Igreja silencia sobre prisão de padre pedófilo em Santa Catarina

Fábio Bispo, especial para o Estado

A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu temporariamente um padre de 37 anos suspeito de abuso de crianças e adolescentes nas cidades de Joinville e São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Após o início das investigações, a polícia apurou a existência de pelo menos cinco casos de abusos cometidos pelo padre, o que levou ao pedido de prisão preventiva cumprido na sexta-feira, 9. O padre foi preso na casa da mãe, em Joinville. Ele vai responder por estupro de vulnerável.

O caso foi descoberto no final de maio pelos pais de uma das vítimas, quando o sacerdote levou cinco menores de idade para dormir com ele durante um retiro na cidade de Joinville, onde trabalhava há dois meses. Do banheiro, uma das crianças, um menino de 13 anos, enviou uma mensagem por WhatsApp ao pai relatando que o padre estava “judiando” dele.

Em todos os casos, as vítimas eram meninos entre 12 e 14 anos. “Desde o início ele fazia contato com crianças meninos e sempre levava para dormir na casa dele, mas sem que isso causasse nenhum tipo de preocupação com as famílias. O que aconteceu é que uma dessas crianças criou coragem e contou para os pais”, explicou.

Os menores de idade foram ouvidos por psicólogos da Polícia Civil. Integrantes das igrejas onde o padre trabalhou também prestaram depoimentos.

Segundo as investigações, os casos de abusos teriam ocorrido na Paróquia Santa Paulina, em São Francisco do Sul, e em retiros religiosos organizados pelo padre. Ele foi transferido para Joinville há dois meses, para onde continuou levando crianças de São Francisco do Sul.

A reportagem tentou contato com a diocese de Joinville, que não atendeu aos chamados neste domingo, 11.

Seria possível fazer um pedido especial às autoridades judiciárias de Santa Catarina? Bota esse padre FDP na cela comum, junto com a bandidagem. Em 10 minutos eles acabam com a carreira de pedofilia deste bandido.

Empreiteiras investigadas doaram quase meio bilhão nas eleições

As empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato doaram, juntas, pelo menos R$ 484,4 milhões a políticos e partidos nas eleições de 2014. É o que mostra levantamento do jornal O Globo. Segundo a reportagem, a Odebrecht, a OAS, a Andrade Gutierrez, a Queiroz Galvão, a UTC, a Camargo Corrêa, a Queiroz Galvão, a Engevix, a Mendes Junior e a Toyo Setal repassaram somas vultosas a candidatos e direções partidárias por meio de subsidiárias, cujas ações são controladas pela matriz do respectivo grupo.

A legislação eleitoral permite doações diluídas entre vários braços de uma empresa, mecanismo que dificulta o rastreamento do montante doado por determinado grupo econômico. A reportagem cita casos em que o nome da empresa controlada não guarda qualquer semelhança com o da holding, como a Braskem e a Usina Eldorado, subsidiárias da Odebrecht, e da HM Engenharia e Construções, do grupo Camargo Corrêa.

De acordo com especialistas ouvidos pelo Globo, ainda que os negócios das empresas de um mesmo grupo possam atuar em esferas diferentes, esses grupos mantêm unidade gerencial para decidir, em muitos casos, para quem doar. A contribuição diluída por meio de empresas com o nome menos associado à holding também ajuda  a deixar as doações menos “escancaradas”, disse ao jornal o professor de administração e negócios do Insper Sérgio Lazzarini.

Segundo a reportagem, 16 dos 28 políticos delatados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, conforme o jornal O Estado de S.Paulo, receberam doações de empreiteiras investigadas pela Lava Jato. Quem recebeu maior volume de contribuições dessas empreiteiras foi o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que perdeu a disputa ao governo de Mato Grosso do Sul. Ele declarou à Justiça eleitoral ter recebido R$ 9,7 milhões dos grupos Engevix, OAS, UTC e Queiroz Galvão. Derrotado ao governo do Rio Grande do Norte, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), foi beneficiado com R$ 9 milhões dos grupos Galvão, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão. Ainda de acordo com o Globo, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), terceiro colocado na corrida ao governo fluminense, foi beneficiado com R$ 2,8 milhões em doações registradas da OAS, da Queiroz Galvão e da UTC. Do Congresso em Foco.

Política e Polícia, dois setores da vida nacional que se aproximam rapidamente. Em todos os níveis da Federação. Para quem está bem informado, em Luís Eduardo Magalhães os jornalistas que cobrem as pautas de polícia e política em breve serão os mesmos, a julgar pelo número de inquéritos correndo na Delegacia de Polícia Judiciária da cidade.

 

A reta final das eleições: quem não é bandido?

bandido

Hoje, um empresário me ligou, para dizer que não votava em Dilma, em Lula e no PT porque eram bandidos. Respeito sua opinião. Mas a contrapartida é verdadeira: você, meu caro leitor, compraria um carro usado do candidato da Oposição sem passar uma noite em claro, pensando no negócio que iria fazer? Dilma ao menos tem um passado de guerrilheira, em que tomou em armas para defender a liberdade de pensamento. Ou para estabelecer uma ditadura stalinista, como afirmam os militares. No entanto, pegou em armas pelas suas ideias. Quantos fazem isso? 

A verdade é que homens de bem são raros e não tem a mínima chance de passar pelo crivo de milhares de políticos corruptos para chegar a ter uma chance de se candidatar à Presidência e de se eleger. Se é difícil encontrar um vereador de bem, imagine um presidente da Pátria Mãe. 

Poder no Brasil é dinheiro. E dinheiro fácil, convenhamos, só no poder.