Weintraub: o maluco beleza, fascista de carteirinha, é admitido no Banco Mundial.

O Banco Mundial confirmou na noite desta quinta-feira que Abraham Weintraub foi eleito pelo grupo de países que inclui o Brasil para o cargo de diretor-executivo no Conselho.

Weintraub deve assumir seu cargo na primeira semana de agosto, e cumprirá o atual mandato, que termina em 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição.

No comunicado, que já veio com a data de sexta (31), o Banco destaca que “Diretores Executivos não são funcionários do Banco Mundial. Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas”.

De O Antagonista.

Exonerado do Ministério da Educação, com o objetivo de evitar complicações com o Supremo Tribunal Federal, Weintraub praticamente evadiu-se do Brasil, às pressas, temeroso de uma reação do STF, depois de usar palavras de baixo calão contra os ministros. Se efetivamente não for confirmada sua vaga em 31 de outubro, deverá voltar ao País e certamente não terá uma boa acolhida.

O dito cujo indigitado ex-ministro de Bolsonaro se diz amordaçado pelo STF, mas não hesita em bloquear jornalistas em seu Twitter.

No dia 16.07, Weintraub publicou o seguinte texto no Twitter, onde aparece fantasiado de homem de ferro:

 “Estão analisando a viabilidade do brinquedo. Evita que seu filho vire comunistinha de cabelo roxo e piercing no mamilo”, escreveu o ex-ministro, sempre afeito à estética e com uma profunda preocupação com a vida sexual alheia.  

Carta contra nomeação de Weintraub no Banco Mundial já conta com 270 assinaturas.

De Naomi Matsui na Coluna de Guilherme Amado na Revista Época.

Quinze organizações e mais de 255 pessoas assinaram a carta endereçada ao Banco Mundial contra a nomeação de Abraham Weintraub como diretor-executivo da instituição.

A lista de signatários inclui profissionais de várias áreas e conta com nomes como os de Chico Buarque, do diretor de cinema Fernando Meirelles, o ator Paulo Betti, o ex-ministro da Educação Rubens Ricupero, a históriadora Lília M. Schwarcz e a economista Laura Carvalho.

Entre as organizações, assinaram a ONG Conectas Direitos Humanos, a 342Artes, a 342 Amazônia e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.

A carta desaconselha a indicação de Weintraub, afirma que ele poderia causar “danos irreparáveis” e lista uma série de argumentos contra o agora ex-ministro da Educação.

Pelo visto, a estratégia de premiar Weintraub pelos ataques ao Supremo Tribunal Federal não vai dar certo. Aliás, como grande parte das medidas tomadas pela Presidência da República, que hoje, debatia com críticas ferozes, veja só, a tomada de três pinos.

Crise empurra 7,4 milhões de brasileiros à pobreza, diz Banco Mundial

Total de pessoas abaixo da linha da extrema pobreza saltou de 5,6 milhões para 10,1 milhões no País.

Da FolhaPress

A crise econômica dos últimos anos empurrou 7,4 milhões de brasileiros para a pobreza entre 2014 e 2017, segundo cálculo feito pela Folha a partir de um documento divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Mundial e da base de dados da instituição.

Isso representou um salto de 20,4% – de 36,5 milhões para quase 44 milhões – no número de pessoas vivendo com menos de US$ 5,5 por dia. O valor representa a linha oficial da pobreza usada pelo organismo multilateral e é expresso em paridade do poder de compra (PPC), que reflete diferenças no custo de vida dos países. Com base na cotação atual entre o real e o dólar, seria o equivalente a cerca de R$ 637 por mês.

O Banco Mundial trabalha ainda com a definição dos que são considerados extremamente pobres, precisando sobreviver com menos de US$ 1,90 (em PPC) por dia, o equivalente a R$ 220 a preços de hoje.

A conta feita pela reportagem a partir da base de dados da instituição com foco nesse outro recorte revela um lado ainda mais perverso da crise brasileira. O total de brasileiros vivendo abaixo da linha da extrema pobreza saltou de 5,6 milhões para 10,1 milhões entre 2014 e 2017. Ou seja, houve um acréscimo de 4,4 milhões de brasileiros considerados miseráveis no período.

O relatório divulgado pela instituição apresenta uma análise dos principais fatores que provocaram mudanças nos indicadores sociais da América Latina nas últimas décadas e alerta os governantes para a grande vulnerabilidade da chamada pobreza aos sabores do ciclo econômico que, na região, é muito sujeito a variações nos preços de commodities.

No caso brasileiro, o Banco Mundial mostra que 54% da queda na pobreza entre 2003 e 2013 se deveu ao impacto favorável da conjuntura – marcada por forte demanda externa por produtos básicos – sobre a renda per capita.

