Banda russa anti-Putin protesta durante encontro dos líderes do BRICS


A banda de punk rock feminista Pussy Riot protestou contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante seu show, nesta terça (13/11) em Brasília, cidade que recebeu o encontro dos presidentes do BRICS – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O BRICS não é nada além de um grupo de criminosos, que praticam o autoritarismo, violência baseada em gênero, racismo e neoliberalismo. Tudo o que a gente odeia. As mulheres precisam reagir!” disse, no começo da apresentação, a vocalista Nadya Tolokno. “Um grupo de criminosos que se juntaram em uma gangue para aprimorarem sua criminalidade. Nada bom virá deles. Mudança sempre terá de vir de você. Fora Putin!”, completou.

Bravas Brasil – O show ocorreu, a menos de 7 quilômetros do hotel em que o presidente russo estava hospedado, durante o Festival da Música Bravas Brasil organizado por ocasião do “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher” (25/11).

Pussy Riot – A banda se tornou conhecida por realizar shows e eventos de manifestação política, em prol dos direitos das mulheres e contra políticas governamentais discriminatórias na Rússia. O grupo ganhou notoriedade global após um concerto, no qual protestavam contra o então candidato Putin, que viria no mês seguinte a sancionar uma lei discriminatória contra a “propaganda gay”.

Devido ao concerto, três integrantes da banda foram detidas sem direito a fiança, incluindo a líder Nadya. Após o julgamento foram submetidas a condições precárias em presídios, sem comunicação com os filhos e trabalho forçado.

A prisão causou uma comoção internacional, incluindo organizações como a Anistia Internacional e artistas como Madonna, Paul McCartney, U2, Adele e Yoko Ono. Inclusive o então primeiro-ministro na época Dimitri Medvedev, afirmou que considerava que elas não deveriam ter sido presas.

Depois de quase 2 anos de pressão o Congresso Russo aprovou uma anistia geral que beneficiou as integrantes da banda e uma série de ativistas, inclusive do Greenpeace. Ao sair da prisão, umas das integrantes Maria Alyokhina disse que isso se tratava de uma jogada de marketing do Governo e que elas continuariam lutando pela causa feminista e LGBT.

A resposta de Putin às sanções de Trump: o afastamento do dólar com o gás do Ártico.

Por Simon Watkins

Na semana passada, as empresas japonesas Mitsui e a Japan Oil, Gas and Metals National Corporation concordaram em comprar 10% do projeto Arctic LNG (gás natural liquefeito) por um preço oficial ainda não revelado, embora o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmasse que o investimento seria cerca de US $ 3 bilhões.

O fato de o próprio Putin ter comentado sobre o acordo ressalta a importância da exploração e desenvolvimento da região ártica para o Estado russo como fonte de novos e vastos recursos de petróleo e gás e o acréscimo de mais influência geopolítica, semelhante à mudança do jogo que a indústria de shale representou.

O desenvolvimento atual da Rússia no Ártico está centrado em torno da Península de Yamal, liderado principalmente pela Novatek, mas novos investimentos estão em andamento na Gazprom e na Gazprom Neft, mesmo diante das atuais e futuras sanções dos EUA.

O projeto principal do Novatek no Ártico, o Yamal LNG (não oficialmente referido como ‘Arctic 1’) anunciou na semana passada que produziu 9,0 milhões de toneladas de GNL e 0,6 milhões de toneladas de condensado de gás estável no primeiro semestre deste ano, com todos os três trens GNL operando acima da capacidade de 5,5 milhões de toneladas por ano (mtpa) durante esse período.

Isso resultou no envio de 126 navios-tanques de GNL no período de seis meses via transbordo das transportadoras de GNL da classe de gelo para embarcações convencionais na Noruega e entregues nos mercados globais, principalmente para os principais mercados-alvo da Rússia na Ásia. No geral, o projeto Yamal LNG consiste em uma planta de liquefação de gás natural de 17,4 mtpa composta por três trens de GNL de 5,5 mtpa cada e um trem de GNL de 900 mil toneladas por ano, utilizando os recursos de hidrocarbonetos do campo de Tambbeskoye do Sul no Ártico russo.

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A política de terror de Trump com imigrantes tem imagem emblemática

Corpos de pai e filha de apenas 1 ano e 11 meses são encontrados após tentativa de atravessar rio que separa o México dos Estados Unidos.

