Cassada a liminar que proibia a venda e o uso do glifosato no País

A liminar que proibia o uso do glifosato no Brasil acaba de ser cassada, informou há pouco, em sua conta no Twittter, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). A decisão de liberar a utilização do produto na agricultura do país é do TRT1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília.

Mais cedo, Maggi havia informado que a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Agricultura tinham apresentando recurso contra a liminar concedida pela juíza federal substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara do DF, que proibiu o uso do produto.

O ministro reiterou também que a cassação era importante para que a agricultura voltasse à normalidade e os produtores pudessem plantar a safra 2018/2019.  Tanto o ministro como as entidades representativas do agro sempre acreditaram que a liminar seria revertida para não causa prejuízos ao país, um dos maiores produtores mundiais de alimentos.

Proibição

No último dia 3, a juíza Luciana Raquel proibiu a concessão de novos registros, em todo o país, de produtos que contenham como ingredientes ativos abamectina, glifosato e tiram. Também foi suspenso, por 30 dias, o registro de todos os produtos que utilizam essas substâncias até a Anvisa conclua os procedimentos de reavaliação toxicólogica.

A magistrada determinou ainda que a Anvisa priorize o andamento dos procedimentos de reavaliação toxicológica dos três produtos, devendo conclui-los até 31 de dezembro de 2018, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A ação contra o glifosato e os outros dois produtos foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF).

O glifosato possibilita o plantio direto, controlando as plantas daninhas nas lavouras. O sistema de plantio direto é feito sobre a matéria orgânica deixada de uma safra para outra.

Recurso

No recurso, o Mapa e a AGU argumentaram que a liminar representava grave lesão à ordem pública administrativa e à economia pública. Ressaltaram ainda que a decisão se baseava apenas em estudos “unilateralmente produzidos, sem qualquer caráter vinculante e sem representar qualquer conclusão de órgão responsáveis pela conclusão toxicológica”.

O Mapa e a AGU enfatizaram também que a liminar poderia trazer impactos à balança comercial brasileira estimados em mais de R$ 25 bilhões, com risco de desabastecimento interno, quebra da produtividade e perda de competitividade do mercado no mercado externo.

Além disso, acrescentaram a AGU e o Mapa, a liminar violou o princípio da proporcionalidade flagrante, ao optar pela medida mais gravosa. E apontaram ausência de “análise quanto ao custo-benefício em relação ao pedido formulado pelo MPF no processo”.

Blairo Maggi arremata Fazenda Itamarati por R$ 2,2 bilhões

Do portal Livre.

Com 105 mil hectares, a propriedade se tornou um símbolo do desenvolvimento de Mato Grosso

O ano de 2018 mal começou e o ministro da Agricultura Blairo Maggi já fez o seu primeiro negócio. A Amaggi, empresa da família do ministro, arrematou a fazenda Itamarati Norte pela bagatela de R$ 2,2 bilhões dos herdeiros de Olacyr de Moraes. O negócio já foi inclusive aprovado pelo Cade.

Segundo fontes próximas à negociação que falaram com o LIVRE, nesse valor estariam inclusos os ativos da propriedade, não apenas a terra. As ações da fazenda pertenciam à Companhia Agrícola do Parecis – Ciapar. Ainda de acordo com essas fontes, o volume final da negociação teria ficado em 350 sacas de soja por hectare. O preço médio de uma saca é de R$ 60. Como a propriedade tem 105 mil hectares, o valor final ficaria próximo aos R$ 2,2 bilhões.

A propriedade tornou-se um símbolo do desenvolvimento do agronegócio em Mato Grosso e do potencial agrícola do Centro-Oeste brasileiro. No local, 55 mil hectares são destinados à agricultura, enquanto o restante é dividido entre pecuária e reserva ambiental.

A fazenda fica no município de Campo Novo do Parecis (499 km de Cuiabá) e pertencia ao antigo “Rei da Soja”, mas estava arrendada há alguns anos pela multinacional. 
Dentro da propriedade, além de onze pistas para pousos e decolagens, hangar e dezenas de silos, há uma vila que abriga centenas de funcionários da unidade. 
Conforme o ministro, a intenção é emancipar o local e transformá-lo em mais um município. Em 2017, a Fundação André e Lúcia Maggi (FALM) – instituição que coordena ações de investimento social privado da Amaggi – entregou ao Governo do Estado a Escola Estadual Argeu Augusto de Moraes, com mais de 1.400 m² e dez salas de aula, na Vila Itamarati. 

