Rodolfo Mederos: bandoneón, arreglos y dirección · Bandoneones: Rodolfo Roballos, Quena Taborda, Javier Sánchez · Piano: Ariel Azcárate · Contrabajo: Sergio Rivas · Guitarra: Armando De La Vega · Violocello: Fernando Diéguez · Viola: Rubén Jurado · Violines: Luis Sava, Eleonora Votti, Nicolás Tabbush, Cecilia García
Tag: Buenos Aires
Buenos Aires, agora só “penas e olvido”
A Argentina e, particularmente, Buenos Aires eram paraísos perdidos na terra para o turista na década de 90. Boas livrarias, bons espetáculos no grandioso Colon, arquitetura neoclássica, com toques de art deco do começo do século XX, comida barata e, principalmente, segurança: caminhava-se pelas avenidas portenhas na madrugada sem nada temer. Duas décadas se passaram: panelaços e bumbos peronistas, uma migração acelerada e Buenos Aires se perdeu na fumaça da insegurança pública latino-americana.
Ontem, segundo La Nacion, assaltaram o senador Aníbal Fernández em Avellaneda e tomaram o seu BMW. Ele voltou para casa de carona, depois de procurar um posto de combustíveis. Contrariando a letra do tango de Carlos Gardel, “mi Buenos Aires querido, cuando yo te vuelva a ver, no habrá más penas ni olvido”, agora só sofrimento e esquecimento pela bela cidade, que um dia foi um pedaço da Europa derramada ao longo do rio da Prata.
Buenos Aires enfrenta 35ºC logo pela manhã.
Os portenhos estão começando a trabalhar sob uma temperatura mormacenta e sufocante acima de 30 graus. Em Porto Alegre, a madrugada “fria” foi de 25 graus. Bem feito pra eles que não moram nos altiplanos do oeste baiano. “Aqui nóis sofre mas o crima é bão”.

Em Porto Alegre, o trânsito complicado e engarrafado fez sua primeira vítima fatal logo cedo, na RS 239, nesta colisão de um automóvel com um caminhão bau.
Sistema ferroviário argentino é inseguro e já matou muita gente.
O acidente que deixou 50 mortos e quase 700 feridos em Buenos Aires, esta semana, é o mais grave desde os anos 1970 e o terceiro pior da história argentina. Segundo sindicalistas ferroviários, a estrutura da rede de trens do país é tão ultrapassada que a sinalização, em muitos casos, é da década de 1920.
O último acidente grave aconteceu há três meses, quando seis meninas e dois professores de uma escola católica morreram depois que o ônibus em que viajavam para um retiro espiritual foi atingido por um trem de carga, na cidade de Zanjitas.
Pouco antes, em setembro, outro acidente envolvendo um ônibus e dois trens deixou 11 mortos e mais de 200 feridos. Em 2011, cinco acidentes envolvendo trens deixaram 23 mortos e cerca de 300 feridos no país.
A maior tragédia ferroviária da história argentina aconteceu em 1970, quando uma batida entre dois trens causou a morte de 236 pessoas, no norte de Buenos Aires. O segundo acidente mais grave ocorreu em 1978. Um caminhão colidiu com uma vagão, deixando 55 mortos.
Além da falta de segurança nas linhas ferroviárias, os passageiros reclamam da superlotação e dos atrasos constantes na rede, que é operada por empresas privadas, mas recebe pesados subsídios do governo.
Veja o vídeo completo do acidente ferroviário de Buenos aires.
Segundo as agências de notícias, 200 dos 600 feridos estão em estado grave.
Tragédia em Buenos Aires
Já são 49 as mortes e 600 os feridos no acidente do trem argentino que descarrilou e bateu numa plataforma na grande Buenos Aires. Foto de Juan Mabromata, da AFP, para a revista Veja. Clique no link e veja mais fotos e detalhes do acidente.
Piazzola, “Balada para un loco.”
“Como un acróbata demente saltaré,
sobre el abismo de tu escote hasta sentir
que enloquecí tu corazón de libertad…”
Colônia do Sacramento: uma parte da história do Brasil foi feita aqui.