A família havia deixado El Salvador há mais de dois meses em busca de uma vida melhor em solo americano.

Medo de um endurecimento da política migratória de Trump teria desesperado o pai.

A estreita colaboração entre Russia, China e Índia, anunciada em série de reuniões de cúpula nesta semana, devem ser o início do fim do terror de Estado que os EUA vem  praticando desde o fim da segunda guerra mundial.

O Brasil foi alijado da cúpula dos BRICs pela sua estreita colaboração com os Estados Unidos. Estamos destinados a ser o quintal do yankees, perdendo paulatinamente o comércio com os países que representam metade da população mundial.

Os chineses já estão plantando soja na costa leste da Russia e em países africanos. Nosso agronegócio vai perder mercados.

Contra-ataque: Rússia, Índia e China abandonam o dólar. E o B do BRICS?

Três maiores nações em desenvolvimento mostram como se livrar da dependência

A Índia vai pagar o fornecimento de sistemas antimísseis russos S-400 em rublos; a China quer até o final do ano fazer acordos bilaterais em moedas nacionais e a Rússia já tem feito contratos em outras moedas com parceiros; as três maiores nações em desenvolvimento mostram como se livrar da dependência do dólar e o comércio bilateral em moedas nacionais destes países abre perspectivas para outras economias em crescimento

A Índia anunciou que pagará o fornecimento de sistemas antimísseis russos S-400 em rublos, enquanto a China pretende até o final desse ano fazer acordos bilaterais em moedas nacionais, afirmaram políticos russos.

O contrato de entrega dos sistemas russos S-400 a Nova Deli foi fechado no dia 5 de outubro e estimado em US$ 5 bilhões (R$ 18,6 bilhões).

Em abril, a mídia indiana informou que as instituições financeiras de Deli congelaram cerca de dois bilhões de dólares alocados para pagar por projetos importantes, incluindo a reconstrução do submarino nuclear russo INS Chakra. A razão disso foi que Washington incluiu a estatal russa responsável pela exportação de armamentos Rosoboronexport na lista de sanções, o que, para as instituições bancárias, praticamente significa a proibição de quaisquer transações na moeda norte-americana.

Mesmo com as restrições americanas, a Índia optou por manter relações com o parceiro mais confiável no campo da cooperação técnico-militar e fornecimento de armas, ou seja, a Rússia.

De acordo com o Instituto Mundial de Pesquisa da Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), de 2007 a 2017, Moscou forneceu armas a Nova Deli no valor de US$ 24,5 bilhões (R$ 91 bilhões), enquanto Washington — apenas US$ 3,1 bilhões (R$ 11,5 bilhões).

As negociações russo-indianas não envolvem apenas o fornecimento de armamento, mas também de produtos de natureza civil.

Já o diretor do banco russo Vnesheconombank (VEB), Igor Shuvalov, declarou que a Rússia e a China têm seus próprios canais de interação e que Pequim mostra muito interesse em utilizá-los.

O banqueiro salientou que nas próximas semanas ocorrerão consultas bilaterais, durante as quais se decidirá como será a interação entre as instituições financeiras de ambos os países.

A Rússia e a China estão cada vez mais cancelando os contratos em dólares, frente ao grande crescimento de suas trocas comerciais. Somente no ano passado, o comércio entre Moscou e Washington foi de US$ 23,6 bilhões (R$ 88 bilhões), ao passo que entre a Rússia e a China foi de US$ 84,9 bilhões (R$ 316 bilhões), uma diferença de quase 360%.

As três maiores nações em desenvolvimento, ou seja, Rússia, China e Índia, mostraram ao mundo como se livrar da dependência do dólar. O comércio bilateral em moedas nacionais destes países abre perspectivas para outras economias em crescimento, para que sejam capazes de se livrar da hegemonia do dólar.

O resumo da ópera: porque “eles” queriam o golpe

 

Passam uma geração ou duas e a verdade vai cair no colo do povo.

As grandes potências do mundo querem o petróleo do pré-sal, inviabilizando a economia russa, derrubando Maduro e a maior reserva de petróleo do mundo na Venezuela, derrubando Dilma e as reservas de mercado da Petrobras e, principalmente, inviabilizando os países dos BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China, que estavam a ponto de criar um novo acordo de Bretton Woods*, criando uma nova moeda paralela ao dólar.