Ao que tudo indica, a previsão de que Maggi teria dificuldade nos negócios está longe de ser concretizada.
Procurada pela reportagem do LIVRE, a assessoria da Amaggi confirmou que a transação está em andamento. No entanto, não confirma o valor da negociação.

A fazenda Itamarati foi pioneira no País no uso de pivôs centrais para irrigação, no final dos anos 70. Na época, uma hidrelétrica servia para fornecer energia. Quase a totalidade da área era irrigada.

Ministro da Agricultura é contra venda de terras de soja aos estrangeiros

Foto de Marco Quintana, do Jornal do Comércio: Ministro abre a feira de Não Me Toque

Patrícia Comunello, de Não-Me-Toque, para o Jornal do Comércio – RS

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, defendeu, nesta quinta-feira, em Não-Me-Toque, interior gaúcho, que as novas regras para compra de terras por estrangeiros tenham restrições na aquisição de áreas ocupadas por culturas anuais, como soja.

Maggi diz que a pasta está no grupo governamental que discute a mudança e que proporá limites para estes casos. Ao visitar a Expodireto, que termina nesta sexta-feira na cidade do Planalto, o ministro evitou antecipar taxas ou volumes de recursos que devem fazer parte do Plano Safra para o ciclo 2017/2018, previsto para ser anunciado em junho.

O chefe da pasta de Agricultura afirmou que não vê problema na liberação de compra nas culturas perenes, como cana-de-açúcar, café e florestas. “Mas para culturas anuais tenho preocupação”, admitiu Maggi.

“Pode ter um fundo de investimento comprando 10% das áreas com grãos. Se decidir não investir mais, imagina o que aconteceria com as indústrias em Não-Me-Toque, não venderiam mais máquinas”, alertou o titular do Mapa, que não considera que as terras no Rio Grande do Sul seriam alvo de aquisições.

Os fundos, lembrou, buscam extensões maiores, acima de 1 milhão de hectares. Para ele, pensar em extensões de 50 mil hectares, mesmo grandes, não são atrativas aos investidores estrangeiros. No Estado, a característica é de lotes menores, citou. Estados como Mato Grosso e Bahia estariam no cenário de risco.

Maggi não sabe quando o tema será anunciado. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu prazo – em entrevista em 15 de fevereiro – de um mês para que as regras estivessem definidas. Maggi deu a entender que ainda há muita discussão para ser feita antes de anúncios.

Sobre as regras de custeio, o ministro desconversou e falou que comentar taxas poderia influenciar o setor. Com as notícias de supersafra, tanto no Estado como no País, Maggi afirmou que “o Brasil só não está de joelhos, porque o agronegócio está inteiro”. Para ele, além da safra recorde, os preços estão compensatórios, e as indústrias de máquinas sinalizam para crescimento de 20% a 30% no começo do ano, frente ao mesmo período de 2016.

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Andaterra propõe antecipação do Plano Safra 2017/18 ao ministro Blairo Maggi

 

Sérgio Pitt em foto de O Expresso
Sérgio Pitt em foto de O Expresso

Visando a potencializar os efeitos positivos da safra 2016/17, estimada em 215 milhões de toneladas de grãos, a Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra – Andaterra, apresentou uma proposta de antecipação do Plano Safra 2017/18 ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

O encontro se deu na sede do Mapa em Brasília, no dia 1° de fevereiro. A associação argumentou que a redução nos juros do crédito rural, acompanhando os cortes na taxa Selic, se relacionada não apenas ao ano-safra, mas ao calendário civil, é benéfica aos produtores, que poderão utilizar os recursos para investimento nas feiras agropecuárias ao longo de todo o ano, e planejar seus investimentos em um horizonte mais amplo, com repercussões positivas para toda a economia brasileira.

De acordo com o presidente da instituição, o produtor rural e economista Sergio Pitt, a retomada da economia e a perspectiva de uma safra recorde é animadora para o setor agrícola. Nesta conjuntura, segundo Pitt, o produtor tende a investir na renovação da frota de máquinas e implementos e na antecipação da compra de insumos para a safra seguinte.