Embora os cálculos da instituição indiquem que o ciclo econômico teve grande peso na América do Sul como um todo, o efeito desse movimento sobre a redução da pobreza no Brasil foi maior do que em nações vizinhas como Chile (31%) e Peru (28%).

Já as políticas para a redistribuição de renda, como o Bolsa Família, explicaram 33% da diminuição na parcela de pobres na população brasileira na chamada “década de ouro”. Apenas 13% do movimento de redução da pobreza no Brasil se deveu a mudanças estruturais – e, portanto, mais sustentáveis – na composição da renda per capita.

Essa análise ajuda a explicar a reversão na tendência de queda da pobreza no Brasil após a eclosão da recessão de 2014.

O Banco Mundial afirma que, como o Brasil abriga um terço da população da América Latina, os movimentos do indicador no país têm forte peso sobre o da região como um todo. A instituição ressalta que, excluindo o Brasil da amostra, em média, a pobreza caiu na América Latina após 2014.

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A carta aberta do intelectual Peter Koenig à presidente Dilma

imagesTenho um número reduzido de leitores esclarecidos. O grupo maior, com grande número, é de pessoas sedentas de notícias populares de sua cidade e região. E outro ainda, talvez mais reduzido, mas muito barulhento, de fundamentalistas, radicais, reacionários, que apenas repete frases ensandecidas nos comentários, em que as palavras mais comuns são corja, lixo, comunistas, etc. etc.

Ao primeiro grupo, recomendo a leitura da Carta Aberta de Peter Koenig à Presidente Dilma Rousseff. Os outros, por favor, não abram o link. Não atende os seus interesses.

“O que se vê desenrolar-se no Brasil é ato de delinquência de um tipo que praticamente jamais se viu acontecer no mundo. Os golpistas brasileiros, fantoches dos ‘mestres’ em Washington, não passam de escroques conhecidos, todos com processos por corrupção atados ao pescoço.

Pois  mesmo assim continuam, claro que amparados no completo apoio político que lhes dão os escroques chefes que vivem dentro e em torno da Casa Branca em Washington. O mundo apenas assiste, em silêncio”, diz o economista Peter Koenig, que  atua no Banco Mundial e escreve sobre geopolítica para a Global Research

Cerrado receberá mais de U$10 milhões para tecnologias de baixa emissão de carbono

Foto de João Paulo Sotero
Foto de João Paulo Sotero

Uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) vai priorizar o bioma Cerrado no sentido de aumentar a área produzida com sistemas sustentáveis de produção e diminuir a pressão sobre as florestas nativas, contribuindo para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

– Um projeto como esse possibilita que o produtor tenha um ganho econômico adotando esse sistema, com todas as tecnologias recomendadas. Haverá um ganho ambiental produzindo mais numa área menor, o produtor pode disponibilizar áreas que possam ser recuperadas. Há também um ganho social, porque o projeto prevê uma utilização maior de mão de obra e, com isso, geração de empregos – afirma o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Luiz Carlos Balbino.

Para isso, serão investidos US$ 10,6 milhões em recursos do Programa de Investimentos Florestais (FIP, na sigla em inglês). Esse montante será administrado pelo Banco Mundial para a realização de cursos sobre a recuperação das pastagens degradadas, integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iPLF),  sistema de plantio direto na palha e florestas plantadas. O Banco recebeu quatro projetos brasileiros, essa é o primeiro que foi aceito pela instituição.

– O Banco Mundial tem muito interesse neste esforço do Brasil. É um dos principais produtores agrícolas do mundo, e a agricultura é uma das principais fontes de emissão de gases do efeito estufa. A possibilidade de trabalhar na produtividade da agricultura brasileira e na mitigação das emissões de efeito estufa é uma coisa muito interessante para nós – explica David Tuchschneider, gerente do Banco Mundial.

As áreas onde serão aplicadas as tecnologias são antropizadas, ou seja, suas características originais foram alteradas por consequência da atividade humana e estão em degradação.

– Mais de 80% do pasto do cerrado está degradado. Essa tecnologia é muito importante. Porque, conseguindo recuperar essa área de pastagem, conseguimos atingir a meta estabelecida pelo Brasil na COP15 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) sobre a redução de carbono – relata Matheus Tavares, assessor técnico do Senar.

Os cursos serão ministrados para produtores rurais do bioma Cerrado. O projeto prevê ainda a formação de prestadores de assistência técnica nas tecnologias que contribuem para a baixa emissão de carbono para a assessoria a produtores selecionados. A expectativa é que o projeto chegue até 12 mil produtores, espalhados em nove Estados.

– Isso vai trazer informações para o produtor, além dessa capacitação tem o componente de assessoria técnica em campo. O produtor terá assessoria para implantar o que aprendeu – completa Tavares. Veja a matéria completa no Canal Rural.

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