Bolsonaro censura manifestações do seu vice-presidente e do guru da economia

Bolsonaro restringiu as manifestações públicas do seu companheiro de chapa, general Mourão. Ontem, num debate promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mourão restringiu o acesso da imprensa para expressar suas ideias. 

Mais cedo, em Catanduva, a 385 quilômetros da capital, fechando o terceiro dia de seu giro de campanha no interior paulista, Mourão falou a um grupo de 300 pessoas num clube privado, mas também sem acesso da imprensa.

Além do candidato a vice, Bolsonaro enquadrou o economista Paulo Guedes, conselheiro na área econômica da campanha do PSL, que falou na criação de uma nova CPMF para aumentar a arrecadação do Governo Federal.

A rejeição a Bolsonaro tem oscilado, com a última pesquisa Datafolha indicando 44%, a maior entre os candidatos ao segundo turno. No entanto, em faixas da população, como jovens de 16 a 24 anos, a rejeição chega a alcançar 56%. Resultado, certamente, do “fogo amigo” do vice e do guru da economia.

Juscelino foi o último presidente a visitar o Museu Nacional.

Kubitschek, o grande presidente do Brasil, construtor de Brasília e criador da indústria automobilística nacional, foi o último, no exercício do cargo, a visitar o Museu Nacional.

A partir deste fato se entende porque o Museu virou cinzas e junto com ele grande parte da história nacional.

De fato, nós brasileiros, somos um bando de bonobos, hesitantes em atravessar o rio Congo.  

Os cientistas contam que um bando de bonobos atravessou o rio Congo, no coração da África e se tornaram caçadores. O consumo de proteínas evoluiu o cérebro e os músculos e atividade da caça exigiu que para ter mais velocidade andassem apenas nas patas traseiras,  dando origem aos ancestrais do homem. Os que ficaram na outra margem eram vegetarianos e hoje estão em estado de avançada extinção.

Já o Malafaia, o Magno Malta, o Bolsonaro e o General Mourão acreditam na história de Adão e Eva e de que a mulher foi criada de uma costela do homem. 

O que está por trás de Bolsonaro? O verdadeiro Posto Ipiranga do ex-capitão.

Por Alex Solnik*

Paulo Guedes não é somente o Posto Ipiranga de Bolsonaro para assuntos econômicos. É o Posto Ipiranga para todos os assuntos. Principalmente políticos.

Paulo Guedes é o ideólogo do candidato da extrema-direita. E não está sozinho nessa empreitada. Seria maluquice e maluco ele não é. Não estão sós com a mão no bolso, ele e Bolsonaro e aqueles filhos e o pequeno PSL.
Não é um Exército de Brancaleone.

O PSL é apenas um detalhe. Um biombo.
O grande partido que está por trás de Bolsonaro é o Instituto Millenium, do qual Guedes é um dos fundadores.
Uma espécie de DIP sem Estado Novo.

Uma espécie de Ministério de Propaganda da Direita à espera de um governo. E cujo objetivo é impor uma agenda ultraliberal ao Brasil.
Financiado por grandes empresas de comunicação, como Globo, Abril, Estadão, Folha, corporações financeiras e bancos, o Millenium emprega, desde 2009, todos os meios de propaganda à sua disposição para demonizar a esquerda, em especial o PT e tornar a direita mais palatável. Através de artigos, colunas, palestras e produtos de consumo como bonés e camisetas com inscrições detonando símbolos da esquerda, como Che Guevara. E tem obtido sucesso.

O Millenium é o seu verdadeiro Posto Ipiranga.

O Instituto funciona como agregador de dezenas de outros institutos e blogs – MBL, Vem pra Rua – todos com a mesma orientação ultraliberal, como o Instituto Mises, presidido pelo dono do verdadeiro Posto Ipiranga (ou melhor, do Grupo Ipiranga), Helio Beltrão Filho, cuja matriz fica nos Estados Unidos e que também é diretor do Millenium.

Fazem parte do Millenium centenas de jornalistas – colunistas, repórteres, escritores – que enaltecem os valores e as ideias de direita, visando atingir os jovens. A lista é enorme. Vai de Nelson Motta a José Nêumane Pinto.
Ser de direita era vergonhoso, agora ficou chic. Não havia jovens na direita, agora há muitos.