Colônia do Sacramento é uma cidade do Uruguai, capital do departamento de Colônia, distante 45 km de Buenos Aires – através do Rio da Prata – e a 177 km de Montevidéu. Tem origem na antiga cidade de Colônia do Santíssimo Sacramento, fundada há 331 anos por Manuel Lobo, a mando do Império Português no século XVII. A área onde se localiza a fundação portuguesa, hoje faz parte do Centro Histórico, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.
A Coroa Portuguesa expressou os seus interesses em estender as fronteiras meridionais de sua colônia americana até ao rio da Prata quando determinou ao governador e capitão-mor da capitania do Rio de Janeiro, D. Manuel Lobo (1678-1679), que fundasse uma fortificação na margem esquerda daquele rio. Desse modo, com o apoio dos comerciantes do Rio de Janeiro, desejosos de consolidar os seus já expressivos negócios com a América Espanhola, em fins de 1679 a expedição de D. Manuel Lobo partia de Santos, alcançando a bacia do Prata em Janeiro do ano seguinte. A 22 desse mesmo mês, as forças portuguesas iniciaram o estabelecimento da Colônia do Santíssimo Sacramento, fronteiro a Buenos Aires, na margem oposta. O núcleo desse estabelecimento foi uma fortificação simples, iniciada com planta no formato de um polígono quadrangular.
A invasão espanhola
A resposta das autoridades espanholas foi imediata: em poucos meses o governador de Buenos Aires, José de Garro, reagiu, e o núcleo português foi conquistado por tropas espanholas e indígenas, na noite de 7 para 8 de Agosto desse mesmo ano, episódio conhecido como Noite Trágica.

Através de negociações diplomáticas, a posse da Colônia foi devolvida a Portugal pelo Tratado Provisional de Lisboa (7 de maio de 1681), pelo qual a Coroa Portuguesa se comprometia a efetuar apenas reparos nas fortificações feitas de terra e se erguessem abrigos para o pessoal. Ficavam impedidas a construção de novas fortalezas e de edifícios de pedra ou taipa, que caracterizariam uma ocupação permanente.
A 23 de janeiro de 1683 uma nova esquadra portuguesa tomou posse da Fortaleza de São Gabriel, tendo os portugueses se mantido na Nova Colônia do Sacramento até 1705, quando a Espanha os dominou até 1715. Além da finalidade bélica, o estabelecimento da Colônia atendia aos interesses do setor mercantil da burguesia portuguesa, interessada em recuperar o acesso ao contrabando no rio da Prata: o intercâmbio com Buenos Aires, acobertado legalmente pelo privilégio do “asiento”. A supressão do monopólio português de fornecimento de escravos africanos em 1640, cortara a possibilidade de envio, para a América Espanhola, de produtos brasileiros como o açúcar, o tabaco, o algodão, além de manufaturas européias, em troca da prata peruana. Adicionalmente, havia interesse em diminuir a concorrência platina aos couros brasileiros no Rio de Janeiro, além de estabelecer um marco fronteiriço que servisse de meta para alcançar por terra o rio da Prata.

Nesse contexto, era importante encontrar uma solução para a crise econômica portuguesa da segunda metade do século XVII.
Dessa forma, a Colônia transformou-se em um dinâmico centro de contrabando anglo-português. A fundação da Colônia e a abertura de mercado consumidor de gado, couro e carne salgada nas Minas Gerais, e gado muar posteriormente, determinaria o desenvolvimento da pecuária na Capitania do Rio Grande de São Pedro.
A história de Pelotas.
Em 1777, a Colônia é entregue aos espanhóis e os portugueses se retiram para Pelotas, onde se instalam com charqueadas, tendo conhecido enorme prosperidade com a exportação de carne salgada para todo o País. Esta prosperidade permitiu que os filhos dos charqueadores fossem estudar da Europa, de onde voltavam 5 ou 6 anos depois com as roupas rebuscadas e hábitos afetados dos europeus. Daí a fama que a cidade ganhou. A própria gaúchada afirmava que lá todos os homens eram afrescalhados ou homossexuais, o que levou o presidente Lula a afirmar, em conversa gravada discretamente, que lá “só tinha veado”.

