Rainha do “Boa Noite Cinderela” é acusada de queimar PM vivo em Brasília.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, por intermédio da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS), uma mulher considerada a rainha do golpe “Boa Noite Cinderela”, após três meses de investigações. Erika Rayane Batista dos Santos, de acordo com a corporação, é suspeita de participar do assassinato de um PM reformado, em maio deste ano. Ele foi queimado vivo em seu carro.

A suspeita é apontada por diversas pessoas como autora dessa modalidade de roubo. A vítima era atraída para um encontro e, na oportunidade, dopada. Em seguida, tinha os bens subtraídos.

A mulher, de acordo com a PCDF, foi identificada como autora de vários crimes, bem como o irmão dela, Rafael Batista Almeida, que está preso preventivamente desde julho deste ano, por aplicar a mesma modalidade de golpe.

Segundo as investigações policiais, a golpista escolhia as vítimas por meio de salas de bate-papo em sites de relacionamentos. Ela as atraía sendo muito articulada nas conversas. Não mostrava fotos, mas marcava encontros sexuais, sempre nas regiões do Recanto das Emas e Samambaia

O perfil das vítimas era sempre o mesmo. Todos de classe média e com idade entre 40 e 50 anos. A polícia informou que a golpista dopava os homens em dois momentos distintos. Quando se encontravam, ela pedia para que a vítima parasse o veículo, pois queria beber. Antes da bebida ser servida, pingava gotas de um forte calmante no fundo do copo. Quando o homem bebia, logo perdia os sentidos.

“Esse remédio controlado é tão forte que as vítimas falavam até as senhas bancárias e de cartões de crédito”, afirmou o delegado adjunto da DRS, Luiz Henrique Sampaio.

A substância provocava uma série de efeitos colaterais nas vítimas. “Parte delas perdeu a memória por dois ou três dias, ficando totalmente desorientada. Soubemos de casos que precisaram de acompanhamento médico”, completou.

Do portal Metrópoles.