Por trás de Paulo Guedes há uma forte estrutura, baseada em capitais internacionais ligados a múltiplos interesses – a mesma que em 2013 quase derrubou a presidente Dilma colocando mais de 1 milhão de pessoas nas ruas contra ela – capitais que estão ávidos para comprar as estatais brasileiras na bacia das almas. 

Bolsonaro vem sendo preparado pelo Millenium há muitos anos para ser o primeiro presidente assumidamente de extrema-direita do país, com a missão principal de “manter a ordem”.

Os financiadores, integrantes e simpatizantes do Millenium precisam de alguém que assegure a ordem porque a sua agenda é explosiva.
Implementada, vai, inevitavelmente, provocar reações da população que terão de ser sufocadas com uso da força.

Eles planejam vender todas as estatais brasileiras, como Guedes confirmou na entrevista de ontem à Globo News. Todo o patrimônio nacional, com o que pretende arrecadar 1 trilhão para abater a dívida de 3 trilhões.
O que vai criar um enorme desemprego e previsíveis ondas de protesto.
O estado tem 500 mil funcionários. Todos serão demitidos pelos novos donos. Imaginem o caos.

Querem acabar com o ensino público e gratuito nas universidades. O que não será aceito pelos estudantes sem protestos. Mais confusão. Querem impingir uma reforma da previdência assassina do futuro. Mais protestos. Continuar com o teto de gastos públicos. Com a reforma trabalhista tal como está. Querem acabar com as despesas obrigatórias do orçamento nacional, como as com educação e saúde. Vão desidratar as verbas dos programas sociais.

Bolsonaro não é candidato de si próprio ou do pequeno partido que o abriga, está a serviço de uma agenda de dilapidação total de toda a infraestrutura construída pelos brasileiros desde Getúlio. E empregará toda a repressão necessária para cumpri-la se chegar ao poder.”

*Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais “Porque não deu certo”, “O Cofre do Adhemar”, “A guerra do apagão” e “O domador de sonhos”

Analista avisa: Bolsonaro ganha no primeiro turno. É o fenômeno Tiririca, de voto de protesto

Paulo Guedes e Bolsonaro

Vejo um vídeo do diretor de uma instituição financeira, muito racional, afirmando que Bolsonaro ganha as eleições no primeiro turno. Ele justifica: é o voto Tiririca. Aqueles que votam contra tudo que aí está posto e disposto, contra a roubalheira na política nos três níveis federativos. O voto de protesto.

O fenômeno não é novo no Brasil. Em 1959, Cacareco, uma rinoceronte-fêmea, foi a mais votada nas eleições municipais de São Paulo.

A moça veio do Zoológico do Rio de Janeiro emprestada ao Zoológico de São Paulo e recebeu cerca de 100 mil votos. À época, a eleição era realizada com cédulas de papel e os eleitores escreviam o nome de seu candidato de preferência.

Cacareco foi um dos mais famosos casos de voto de protesto ou voto nulo em massa da história da política brasileira, uma vez que se tornou a “candidata” mais votada do pleito: o partido mais votado não chegou a 95.000 votos. 

Cacareco foi devolvida ao Zoológico do Rio de Janeiro no dia 1º de outubro de 1959, alguns dias antes da eleição e morreu no mês de dezembro de 1962, de nefrite aguda. Seus restos mortais foram levados de volta a São Paulo em 1984 e estão em exibição desde então no Museu de Anatomia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

Paulo Guedes, um neoliberal radical

Posta a possibilidade de Bolsonaro Tiririca Cacareco se eleger no primeiro turno, fui ver uma entrevista de 45 minutos do economista Paulo Guedes aos dinossauros da Globo News.

Pois o homem disse que vai vender tudo que é do Governo: as grandes empresas, os grandes bancos, os 700 mil imóveis da União, as concessões onerosas, as novas concessões de rodovias, portos, ferrovias, aeroportos, distribuidoras de energia, enfim, toda a infraestrutura administrada diretamente pelos governos, inclusive estaduais e municipais.

Vai fazer mais: retirar todos os subsídios, inclusive da agricultura. Mas deixa claro que o Ministério da Agricultura não seria incorporado ao super ministério que comandaria, englobando todas as pastas ligadas ao Ministério da Fazenda.

Afirma ainda: vai fazer a reforma da previdência, com ênfase numa rigorosa análise da contribuição daqueles que vivem com um salário mínimo da renda mínima mensal, que não puderem comprovar a contribuição, mas comprovem a atividade rural ou urbana e tenham atingido a idade mínima.

