A Vulcabras anunciou ontem o fechamento de seis das suas 18 fábricas no interior da Bahia. Nas unidades, trabalham 1.800 pessoas – 10% da mão de obra contratada pela companhia no Estado. Maior fabricante de calçados do país, a companhia vai desativar as fábricas de Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí, Iguaí e Itati, segundo comunicado da empresa. A Vulcabras é dona das marcas Azaleia, Olympikus e Reebok.
A companhia diz que vai transferir os trabalhadores para outras nove unidades que mantém no interior do Estado, garantindo o transporte para as novas fábricas. Quem não aceitar a transferência será demitido. A Vulcabras informou que vai pagar, além das verbas rescisórias, um bônus de dois salários mínimos.
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Azaleia volta atrás e mantém fábrica em Itapetinga.
Ao contrário do que aqui foi anunciado há poucos dias, a empresa Azaleia manterá a unidade industrial em Itapetinga, no centro-sul baiano. Pelo menos foi isso o que ouviram autoridades municipais e regionais em audiência ocorrida nesta segunda (18) na Câmara de Vereadores de Itapetinga. A Azaleia emprega cerca de 15 mil pessoas na região.
A empresa ganhou um novo fôlego com o empréstimo de R$ 64 milhões do Banco do Nordeste, intermediado pelo governo baiano. Nos seis primeiros meses do ano, 1,8 mil industriários foram demitidos pela fabricante de calçados. Os representantes da Azaleia disseram que a empresa, ao contrário dos últimos meses, voltou a contratar mão-de-obra.
A audiência de hoje teve a participação de deputados, secretários municipais e estaduais. Para o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), a ofensiva agora é para que o Governo Federal adote práticas contra o dumping praticado por indústrias com base na China e que consegue usar países como Malásia e Indonésia para exportar calçados para o Brasil. A prática enfraqueceu as fabricantes brasileiras. Enquanto um empregado na indústria chinesa ganha, na média, oitenta dólares, o daqui situa-se até na faixa de quinhentos dólares.Do blog do Pimenta.
Jaques Wagner defenderá fim da guerra fiscal entre estados.
Entre os diversos compromissos que terá em Brasília, nesta semana, o governador Jaques Wagner participa do encontro entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e os governadores nordestinos para discutir e elaborar alterações na estrutura tributária, com a finalidade de acabar com a guerra fiscal, “que tem atrapalhado a economia brasileira”. O assunto é destaque no seu programa de rádio desta terça-feira, 24 , quando ele prega a maturidade dos governadores de todas as regiões do País para se chegar a “um denominador comum” sobre a reforma tributária.
Deputados, ministros, empresários e autoridades de várias partes do Brasil vão se reunir em audiência em Brasília, amanhã, 24, para discutir a crise pela qual passa o setor calçadista no País. Uma caravana com prefeitos e sindicalistas do centro-sul da Bahia participará da audiência.
A região é das mais afetadas pela crise provocada pelo avanço dos produtos chineses no país. Embora não sinalize com fechamento, a Azaléia Nordeste, situada em Itapetinga, já demitiu mais de 1,2 mil trabalhadores neste ano, o que corresponde a quase 10% da mão de obra empregada pela fábrica na região.
A própria Azaléia já anunciou a abertura de fábrica na China, para não perder mais mercado e, ao mesmo tempo, reduzir custos de produção.
A expectativa de Wagner é de um avanço, na reunião, que aproxime os estados de uma agenda tributária positiva que facilite a vida de quem pretende investir, descomplique todo o sistema tributário e garanta “um programa nacional de desenvolvimento regional para as regiões ainda mais fragilizadas como o Norte e o Nordeste”.
A renúncia fiscal de estados nordestinos, principalmente em favorecimento de indústrias instaladas na Região Sul, tem causado efeitos devastadores na economia daqueles estados. A indústria calçadista de porte, por exemplo, transferiu-se em massa para estados do Nordeste. Agora, com a queda das vendas e a concorrência chinesa, os nordestinos começam a reconhecer que fizeram um sólido furo n’água.