“A sinalização antecipada dos recursos que serão disponibilizados e as taxas de juros do Plano Safra proporcionarão uma situação mais segura e confortável para os produtores tomarem as decisões de compra”, explica Sergio Pitt.

A referência para o Plano Safra é o ano agrícola, que começa na metade do ano. Já para os financiadores da produção, o parâmetro para o resultado financeiro da operação é o ano civil. “Se equiparássemos o lançamento do programa ao ano civil, possíveis oscilações no mercado financeiro teriam o mesmo impacto tanto para financiadores quanto para produtores. Além disso, os agricultores poderiam aproveitar melhor as feiras agropecuárias que são realizadas no primeiro semestre. As feiras são oportunidades de negócios com taxas e condições diferenciadas”, afirma Pitt, lembrando que, neste momento, uma das mais tradicionais feiras do gênero acontece em Cascavel-PR, a Show Rural Coopavel. Segundo o presidente, o ministro achou a proposta interessante e se comprometeu a estudá-la.

Nova direção

O encontro com o ministro Blairo Maggi e as audiências realizadas no mesmo dia em Brasília, na sede do Ibama e no Ministério do Meio Ambiente, abriram a agenda de reuniões de representação de classe da nova diretoria da Andaterra, que assumiu em janeiro. A Andaterra é uma associação que trabalha, majoritariamente, na defesa jurídica dos produtores rurais, com uma série de ações vitoriosas ou em andamento, como as que dizem respeito à extinção do pagamento do Funrural e do Salário Educação pelo produtor rural Pessoa Física.

“Com a chegada de Sergio Pitt, daremos ênfase também a outras competências estatutárias da Andaterra, além das jurídicas, como a representação do agricultor junto aos poderes Executivo e Legislativo, respectivamente, levando as reivindicações do setor e cobrando a efetivação das políticas públicas e propondo soluções e Projetos de Lei para o desenvolvimento de todas as cadeias produtivas do setor primário”, explica o diretor Jurídico da Andaterra, Jeferson da Rocha.

Sexta-feira, 13: um ministro e um ex-ministro de Temer envolvidos com a Justiça

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Um imóvel do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), é alvo de investigação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (13). Desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada em 15 de dezembro de 2015, a Operação Cui Bono cumpre sete mandados de busca e apreensão para apurar um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa nesse período.

Além de Salvador, a PF realiza buscas e apreensões em endereços residenciais e comerciais no Distrito Federal e em cidades do Paraná e São Paulo, determinadas pelo juiz da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.

O esquema investigado seria composto por Geddel, pelo vice-presidente de Gestão de Ativos, um servidor da Caixa, empresários e dirigentes de empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários, além de um operador do mercado financeiro.

Em 2015, quando a investigação teve início, policiais federais encontraram um aparelho celular em desuso na residência do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Após perícia, a PF extraiu uma intensa troca de mensagens entre Cunha e Geddel, que indicavam a possível obtenção de vantagens pelos investigados em troca da liberação de créditos junto à Caixa para grandes empresas.

A suspeita é de que indique a prática dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem do dinheiro, então os policiais passaram a investigar o caso, que tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, com o afastamento dos investigados dos cargos e funções públicas que exerciam, o STF encaminhou inquérito a Justiça Federal do Distrito Federal.

Ministro da Agricultura na berlinda: Justiça determina bloqueio de bens de Blairo Maggi

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A Justiça de Mato Grosso mandou bloquear até R$ 4 milhões dos bens do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e de mais oito pessoas. Todos são acusados pelo Ministério Público de usar dinheiro público para comprar uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

As supostas negociações para compra da vaga no Tribunal de Contas do Estado foram em 2009.

Segundo o Ministério Público, o então governador Blairo Maggi teria participado ativamente de reuniões para garantir o acordo. O empresário Júnior Mendonça, acusado de ser o operador do esquema, fechou acordo de delação premiada.

Júnior Mendonça contou aos investigadores que Blairo Maggi se reuniu várias vezes com o então conselheiro do Tribunal de Contas Alencar Soares Filho, que aceitou se aposentar do cargo em troca de R$ 4 milhões.