Com isso, espera, num prazo de até seis anos (ele já conta com um segundo mandato de Bolsonaro), a entrada de 2 trilhões novos no Governo, para investir e abater na dívida pública.

Segundo ele, os 400 bilhões de reais que o País paga por ano de serviço da dívida equivalem, a cada período de 12 meses, a um Plano Marshall, o investimento que os aliados fizeram na Europa para reconstruir os países ocidentes praticamente do zero.

“Se isso não for feito, adverte o economista, em pouco tempo teremos uma dívida de 6 ou 7 trilhões e um serviço anual de um trilhão.”

O vídeo está no You Tube, que você pode assistir a partir do link abaixo.

A história se repete, agora como farsa.

Sobre as diatribes de ontem no Jornal Nacional:

A conclusão que se chega é que, mesmo separados por 52 anos, a história do golpe de 64 em muito se assemelha ao de 2016. E claro, ambos foram apoiados por essa massa coesa chamada classe média, ciosa dos seus privilégios. Os mesmos que foram para a rua na marcha da “Família, Tradição e Propriedade” contra os avanços progressistas de João Goulart, apoiados pela mesma imprensa dócil, foram os que se vestiram de verde e amarelo e foram gritar que não queriam pagar o pato.

O apoio internacional é o mesmo, com os Estados Unidos interessados como sempre em manter o quintal livre de ideologias que não sejam as suas, de exploração dos recursos naturais do País continente; as decisões da Suprema Corte e do legislativo são semelhantes. E até os canalhas têm o mesmo perfil psicológico.

Como dizia o barbudo Karl Marx, a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.

Bolsonaro vai para o debate com “colinha” na mão

Esta eu vou precisar compartilhar com todos os meus leitores, aqueles que mal completam a lotação da velha kombi de O Expresso. 

Pois não há de ver o ínclito leitor que tive um sonho profético esta noite e acho que ele vai se realizar. Numa ampla sala, na cabeceira de uma grande mesa, o presidente Jair Bolsonaro realizava a sua primeira reunião ministerial. Antes do início da reunião, ele dava uma última espiadinha numa “colinha”, a qual tinha escrito com esferográfica na mão. Lá estava escrito:

  • Educação à distância
  • Saúde privatizada
  • Direitos humanos – fim

O gelo que Bolsonaro levou nos dois primeiros segmentos do programa de debates de ontem, na Rede TV, foi sintomático. Poucos tem condições de discutir com ele temas relevantes. Ele só se deu mal quando a ninja Marina subiu a serra com ele sobre diferenças salariais entre homens e mulheres, no terceiro bloco dos debates.

Cerca de 1/5 dos eleitores do País estão prontos para receber Bolsonaro na condução dos destinos do País. Resta saber se Bolsonaro está pronto para governar. A “colinha” me deixou uma dúvida cruel.

 

Bolsonaro diz que já tem 111 deputados na Câmara Federal

No dia 2 de fevereiro de 2017, Jair Bolsonaro recebeu apenas quatro votos ao disputar a presidência da Câmara. O eleito, Rodrigo Maia, teve o apoio de 293 dos 513 deputados federais. Menos de um ano e meio depois, a situação é inteiramente outra. Maia (DEM-RJ) não entusiasma nem o seu partido para seguir adiante com o sonho da candidatura ao Planalto. Já Bolsonaro (PSL-RJ), líder de todas as pesquisas presidenciais nos cenários em que o ex-presidente Lula (PT) fica fora da lista de concorrentes, vive tempos de bonança.

Levantamento do site Congresso em Foco apontou que pelo menos 65 deputados admitem – a maior parte deles, com a garantia de preservação dos seus nomes – que estarão com Bolsonaro na disputa presidencial. O número supera os 61 integrantes da maior bancada partidária da Câmara, que é a do PT. O próprio pré-candidato e seus seguidores difundem um cálculo bem superior.

Ontem (quarta, 4), num ato no salão verde da Câmara, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) anunciou que os bolsonaristas já somam 110 deputados. “111 se contar o próprio Jair”, emendou Onyx em entrevista a este site. Ele se recusa a mostrar a lista, que passou às mãos de Bolsonaro em um envelope fechado, sob aplausos de vários parlamentares. “Tenho 24 anos de mandato e jamais divulgaria um número errado, mas não vou expor colegas”, disse.

