ABAPA declara guerra ao Bicudo em evento técnico

Presidente da Abapa, Celestino Zanella, com os palestrantes Alexandre Schenkel (esquerda) e Márcio de Souza (direita)
Presidente da Abapa, Celestino Zanella, com os palestrantes Alexandre Schenkel (esquerda) e Márcio de Souza (direita)

Na noite do dia 1º de julho, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) reuniu produtores e convidados, para as palestras de abertura do maior evento técnico da cotonicultura do estado da Bahia, o Dia de Campo do Algodão, que neste ano, tratou sobre ‘Boas práticas de manejo nas lavouras’, com ênfase no combate do bicudo-do-algodoeiro. O evento aconteceu no Quatro Estações Espaço e Eventos, em Luís Eduardo Magalhães.

O presidente da Abapa, Celestino Zanella, ressaltou com otimismo o momento de desafio em que vivem os cotonicultores. “Nós produtores de algodão somos otimistas por natureza, somos adaptáveis, somos jogadores, somos perseverantes, e acreditamos no que fazemos. Se colocarmos em prática o que temos aprendido, poderemos diminuir custos e aumentar a produtividade. Produzir bem com baixo custo, é um desafio. Se aprendermos essa lição, vamos sobreviver. Acredito que, dentro de pouco tempo, o preço do algodão vai melhorar, poderemos diminuir os custos e assim vamos tornar o nosso negócio lucrativo, novamente. O algodão faz parte da nossa cadeia produtiva e tenho certeza que vamos vencer os desafios”, disse Zanella.

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Destruição de soqueira do algodão tem novo prazo.

A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) prorrogou em caráter excepcional, de 31 de agosto para 30 de setembro, o prazo para que seja feito o arranquio das soqueiras de algodão da safra 2010/11. A decisão publicada através da Portaria Nº 242/2011 atende solicitação da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). 
Todo esse cuidado tem justificativa: evitar a proliferação das pragas do algodoeiro, em especial do bicudo, principal inimigo do cotonicultor. A soqueira do algodão deve ser eliminada imediatamente após a colheita para evitar que o bicudo se reproduza e provoque danos à lavoura na safra seguinte. O produtor que não realizar o arranquio em sua propriedade está sujeito as sanções previstas pela Legislação Fitossanitária do algodoeiro. 

O bicudo chegou em 1983 ao Brasil e já causou muitos prejuízos à lavoura.

Embora, na safra 2010/11 tenha havido uma diminuição no nível de infestação da praga no comparativo com período anterior, o coordenador do Programa de Monitoramento do Bicudo da Abapa, José Lima Barros, reforça a necessidade do cumprimento da limite para o arranquio. “Se as soqueiras forem destruídas corretamente, você estará se prevenindo contra a praga”, explica. Barros lembra que na safra 2009/2010 com 60 a 70 dias após a emergência a cultura já apresentava ataque do bicudo. Na safra 2010/11 a infestação inicial passou para 110 a 130 dias após emergência da cultura.