Então o resumo da ópera, o libreto de todo o golpe é o seguinte: vocês nos entregam o petróleo, nos seguramos a Lava-Jato para peemedebistas, tucanos e aliados e esta Pátria morena continuará sendo o eterno País do Futuro, subdesenvolvido e comandado por uma camarilha venal de Brasília.

Como compensação ao patronato das empresas brasileiras, rasga a CLT, favorece a terceirização, esquece 13º, aumenta o número de horas trabalhadas, privatiza a saúde e a educação e devolve 40 milhões de emergentes à senzala. Estaria aqui o fulcro do ódio sistêmico que generalizou-se por uma classe média branca e privilegiada, aquela pequena burguesia que vestiu a camiseta da seleção, bateu panela e foi à paulista acoitar o pato da FIESP?

*Acordo de Bretton Woods: quando os norte-americanos estavam com a guerra na mão – em 1944 – e a economia mundial estava estraçalhada, os ianques quebraram o padrão ouro e criaram o padrão dólar. 

730 delegados de todas as 44 nações aliadas encontraram-se no Mount Washington Hotel, em Bretton Woods, New Hampshire, para a Conferência monetária e financeira das Nações Unidas. Os delegados deliberaram e finalmente assinaram o Acordo de Bretton Woods (Bretton Woods Agreement) durante as primeiras três semanas de julho de 1944.

Os norte-americanos não enfrentaram a guerra em seu território. Estavam, então, com a sua economia inteira, crescendo a taxas astronômicas e o resto do mundo numa depressão abissal, dependendo até das fardas produzidas nos EUA para mandar seus soldados para as frentes de combate.  Pela primeira vez o Império onde o sol jamais se punha, a Inglaterra, cedia, estraçalhada pela resistência aos alemães, sua liderança  ao Novo Império, que já domina o mundo há quase 7 décadas.

Dona Dilma agita reunião do G20 em São Petersburgo, com reuniões bi-laterais

 

A presidenta Dilma Rousseff está na Rússia para participar da 8ª Cúpula do G20, o grupo das maiores economias mundiais. A presidenta chegou ao país na terça-feira (3), acompanhada dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.

Um dos primeiros compromissos da presidenta Dilma foi o encontro bilateral com o presidente da China, Xi Jinping. Dilma também se encontrou com líderes de Rússia, Índia e África do Sul, que junto com Brasil e China formam o bloco Brics. Dilma Rousseff também teve reunião bilateral com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.

Logo após a reunião do Brics, a presidenta Dilma Rousseff participou da cerimônia oficial de boas vindas do grupo G20. Depois das reuniões de trabalho, os líderes participaram de um jantar oferecido pelo presidente russo, Vladimir Putin. Segundo o Blog do Planalto, Dilma também se encontrou com o presidente americano, Barack Obama.

Parece que o resultado da conversa não foi boa, pois Dona Dilma cancelou a ida da equipe precursora para os Estados Unidos, que deveria preparar sua visita a Obama em outubro. Ninguém sabe, mas o assunto espionagem norte-americana no Brasil deve ter sido um dos temas constrangedores da conversa entre os dois chefes de estado.

Os países emergentes se reúnem na China para falar de agricultura.

O bloco de países emergentes chamado de Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, Rússia, Índia, China e África do Sul, terá a segunda reunião dos ministros da Agricultura. O encontro iniciou nesta sexta-feira, 28 de outubro, e segue até o próximo dia 1º de novembro, terça-feira, em Chengdu (China). 
O secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, representa o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, no evento. Na pauta de assuntos abordados estão questões relacionadas à segurança alimentar, mudanças climáticas, meio-ambiente e agricultura, além da promoção do comércio internacional entre os países membros do grupo.
“Investir no aumento da produtividade nas lavouras e na recuperação de áreas degradadas são temas comuns entre os países que participam da reunião, além da segurança alimentar, que é outro ponto de consenso entre o grupo”, ressalta o secretário Célio Porto. “O Brasil tem muito a acrescentar nas discussões por ser o país que tem a maior capacidade de aumentar a oferta de produtos agrícolas em curto prazo”, explica.
Os países do Brics representam 43% da população e 18% do comércio mundial. O Brasil é líder mundial na produção de grãos, açúcar, café e suco de laranja. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Rússia é destaque na produção mundial de trigo e a Índia é líder na produção de arroz. Já a China é a principal produtora de carne suína.