“Alguns já podem assumir, rasgando a bandeira”, continuou Onyx, que fez dez reuniões em sua casa em busca desses apoios e é o coordenador dessa mega e nascente bancada suprapartidária bolsonarista. “Outros estão negociando alianças regionais ou têm problemas dentro do seu partido para vir a público agora. Claro que, por prudência, muitos não quiseram assumir para vocês. Mas pode ter certeza: chegaremos a 150 deputados em agosto, antes de iniciar a campanha eleitoral. E esses deputados estarão na futura base parlamentar do governo Bolsonaro. Estamos provando que, ao contrário do que se dizia, o nosso candidato tem capacidade de oferecer governabilidade”.

Um pouco de história

No início da década de 1930, o Partido Nacional Socialista – Nazista tinha alcançado uma vitória expressiva, que se manifestou na presença predominante de deputados nazistas, ocupando as cadeiras do Poder Legislativo alemão.

No ano de 1932, Hitler perdeu as eleições presidenciais para o marechal Hindenburg. No ano seguinte, não suportando as pressões da crise econômica alemã, o presidente convocou Hilter para ocupar a cadeira de chanceler. Em pouco tempo, Hitler conseguiu empreender sucessivos golpes políticos que lhe deram o controle absoluto da Alemanha.

Bolsonaro não quer aporte de capital chinês no País.

“A China está comprando o Brasil”, repete Bolsonaro em discurso a empresários em São Paulo .

Talvez Bolsonaro prefira que os Estados Unidos comprem o Brasil, já que presta continência à bandeira brasileira.

Ou prefira entregar o País ao mando das facções do crime, que estão mandando no Rio de Janeiro, onde o Exército está engajado numa luta inglória com criminosos de todos os matizes.

Por que o Brasil não desejaria aporte de capitais para obras de infraestrutura para o seu principal parceira comercial nas suas principais commodities?

Bolsonaro é o primeiro em citação nas mídias sociais

Bolsonaro é o presidenciável com mais intenções de voto no Twitter e apoio aos caminhoneiros reflete nos comentários da rede social. Bolsonaro segue na frente pelo terceiro mês consecutivo e Lula cai. “Caminhoneiros” foi uma das palavras mais usadas em comentários com sentimento positivo.

 Em março, a Scup Social, ferramenta de monitoramento de redes sociais, começou a realizar um monitoramento no Twitter para identificar a manifestação dos usuários da rede social sobre a intenção de voto nos principais presidenciáveis das eleições de 2018. Desde então, o pré-candidato do PSC, Jair Bolsonaro, vem sendo o mais mencionado entre os 24 nomes monitorados, mostrando uma intenção de voto sempre positiva a cada mês.

Desta vez, dos 6.891 comentários que continham a hashtag com o seu nome, 72,5% afirmaram uma intenção de voto nele. No entanto, os comentários sobre ele tiveram um tom mais negativo (32,18%) do que positivo (28,45%).

Um termo que ganhou representatividade devido aos acontecimentos do mês foi ‘caminhoneiros’. Ele apareceu entre as 5 expressões de tweets com o sentimento mais positivo sobre os presidenciáveis, indicando um forte apoio do público à causa.

Com o lançamento da pré-candidatura realizada no dia 8/6, Lula segue em segundo lugar no número de menções, mas com um número menor do que nos meses anteriores. Dos comentários feitos sobre o petista, o índice de aprovação vem crescendo. No primeiro mês do monitoramento, em março, 48,50% dos tweets afirmavam a intenção de voto nele. Já em maio este número subiu para 72,4%.

Já o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, passou de sexto para terceiro lugar no número de menções, roubando o lugar de Manuela d’Avila (PCB), mas o ganho no número de hashtags não representa, necessariamente, uma aprovação do público. A maioria dos comentários, 69,2%, declararam uma não intenção de voto e 31,07% deles tinham um tom mais negativo. A crescente popularidade do Ciro no twitter pode ter relação à forte campanha que o candidato tem feito nas redes sociais, e por sua aparição em programas de TV como o Roda Viva.

Já o candidato da esquerda, Guilherme Boulos, apareceu com 328 comentários, contra 110 no mês anterior, e manteve a aceitação do público da rede social, com 64,9% declarando que votariam nele e 40,24% de mensagens com tom positivo, contra 14,33% que trouxeram uma ideia mais negativa sobre o candidato.