O dinheiro, segundo Júnior Mendonça, foi desviado dos cofres públicos: um total de R$ 12 milhões que seriam usados para pagar o conselheiro e depois tentar comprar outras vagas no tribunal.

Segundo Júnior Mendonça, Éder de Moraes, que na época era secretário de Fazenda, também participava do esquema. Os dois foram pessoalmente ao gabinete do conselheiro Alencar Soares honrar o compromisso do governador Blairo Maggi

Na sentença, o juiz cita trechos da ação sobre a participação de Blairo Maggi no esquema:

“Ele concordou com a pretensão espúria de Éder de Moraes e Sérgio Ricardo, participou de reuniões e ordenou devolução de dinheiro, tendo também ordenado pagamentos, retardando e depois concretizando compra de vaga do TCE, inicialmente segurando e depois forçando a aposentadoria antecipada de Alencar Soares, com o firme propósito de abrir a oportunidade de ingresso de protegidos, em negociata realizada na surdina”.

Com a aposentadoria de Alencar Soares Filho, em 2012, o ex-deputado estadual, na época do PR e aliado de Blairo Maggi, foi nomeado para o cargo.

Na decisão, o juiz Luiz Bortoluzzi Júnior acolheu pedido de liminar determinando o afastamento de Sérgio Ricardo de Almeida do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do estado até a sentença final da ação. Ele também determinou o bloqueio de bens de até R$ 4 milhões nas contas bancárias e aplicações financeiras de nove denunciadas por envolvimento no esquema.

O ministro Blairo Maggi disse que está com a consciência tranquila, que vai prestar todos os esclarecimentos à Justiça e que ficou surpreso com a decisão.
Sérgio Ricardo de Almeida negou ter praticado qualquer ato ilícito. Disse que a indicação para o Tribunal de Contas foi pública, com votação dos deputados e seguindo trâmites legais, e que vai recorrer da decisão.

A defesa do ex-secretário Éder de Moraes disse que ainda não recebeu a notificação oficial da Justiça. Do globo.com.

Blairo Maggi é o segundo maior produtor de soja do País, com 5% da produção brasileira. Seu primo, Iraí Maggi, que chegou a ter um contrato de compra e venda de 100 mil hectares de lavoura na Fazenda Estrondo, aqui no Oeste baiano, é o maior produtor individual do País e em todo o Mundo.

A Revista Época não se cansa: “Wagner comprou um sítio equivalente a 14 Maracanãs”.

O senador Blairo Maggi, duas vezes governador do Mato Grosso, ministro da Agricultura de Temer. Rico, branco, homem influente, Blairo é representante emblemático do novo padrão executivo do PMDB.
O senador Blairo Maggi, duas vezes governador do Mato Grosso, ministro da Agricultura de Temer. Rico, branco, homem influente, Blairo é representante emblemático do novo padrão executivo do PMDB.

A Revista Época não se cansa de bater nos líderes petistas. Agora, descobriu que o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner comprou um sítio de 14 hectares, que compara maldosamente à área do campo de futebol do Estádio Maracanã. Se a Revista queria um assunto relevante em termos de propriedade, poderia vasculhar as áreas do novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que seguramente possui ativos agrários de área superior a 240 mil campos de futebol (0,7 hec cada cancha).

Somente no Mato Grosso, o grupo administra 252,3 mil hectares de terras para agricultura, pecuária e reflorestamento. São 200,4 mil hectares em 19 fazendas próprias e 51,9 mil hectares arrendados do Grupo Itamarati, do empresário Olacyr de Moraes (falecido recentemente), em Campo Novo do Parecis.

Há cerca de três anos, um primo de Blairo, Eraí Maggi, adquiriu, com cláusula resolutiva, uma área de 100 mil hectares (o equivalente a 142 mil campos de futebol) no Oeste baiano, desistindo depois de plantar um ano porque o negócio foi obstado por entraves jurídicos.

Veja o texto maldoso de Época:

O ex-governador baiano e ex-ministro-chefe do gabinete da Presidência, Jaques Wagner, adquiriu em dezembro do ano passado um sítio com tamanho equivalente a 14 Maracanãs. A propriedade, localizada em Andaraí, na região da Chapada Diamantina, recebeu o nome de “Sítio Felicidade” e custou R$ 538 mil.