A Colonia do Sacramento, o Uruguai, o Rio Grande do Sul e o País mesclam definitivamente sua história. É um só povo com uma história única. Com informações da Wikipédia.
Quando for novamente a Buenos Aires, não deixe de visitar Colônia. O “buquebus” – ônibus-barco, que aparece numa das fotos, leva o passageiro rapidamente à cidade, que faz parte de nossas origens. Clique nas imagens para ampliar.
Não chores pelos pibes de Maradona, Argentina!
A Alemanha tira a Argentina para dançar. Foto do portal Terra.
A equipe de futebol alemã foi impiedosa com o futebol de circo da equipe portenha. Depois de uma goleada de 4xO, o sabor na boca dos argentinos é de uma derrota sem honra. A tecnologia de preparo físico da Alemanha foi arma fatal contra os saltimbancos de Maradona. A derrota brasileira, comemorada com fogos de artifício em Buenos Aires, será, agora, rapidamente esquecida pelos argentinos, que tratarão de lamber suas próprias feridas, seu orgulho ferido de morte.
Afirma Lucas Rizzatti, do ClicRBS Esportes, que “desde a estreia da Argentina diante da Nigéria, estava claro que o lado direito da defesa de Maradona era o ponto fraco da equipe. A eficaz Alemanha precisou de apenas três minutos para constatar a suspeita. Pela ponta destra, Podolski sofreu falta do fraco Otamendi. Schweinsteiger cruzou e Müller se antecipou ao goleiro: 1 a 0. Um começo espetacular para os tricampeões mundiais.Após a abertura do placar, os alemães começaram a jogar ao seu gosto, abusando dos contundentes contragolpes que vitimaram o English Team, nas oitavas. No entanto, o grande mérito do trio final alemão nem foi a produção ofensiva. Fazendo uma parede tripla na risca divisória do gramado, Podolski, Klose e Müller dificultaram enormemente a saída de bola dos argentinos.”
“Argentina se fue tras un golpe durísimo”, diz a página online do jornal “Clarín”. E lamenta a chance perdida de voltar às semifinais da Copa, vinte anos depois. Que não se fale em chocolate perto de argentinos, pelo menos durante um mês, sob pena de uma agressão inesperada.
A bicentenária Buenos Aires vista da estação espacial.
A foto é do astronauta japonês Soichi Noguchi, a bordo da estação espacial internacional. Destaque para La Boca, as águas barrentas do rio da Prata e para o aeroporto central. A temperatura baixa desta época recomenda um tinto mendocino, uma parrija com pamplona de pollo de entrada e um bife de chorizo. Após, um café cortado e um passeio a pé pela Recoleta, até o Hotel Alvear.
Uma brasileira em Buenos Aires
Quem gosta de Buenos Aires, seus prédios históricos, suas parillas, cafés tradicionais, livrarias, do Teatro Colón e de sua música instigante, deve, antes de viajar, dar uma passada no blog de Gisele Teixeira, Aquí Me Quedo, jornalista brasileira lá radicada, com excelentes posts sobre a vida cultural, comportamento e cotidiano da cidade mais civilizada da América do Sul. Buenos Aires é fantástica. Só não pode se comportar como turista, nem ligar para a arrogância característica dos argentinos.
Jornal O Expresso citado em blog argentino.
Um blog argentino, Antimedio del Sur, faz uma longa análise sobre a nova lei dos meios de comunicação brasileiros, inclusa aí a internet, citando como fonte o blog do Jornal O Expresso e outras fontes. Clique no link para ver a matéria completa do blog, que analisa cultura e meios de comunicação na região ao sul de Buenos Aires, mais precisamente na cidade de Berazategui. A Região oeste está indo muito longe, bem além do rio São Francisco. Trecho do artigo:
“El gobierno de Lula está convencido de que es negativo para el desarrollo una regulación que someta a la censura a la Internet. Siendo tajante Dilma Rouseff afirmó recientemente “En un país como Brasil, Internet tiene que ser un derecho”