O atual Presidente do Brasil, Michel Temer, pela primeira vez aparece bem posicionado no número de menções, desta vez em 5º lugar contra o 10º que ocupava em abril. O crescimento pode ter sido consequência da greve dos caminhoneiros que atingiu todo o Brasil e provocou muita cobrança de posicionamento do Governo Federal. Temer, no entanto, teve uma queda na aprovação de 78,5% em abril para 66,9% em maio.  

A quantidade que expressou que votaria nulo também foi a menor dos 3 meses monitorados até agora, com 215 menções, contra os 740 e 356 referentes ao meses de março e abril, respectivamente.

No total, foram capturadas 14.368 interações sobre o tema no mês de maio. O estudo é feito para avaliar o que as pessoas andam dizendo no Twitter e não expressa a real intenção dos votantes brasileiros, já que não necessariamente quem emitiu a sua opinião é um eleitor ativo.

O monitoramento

Realizado durante o mês de maio, o monitoramento detectou tweets que continham hashtags com o nome do candidato e expressões que indicavam a intenção de voto nele, como “Meu voto é”, “Vou votar em” ou “Jamais votaria”, “Não terá o meu voto”, dentre outras.

O processo também identificou algumas expressões de sentimento positivas ou negativas relacionadas a cada post, que expressavam o sentimento do usuário com relação à sua declaração. Os termos usados em comentários positivos encontrados foram bolsonaro, voto, país, causa e caminhoneiros . Já os termos negativos foram votar, 2018, perderm conquistas e pior.

O monitoramento é baseado em um recorte da opinião dos usuários do twitter e o resultado não expressa a vontade da maioria dos brasileiros.

Ora, ora, acredite, o golpe morreu foi de bronquite.

A gasolina custava R$2,80 e o gás, R$35,00 porque o PT roubava na Petrobras. Agora a gasolina vale R$5,00 o litro e o gás R$80,00 porque são todos honestos e grandes administradores. O desemprego era de 4,8% porque Dilma era burra e não sabia o que estava fazendo. Agora é de 14% porque Temer é um gênio da raça.

Lula está preso porque ganhou um apartamento na praia. E Serra e Alckmin estão soltos, bem como seu pau mandado, Paulo Preto, só porque tem 130 milhões de reais em contas numeradas na Suíça.

A indústria brasileira participava com mais de 25% do PIB como resultado das tramoias dos petistas. Agora produz apenas 11% do PIB pela ação rutilante dos golpistas.

Ao par de tudo, a mortalidade infantil aumenta 11% pela primeira vez em uma década, 1,6 milhões de trabalhadores formais são transformados em vendedores ambulantes e dívida das empresas salta R$ 115 bilhões.

Ora, ora, acredite, o golpe morreu foi de bronquite!

Lindo País este em que generais mandam no STF, um juiz de primeira instância manda prender e isolar e 16% da população com capacidade de votar acha que a volta da tortura e do autoritarismo vão resolver os nossos problemas.

Reação pífia de Bolsonaro nas pesquisas, como se esperava. Ele perde para todos os pré-candidatos

A pesquisa do Datafolha causou preocupação nas hostes do bolsonarismo. Esperava-se um melhor desempenho do presidenciável Jair Bolsonaro.

Em um cada vez mais provável segundo turno, as simulações apontam que Bolsonaro não ganha para nenhum adversário, seja do campo da direita, centro ou da esquerda.

Com Lula – se o petista disputar a eleição –, Bolsonaro perde com uma diferença de 17 pontos percentuais: 49% versus 32%. Enfrentando Marina Silva, o placar é de 42% x 32%. Seu melhor desempenho é com o tucano Geraldo Alckmin, 35% x 33%.

No quesito rejeição, Bolsonaro é o quarto mais refutado com 29%. Em primeiro lugar o atual presidente Michel Temer com 60%, Fernando Collor 44% e Lula 40%.

O problema maior, segundo os próprios bolsonaristas, ainda está para acontecer. Ou seja, o início dos debates entre os postulantes ao Palácio do Planalto. Veja mais do artigo de Marco Wense clicando aqui.

Entre as pessoas medianamente esclarecidas sempre esteve claro que o discurso machista, misógino, xenófobo, preconceituoso, homofóbico e odiento do defensor da tortura não iria longe.

