Líder da bancada do campo na Câmara se revolta contra filhote desbocado

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, repreendeu os líderes do governo no Congresso e na Câmara, Joice Hasselmann (PSL-SP) e Vitor Hugo (PSL-GO), nesta terça-feira (2).

O jornal “O Globo” presenciou a cena, que aconteceu no café da Câmara. Ao passar por Joice e Vitor Hudo, Moreira falou revoltado sobre o tuíte de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

Flávio escreveu “Quero que vocês se explodam”, em resposta a uma nota de repúdio do grupo terrorista Hamas à abertura de um escritório de negócios pelo governo brasileiro em Jerusalém. Flávio apagou o tuíte logo em seguida.

“Chega! Chegamos ao limite! Não dá mais! Acabou a paciência!”, disse Alceu Moreira, em tom de enfrentamento, segundo “O Globo”.

De acordo com o jornal, Joice e Vitor Hugo ainda tentaram acalmar o presidente da frente ruralista, mas ele saiu em disparada a um dos elevadores privativos da Câmara.

Não são temperamentais só os filhotes. Num breve encontro com a imprensa brasileira, o chamado “Presidente da República” negou-se a responder uma pergunta, quando disse aos jornalistas que “vocês só encontram assuntos negativos para produzir manchetes nos jornais”.

 

Texto do Senado pode reacender debate sobre Código Florestal

O senador Jorge Viana (PT-AC), ao ler, ontem, durante quatro horas, o relatório sobre o Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente do Senado reacendeu a polêmica em torno da questão.

O texto aprovado tornou mais flexíveis as regras somente para pequenos e médios produtores, irritando os integrantes da bancada ruralista.
Na tentativa de construir uma proposta consensual sobre a recomposição em beira de rios, ficou definido que os Estados poderão determinar a medida da recomposição no caso de propriedades pequenas e médias (de quatro a 15 módulos rurais – medida mínima de desmembramento de uma propriedade, estabelecida pelo INCRA). 
A expectativa é regularizar atividades que estejam consolidadas nas áreas de proteção. O relator defende que a recuperação mínima seja mantida em 15 metros para as demais propriedades.

Ninguém poderá afirmar que o debate em torno do novo Código Florestal deixou de ser democrático. No entanto, poucos podem ter certeza, se o novo conjunto de regras atenderá, de maneira equilibrada, o setor produtivo e os interesses do meio ambiente.