O imóvel foi comprado em conjunto com a esposa de Wagner, Maria de Fátima Carneiro Mendonça, e o ex-lobista Guilherme Sodré, o Guiga, amigo de longa data e pai de um enteado do ex-governador. Ainda segundo a revista, o local, antes conhecido como Fazenda Dinamarca, incluía casa com cinco suítes, garagem, piscina e acesso ao Rio Santo Antônio, na Chapada.

Segundo o registro do cartório, os compradores desembolsaram pelo imóvel uma entrada de R$ 398 mil e dividiram o restante em parcelas de R$ 14 mil. Wagner recebia R$ 30 mil como ministro. De acordo com o documento registrado no cartório, o ex-governador e a esposa são proprietários de 76% do sítio – devem pagar por ele cerca de R$ 408 mil -, enquanto a empresa de Guiga detém os outros 24% (cerca de R$ 129 mil).

Feijão cubano, com tecnologia, pivôs e assistência brasileira

Fotos de Ricardo Stuckert.
Fotos de Ricardo Stuckert.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Blairo Maggi visitaram nesta quarta-feira (26) a fazenda da empresa agrícola militar Cubasoy, em Ciégo de Ávila, para conhecer a produção de soja e feijão de Cuba.

Maggi foi convidado por Lula para conhecer as plantações da ilhae ajudar no intercâmbio de conhecimentos técnicos para aumentar a produtividade da produção agrícola cubana. O senador convidou os cubanos a conhecerem toda a cadeia da soja, milho e algodão de suas fazendas no Mato Grosso, cuja produtividade, graças ao alto uso de tecnologia, é entre duas e quatro vezes a obtida em Cuba. Ele explicou como o cerrado, que na década de 1970 era considerado uma terra imprestável, se tornou a principal região produtora de grãos no Brasil. “A soja no Centro-Oeste do Brasil é tecnologia pura, desenvolvida pela Embrapa e outras instituições privadas. E hoje ultrapassamos a produção dos Estados Unidos com 92 milhões de toneladas”.

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A Cubasoy foi criada em 2006 e tem contado com o intercâmbio de técnicos da Embrapa para tentar melhorar a produção de soja na ilha. Mas ainda necessitam de maior conhecimento sobre o solo, acesso a sementes mais modernas e melhor maquinário para ampliar a produção, atualmente em caráter experimental, com variedades de sementes a partir do conhecimento transferido pela Embrapa e equipamentos adquiridos no Brasil.

PEC que prevê punições aos juízes causa revolta

Paulo Prado
Paulo Prado

Além da PEC 53, que prevê a extinção da pena de aposentadoria compulsória e determina punições mais severas a magistrados que cometerem falhas administrativas, outra proposta de emenda constitucional que tramita no Senado tem causado polêmica no Poder Judiciário: a PEC 75, que prevê a possibilidade de aplicar penas de demissão e cassação de aposentadoria para membros do Ministério Público.
Para o procurador-geral de Justiça em Mato Grosso, Paulo Prado, a proposta “fere de morte a Constituição Federal” ao possibilitar que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP, possa demitir promotores por meio de atos administrativos. “A demissão deve ocorrer por sentença judicial, isso está na Carta Magna, e não por vias administrativas, como o projeto pretende implantar”, criticou.
As propostas, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), estão sob a relatoria do senador mato-grossense Blairo Maggi (PR), que já afirmou ser favorável ao teor do projeto. Se aprovadas, seguem para a Câmara dos Deputados.
Prado assegura não ser contra atribuir ao CNMP, que ele chama de “conselhão”, ou seja, o poder de demitir membros do Ministério Público. No entanto, para ele, deve-se achar um meio termo em que as vias adotadas não confrontem o que determina a Constituição.

“O grande impasse está nisso. O Ministério Público já mostrou que não quer manter em seus quadros promotores que cometem crimes. Não temos o menor desejo de manter na instituição um colega que está agindo de forma equivocada, que está praticando improbidade, crimes contra a administração pública”, disse o magistrado. De Magno Martins, no blog do Magno.

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PR abandona Dilma depois da vergonha do Ministério dos Transportes.