No entanto, a revelação de que 17% dos eleitores, em seu obscurantismo medieval, prefere Bolsonaro já é assustadora.

Bolsonaro é o líder às avessas, que quando capitão do Exército, queria explodir o sistema de água potável do Rio de Janeiro, para protestar contra os baixos salários dos militares.

Por outro lado, aprendeu rápido as sutilezas do Legislativo, onde está há mais de 26 anos. Incorporou ao seu patrimônio cerca de 15 milhões em imóveis, valor difícil de explicar frente ao seu salário de parlamentar.

Trata-se de um Vivaldino, como alguns pastores que o apoiam e uma parcela mais radical entre os militares e policiais de baixo escalão. Um Vivaldino “mucho loco” , afirme-se de passagem.

Os liberais estão corretos em se recusar a fazer companhia a Bolsonaro

Celso Rocha de Barros, na Folha de São Paulo.

Bolsonaro arrumou um partido. É o PSL, Partido Social Liberal. Até então, o candidato da molecada que se acha macho alfa porque joga muito videogame de tiro estava negociando com outros partidos do baixíssimo clero da política brasileira: PSC, Patriota, e o PR de Valdemar Costa Neto. Isso, aquele Valdemar Costa Neto. Esse mesmo.

A afinidade é natural: Bolsonaro é baixo clero puro-sangue. Nunca teve qualquer relevância parlamentar, nunca participou de um único debate relevante, nunca aprovou um projeto de lei que valesse nada. Quando o PSDB derrotou a hiperinflação, Bolsonaro queria fuzilar FHC. Quando o PT tirou milhões de brasileiros da miséria, Bolsonaro estava decidindo qual das ministras petistas merecia ser estuprada.

Bolsonaro se encostou no salário de deputado faz 30 anos, enfiou seus filhos na mesma carreira e é realmente a cara do PSC, do Patriota, de Valdemar Costa Neto. Bolsonaro é um Severino Cavalcanti que só teria coragem de brigar com Gabeira se alguém já tivesse amarrado o ex-guerrilheiro no pau-de-arara.

O PSL já foi baixíssimo clero como os outros desta lista, mas vinha tentando se reabilitar. Um pequeno grupo liberal, o “Livres”, entrou em massa no PSL, conquistou diversos diretórios e vinha tentando dar ao partido a cara de um partido claramente liberal. Era uma boa ideia: seria ótimo se o liberalismo se apresentasse nas eleições brasileiras para o debate aberto.

Mas o Livres foi traído pelo presidente do PSL, Luciano Bivar, que todo mundo achava que era só mais uma mediocridade produzida pelo baixo clero da política brasileira e, vejam só, era mesmo, estava todo mundo certo, parabéns para todo mundo.

Ao que parece, Bivar entregou o partido para Bolsonaro em troca do lugar de vice na chapa. É isso aí, Bolsonaro, candidato a vice tem que ser assim, leal, sujeito homem que cumpre acordo. Tenho certeza de que será um sucesso, você sabe que eu só quero o seu bem.

Diante dessa traição bastante vira-lata por parte do PSL, os membros do Livres saíram do partido, no que demonstraram consistência ideológica e noções básicas de higiene.

Estão corretíssimos os liberais que se recusaram a fazer companhia ao lambe-Ustra: ou o sujeito é liberal, ou apoia Bolsonaro. Afinal, liberalismo econômico qualquer sujeito afim de puxar o saco de rico defende. O teste do liberal sincero é a defesa do liberalismo político, das liberdades individuais, da democracia. E o liberalismo político implica a defesa dos direitos humanos. Foi o velho John Locke que mais ou menos inventou as duas coisas, afinal. Procurem os depoimentos de Bolsonaro sobre direitos humanos e calculem o que ele faria se pudesse colocar as mãos em John Locke. Depois de alguma outra pessoa ter amarrado o Locke no pau-de-arara, claro.

O sujeito defender desregulamentação de empresa de rico (mesmo quando isso é uma boa ideia) só quer dizer que ele quer ser convidado para as festas certas. O que o Locke quer saber é se o sujeito defende que a polícia não pode entrar em barraco de favela sem o mesmo mandado que precisa mostrar em bairro de classe média. E o Locke defendia o direito à insurreição, de modo que, se eu fosse vocês, não provocaria o sujeito, não. Liberalismo político é coisa séria. Bolsonaro: nunca será.