Economistas dizem que se forem aproveitadas apenas os 30 milhões de hectares do Mato Grosso que se encontram com pastagens degradadas para a produção de grãos, o Brasil dobra sua produção de 160 milhões de toneladas em curtíssimo prazo. Com 320 milhões de toneladas, o País torna-se uma potência do setor primário do porte dos Estados Unidos.

Encontro dos BRICs: todos gravitam em torno da China.

Dilma Rousseff passa em revista tropas do maior exército do mundo. Foto de Roberto Stuckert, da Presidência da República. Clique na imagem para ampliar.

É notória a crescente preocupação da imprensa dos Estados Unidos com os Brics, grupo do qual fazem parte Brasil, Rússia, Índia, China e, a partir deste ano, a África do Sul. As atenções americanas estão voltadas, em especial, para a China, vista como a grande concorrente dos EUA em várias áreas e que, como mostra reportagem do Financial Times, vem dando as cartas dentro do grupo.

O FT nota que na Declaração de Sanya divulgada nesta quinta, o grupo concordou que “o século 21 deve ser um século de paz, harmonia, cooperação e um século de desenvolvimento científico”. O texto, que pode ser acessado na íntegra no site do Itamaraty, traz pontos polêmicos.

O FT lembra ainda, como O Filtro mostrou nesta semana, que outra forma de controle do novo fórum pela China foi a inclusão da África do Sul no grupo, apenas a 12ª economia do mundo, mas que representa a África, continente onde os chineses tem ampliado muito sua influência. Para o FT, a China é a estrela ao redor da qual as outras nações, incluindo o Brasil, estão orbitando.

De um ponto de vista econômico, a única coisa que os outros membros têm em comum é a China. “Este não é um bloco econômico unificado e que está se integrando rapidamente”, diz Jonathan Anderson, chefe economista da região da Ásia-Pacífico da UBS serviços financeiros. “É um grupo de quatro países diversos geográfica e comercialmente que têm em um comum uma crescente relação bilateral com o quinto país [a China]”.

Compilação dos links e comentários do jornalista José Antonio Lima, do blog O Filtro, da revista Época, editados em parte por este blog.

É de pouca importância a liberação

da exportação da carne suína para China.

Apesar da forte repercussão sobre a notícia da abertura, pela primeira vez, do mercado suinícola da China para a carne brasileira, ainda não foi observado impacto nas negociações da carne no mercado doméstico. Por ora, enquanto alguns dos agentes do setor consultados pelo Cepea se mostram cautelosos, aguardando detalhes deste acordo comercial, outros estão entusiasmados. Em novembro do ano passado, uma missão chinesa esteve no Brasil para inspecionar frigoríficos brasileiros que negociam suínos. Segundo informações divulgadas nesta semana, inicialmente, três frigoríficos brasileiros teriam sido aprovados para exportar a carne suína à China, mas a expectativa de agentes consultados pelo Cepea é de que esse número aumente nos próximos meses.

Análises ponderadas da visita de Obama ao Brasil.

O jornal Washington Post não foi otimista com os resultados da visita de Barack Obama ao Brasil:

“Há desarmonia em vários assuntos importantes. Rousseff, em comentários públicos, gentilmente criticou os Estados Unidos por suas políticas protecionistas. E Obama não endossou o Brasil para uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma iniciativa importante da diplomacia brasileira.”

Já o The Wall Street Journal descreve o surrealismo da situação de Obama viajar ao Brasil em plena declaração de guerra à Líbia, mas entende que o cancelamento da visita daria a entender que o Brasil teria pouca importância geopolítica  País no cenário mundial:

“A viagem serve para a agenda política doméstica da Casa Branca. Membros do governo forçaram na mídia a idéia de que Obama foi para o Brasil para focar as exportações americanas, o que leva [à criação] de empregos para americanos – a maior prioridade dos eleitores. A viagem também marca a convicção de interesses econômicos de longo prazo estão em jogo em uma região na qual o Brasil tem a sétima maior economia do mundo e é uma voz com crescente importância em assuntos-chave da economia, como a guerra cambial internacional.”

A diplomacia brasileira ganhou pontos quando se absteve de votar na questão da Líbia, acompanhando os “brics” Índia, China e Rússia, seus mais importantes parceiros comerciais, bem como o apoio restrito da Liga Árabe, também de importância comercial para o Brasil.