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Ministério Público do RS indicia pai do menino assassinado e mais 3 pessoas
O Ministério Público de Três Passos ofereceu, nesta quinta-feira, denúncia contra Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvania Wirganovicz e Evandro Wirganovicz por envolvimento no assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, cometido em 4 de abril deste ano. A motivação do crime, segundo a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira, foi financeira:
— O conjunto da obra não deixa dúvidas para nós. É o convencimento da nossa instituição.
Os três primeiros responderão por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima) e todos por ocultação de cadáver. Leandro Boldrini foi denunciado, ainda, por falsidade ideológica.
— O convencimento do MP é de que Leandro, Edelvania e Graciele mataram Bernardo. Leandro, pai da vítima, é o mentor intelectual. Ele tinha o domínio do fato, a decisão da morte do filho foi dele. A prova existe — afirma Dinamárcia.
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A Polícia Civil avança na investigação para descobrir o que motivou o assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, em Três Passos, noroeste do Rio Grande do Sul. A informação é importante para pedir a transformação da prisão temporária dos suspeitos, que tem prazo de 30 dias, em prisão preventiva. Em coletiva na manhã desta quarta-feira, a delegada responsável pelo caso, Caroline Bamberg Machado, disse que a hipótese de o crime ter sido motivado por questões econômicas cresce no decorrer do inquérito. O menino deveria herdar, aos 18 anos, os bens da mãe, que se suicidou há alguns anos, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, no consultório do marido.
O advogado da família materna de Bernardo, Marlon Adriano Taborda, repassou à Polícia Civil a informação de que, nos próximos dias, deve estar concluído o inventário de Odilaine. O menino teria direito a parte dos bens da mãe e, quando o pai morresse, a parte do patrimônio dele também. Essas questões, misturadas a fatores emocionais, poderiam ter motivado Graciele Ugulini a assassinar o enteado.
Outro ponto apurado é o fato de que, 72 horas antes de cometer suicídio, a mãe de Bernardo, Odilaine Uglione Boldrini, estaria fechando um acordo para se separar de Leandro Boldrini — ela receberia R$ 1,5 milhão mais uma pensão de R$ 10 mil mensais.
O caso que chocou o Rio Grande do Sul
Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugulini, 32 anos, para comprar uma TV.
De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.
Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.
Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini – que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município –, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo. O casal aparentava ter uma vida dupla, segundo relatos de amigos e vizinhos. Veja a cobertura completa em Zero Hora.
Assassinato de menor pelo Pai e Madrasta estarrece o Rio Grande do Sul


É grande a repercussão no Rio Grande do Sul do assassinato do menino Bernardo Uglione Boldrini, cujo corpo foi encontrado enterrado por volta das 19:30 horas dessa segunda-feira, 14, em um matagal, às margens do rio Mico, na Linha São Francisco, em Frederico Westphalen.
De acordo com a Polícia Civil de Frederico Westphalen uma Força Tarefa, com agentes de Porto Alegre, Santa Rosa, Santo Ângelo e Frederico Westphalen foi realizada para progredir nas buscas pelo menino Bernardo Uglione Boldrini.
Ainda conforme a Polícia, o pai Leandro Boldrini e a madrasta Gracieli Uglione estão presos no Presídio Estadual de Três Passos. Além disso, uma amiga do casal, Edelvania Wirganovicz, de 40 anos, de Frederico Westphalen, também está presa por suspeita de participação no crime. A suspeita é de que a morte seja por injeção letal, aplicada pela madrasta, porém só a perícia poderá confirmar a informação.
Atual companheira de Leandro Boldrini, 38 anos, Graciele estudou Enfermagem na Unijuí, trabalhou em Porto Alegre e em uma área indígena no município de Redentora, noroeste do Estado. Tornou-se sócia de Leandro na Clínica Cirúrgica Boldrini, em Três Passos, e companheira dele. Ambos têm um filho de 1 ano e três meses e vivem juntos desde que a mãe de Bernardo cometeu suicídio, em 2010.

Em entrevista coletiva concedida à imprensa na manhã desta terça-feira, a delegada Caroline Virgínia Bamberg disse não ter dúvidas do envolvimento dos três na morte. Segundo a jornalista Taline Schneider, natural de Três Passos e conhecida de Leandro, o comportamento do casal passou a ser motivo de suspeitas na cidade desde a morte da ex-mulher (mãe de Bernardo), por suicídio, dentro do consultório em que ele trabalhava:
– Nunca se falou nada de errado deles, até este episódio estranho. Na época foi um diz que diz e a comunidade ficou meio revoltada porque ele assumiu a nova mulher logo depois, como se nada tivesse acontecido. Recentemente, os comentários eram que o Bernardo sofria maus tratos em casa. Dos veículos da RBS e de sites da Região Noroeste do Estado.


O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz respondem pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsificação ideológica. O julgamento deve durar cinco dias.