Os fuzilamentos de Bolsonaro

Deputado tira da gaveta o maldito verbo ‘fuzilar’ contra os responsáveis por uma exposição de arte

Por Juan Arias

“Sou filho de uma guerra civil, a da Espanha, com mais de 1 milhão de mortos – a maioria fuzilados -, e de uma ditadura militar de 40 anos, marcada por mortes e intolerância com as diferenças.

Talvez por isso, ao escutar de novo, em um vídeo, a palavra “fuzilar” na boca de Jair Bolsonaro, candidato a presidir o Brasil, senti arrepios. De acordo com suas palavras, “é preciso fuzilar” os responsáveis pela exposição de arte Queermuseu do Santander Cultural, em Porto Alegre.

No vídeo, Bolsonaro repete três vezes com ênfase: “É preciso fuzilar”. E Freud nos ensina como a linguagem nos trai.

Quando a Guerra Civil Espanhola eclodiu, eu era menino. Vivíamos em um povoado da Galícia onde as janelas de casa davam para a rua. Ali se podia ver, à beira da estrada, os fuzilamentos dos dois lados e sentir o estopim dos fuzis. Minha mãe fechava as janelas para que eu não visse aquelas mortes violentas. Naqueles anos, nossa preocupação era que meu pai, o professor da cidade, pudesse ser a qualquer momento arrastado para a estrada e fuzilado. Muitas noites camponeses pobres o escondiam em suas casas.

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Moro quer ser Eliot Ness. Está mais para Jerônimo, o herói do Sertão.

O Bolsonaro é mais parecido com Ness.

Sérgio Fernando Moro, em palestra nos Estados Unidos, disse que era o Eliot Ness do Brasil. Será que o insigne magistrado sabe como foi o final da vida de Ness. Veja na Wikipédia:

Eliot Ness (Chicago19 de abril de 1903 – Coudersport16 de maio de 1957) foi um agente do Tesouro Americano, famoso por seus esforços para fazer cumprir a Lei Seca em Chicago. Foi líder de uma equipe lendária apelidada de Os Intocáveis, notabilizada pela participação na prisão do gângster Al Capone. O apelido de Os Intocáveis foi dado após as diversas tentativas de suborno feitas por Capone e rechaçadas por Ness e sua equipe.

Foi secretário da segurança pública de Cleveland de 1935 a 1942, após o fim da Lei Seca. Sua boa reputação (de homem moralmente integro) desmoronou a partir de 1942, quando abandonou o local de um acidente de trânsito aparentemente provocado por ele. Após esse fato, tentou uma fracassada carreira como empresário e se candidatou à Prefeitura de Cleveland, mas sem conseguir vencer.[5]

Morreu pobre e em desgraça pública, de ataque cardíaco, em 16 de maio de 1957, em Coudersport.

Aqui entre nós, que o homem da camisa preta não nos ouça: acho que a comparação ficaria melhor se fosse com Jerônimo, o Herói do Sertão, radionovela e gibi da década de 60 do século passado.

Jerônimo também usava camisa preta. Só falta o cavalo branco, mas isso é apenas um detalhe.

Bolsonaro apronta outra: deu um soco no senador Randolfe.

O PSOL vai protocolar representação contra o deputado Jair Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar. Bolsonaro agrediu fisicamente o senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), que integrava comitiva para visitar a antiga sede do DOI-Codi, atual 1° Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta segunda-feira 23.
O senador Randolfe Rodrigues relata que levou um soco no estômago do deputado Jair Bolsonaro. A agressão aconteceu na frente do prédio do Batalhão de Polícia, pouco antes do início da visita, da qual participavam membros da Subcomissão da Verdade, Memória e Justiça do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Bolsonaro, militar da reserva do Exército e que não faz parte de nenhuma das Subcomissões, nem estava na lista dos integrantes da visita, também quis entrar no prédio, fato rechaçado pelas pessoas que fariam a visita.
O presidente do PSOL e líder do partido na Câmara, deputado Ivan Valente (PSOL/SP), informou que será dada entrada a uma representação contra Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro, com agravante de agressão física a um senador da República. “Ele usou de violência contra um senador, e há muitas testemunhas. O Bolsonaro, mais uma vez, extrapola todos os limites”, afirma Ivan Valente.