Senadores do PR vão deixar o bloco de apoio ao governo federal no Senado depois da “limpeza” promovida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes –com o afastamento de pelo menos 24 integrantes da pasta que tem o partido em seu comando.

O líder do partido no Senado, Magno Malta (PR-ES), conseguiu o apoio dos outros seis senadores da bancada para assinarem documento que formaliza o desembarque.

O último a aderir ao documento, senador Clésio Andrade (PR-MG), cedeu aos apelos de Malta e assinou o documento no final desta tarde. Depois de receber ligação do líder, Andrade aceitou aderir à decisão.

O documento contraria decisão do PR de reunir seu comando nacional para tomar a decisão conjuntamente. A expectativa era que a executiva nacional da sigla se reunisse nesta semana para deliberar sobre as consequências das demissões no Ministério dos Transportes no partido.

Malta disse que “não faz sentido” ao PR continuar no bloco do governo sem ter forças para ser ouvido na Casa. “Vamos continuar na base [de apoio ao governo] porque eu acredito na Dilma. Mas vamos sair de bloco. Para que bloco? Não quero concordar com o execramento público de inocentes que estão sendo arrastados para o esgoto porque alguns estão se fazendo de paladinos da moralidade.”

O senador Blairo Maggi (PR-MT) cobrou da presidente a mesma postura “dura” adotada com o PR em relação as outros partidos que ocupam ministérios acusados de corrupção.

“Depois do PR, já dois partidos sofreram denúncias e nada foi feito. Por que só o PR? Eu espero por parte da Presidência o mesmo tratamento que foi dado ao PR: a mesma rapidez, o mesmo jeito. Que afaste as pessoas,veja se há problema ou se não há e traga de volta aqueles que não tem problema algum.”  Texto de CATIA SEABRA e GABRIELA GUERREIRO, da Folha, em Brasília. 

Partido da República diz que não quer colocar faca no peito de Dilma.

Blairo Maggi: o Senador do MT achou melhor não expor seu telhado de vidro ocupando cargo no Executivo. As metralhadoras do PT continuam assestadas, com olho gordo em cima das verbas polpudas do Ministério dos Transportes e do DNIT.

A decisão sobre o nome que irá assumir o Ministério dos Transportes pode ficar para quarta-feira (13). Diante do impasse criado pelo impedimento do senador Blairo Maggi (PR-MT) para assumir o cargo, o Partido da República (PR) só voltará a se reunir no meio da próxima semana para discutir o assunto. Maggi admitiu a sondagem do Palácio do Planalto, mas como as empresas das quais ele é sócio têm contratos com o governo, ele não pode, legalmente, ficar com a vaga de ministro sem deixar os negócios privados.

Segundo o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (PR-MG), a próxima reunião marcada entre ele, Maggi e o senador Magno Malta (PR-ES), os três encarregados pela cúpula do PR para encontrar um nome que agrade à presidenta Dilma Rousseff e que seja fiel ao partido, será na quarta-feira (13).

Apesar do impasse gerado pela recusa de Maggi, que era o preferido do PR para ficar com o cargo, Lincoln Portela procurou ser cauteloso quanto à indicação do partido, que é da base aliada do governo e tem uma bancada de 40 deputados federais e seis senadores, já contando com o retorno do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) para o Senado.

“Quem tem o comando é a Presidente. Esses três homens [Malta, Maggi e Portela] que foram colocados como interlocutores do partido para encontrar alguém, em nenhum momento estão impondo nenhum nome”, disse Portela. “Jamais colocaríamos a faca no peito da presidente da Nação”. Da Agência Brasil.

O fato de ter 40 deputados federais, liderar mais um bloco de 24 na Câmara e mais 6 senadores não legitima, em hipótese alguma, o malfadado Partido da República a nenhum tipo de ação política agressiva. Afinal, foi entregue ao PR um dos ministérios mais recheados e em seis meses seus partidários montaram lá um balcão de negócios para sangrar o País. A Presidente se tivesse a autoridade que alardeia ter deveria chamar a Polícia Federal e estabelecer, em conjunto com a Procuradoria Geral da República, inquérito policial para estabelecer responsabilidades e, configurada a roubalheira, mandar os respectivos para a cadeia. Senadores não são cidadãos acima de qualquer suspeita e devem responder por seus crimes.