no Google Trends.
Se os beneficiários dos avanços sociais dos últimos 12 anos desconfiarem que um novo regime, liderado pelas atuais oposições, pretende reduzir os benefícios sociais, Lula ou Dilma voltam, ao contrário de Jânio Quadros, nos braços do povo, num espaço temporal reduzido de seis meses.
Eu tinha 6 anos, recém completados, em 24 de agosto de 1954, e a convulsão social com o suicídio de Getúlio Vargas alcançou os rincões mais inóspitos do País. Pude testemunhar o que os adultos conversavam na hora do chimarrão. Imagine agora com internet e redes sociais.
