Bozorocas arrependidas: Senador do PSL diz estar perplexo com fala de Bolsonaro

Bolsonaro e Bivar: antes, beijinhos; agora, cadê meu dinheiro que estava aqui?

O senador Major Olimpio (PSL-SP) afirmou, nesta terça-feira, 8, que está “perplexo” com a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que pediu a um apoiador que esquecesse o PSL e disse que o deputado federal Luciano Bivar (PE), que preside a sigla, está “queimado para caramba”.

Veja o vídeo aqui.

Ao sair do Palácio do Alvorada, um rapaz se apresentou a Bolsonaro como pré-candidato no Recife pelo PSL. Logo em seguida o presidente cochichou em seu ouvido: “Esquece o PSL”. Mesmo assim, ele gravou um vídeo com o presidente ao seu lado dizendo “Eu, Bolsonaro e Bivar juntos por um novo Recife”.

O presidente pediu que ele não divulgasse a gravação. “Ó cara, não divulga isso, não. O cara Bivar está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido”.

Após ser repreendido, o rapaz fez uma nova gravação: “Viva o Recife, eu e Bolsonaro”.

“Só posso dizer que fiquei perplexo. Eu não sei a motivação oficial do presidente. Só o presidente pode esclarecer a manifestação dele”, disse o líder do PSL no Senado. Olimpio afirma que conversou com Luciano Bivar, com o vice-presidente do partido, Julian Lemos (PB), e com o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, para “saber qual seria o sentido ou a intenção em relação a isso”.

Embora Bolsonaro esteja com um pé fora do PSL, o senador ressaltou que este é “o partido do presidente, o único partido que é 100% fiel ao presidente em todas as votações”.

Conforme adiantou o Radar, o presidente deve se reunir nos próximos dias com Bivar para selar sua decisão de sair ou não do partido.

Tudo é dinheiro

O humor do presidente com o cacique pernambucano é péssimo. A contabilidade do partido segue nas mãos de Bivar e Antônio Rueda, que não divulga como gasta o dinheiro do partido e impede que aliados do presidente façam parte do comando da legenda.

Questionado se havia, de fato, a possibilidade de Bolsonaro deixar o partido, Major Olimpio disse que o PSL cresceu em função de sua candidatura à Presidência. “É o nosso líder maior, e até já brinquei dizendo que seria a mesma coisa que alguém morar sozinho e fugir de casa. O PSL é ele. Nós nos elegemos e temos uma bancada robusta por causa do presidente Jair Bolsonaro”, disse o senador. Para o líder do partido no Senado, “é mais fácil resolver a circunstância ou o desacordo do que ele sair”.

Datena, mais uma bozoroca arrependida, lamenta que hospital de Bolsonaro não pegou fogo.

 

Datena era um bolsonariano de primeira hora. Não se sabe bem porque, mas o apresentador se juntou à legião de famosidades arrependidas, como Danilo Gentili, os rapazes alegres do MBL, Frota e assemelhados.

A verdade é que no vídeo Datena diz que o Hospital do Rio de Janeiro que incendiou e produziu 12 mortes de idosos na CTI é da mesma rede D’Or, do Hospital onde Bolsonaro está internado, em São Paulo. E conclui:

– Pois é, este não pegou fogo.

Até o final do ano ainda veremos que mil bozorocas cairão à esquerda de Bolsonaro e outras 10 mil à sua direita, como no salmo 91. Vamos esperar também que ele não seja atingido.

Dono de cabaré, bolsonarista, se revolta com seu ídolo

Maroni, uma bozoroca arrependida.

Temos mais uma bozoroca arrependida: Oscar Maroni, dono do maior cabaré de São Paulo, se revolta com Bolsonaro por tentar levar o GP de Fórmula 1 para o Rio de Janeiro. Original da Veja, editado.

O governador paulista João Doria ganhou um influente apoiador na disputa para manter o GP do Brasil de Fórmula 1 em São Paulo.

O empresário Oscar Maroni, dono da casa noturna Bahamas, ressaltou os efeitos do evento para a economia paulistana e se disse decepcionado com o presidente Jair Bolsonaro, para quem fez campanha nas últimas eleições.

“Bolsonaro, eu te admiro, mas você está indo longe demais”, afirmou Maroni, em entrevista a VEJA nesta terça-feira, 25.

Na tarde anterior, Bolsonaro, acompanhado do governador do Rio, Wilson Witzel, disse que há “99% de chance ou mais” de o GP se mudar, em 2021, de Interlagos para um novo autódromo, que será construído em Deodoro e batizado de Ayrton Senna.

Nesta terça, o governador João Doria afirmou que não há nada fechado e que lutará para renovar o contrato de Interlagos, que se encerra em 2020. O diretor executivo da Fórmula 1, Chase Carey, esteve presente em ambas as reuniões e se limitou a dizer que espera que o evento permaneça em solo brasileiro.

Segundo levantamento da SPTuris, o GP do Brasil de 2018 teve um impacto econômico de 334 milhões de reais, maior que outros grandes eventos na cidade (220 milhões do Carnaval e da Virada Cultural e 180 milhões de reais do Revéillon). Na entrevista, Oscar Maroni revelou que o faturamento do Bahamas cresce em até 60% durante o fim de semana de automobilismo e não poupou críticas ao Rio de Janeiro e a seu prefeito, Marcelo Crivella.