Novo cangaço ataca na Bahia: duas agências bancárias são assaltadas

 

Uma agência do Banco do Brasil na cidade de Buerarema, no sul da Bahia, foi atacada por bandidos na madrugada desta terça-feira (3).

A unidade ficou parcialmente destruída, de acordo com o G1, após os criminosos tentarem explodir dois cofres. Segundo a polícia, eles chegaram ao local por volta das 3h, em três carros.

Na ação, os criminosos dispararam contra imóveis e, inclusive, atingiram a sede da prefeitura da cidade. Ninguém ficou ferido. Não há informações se o dinheiro do banco foi levado.

Jaguarari

Ontem, um grupo armado explodiu uma agência bancária na madrugada, no município de Jaguarari, no centro-norte da Bahia. De acordo com o G1, os bandidos atiraram para cima durante a ação, mas ninguém ficou ferido.

Os criminosos espalharam “miguelitos” – artefatos de metal utilizados para furar pneus – pela BR-407, que dá acesso à cidade, para dificultar a perseguição e facilitar a fuga.

Eles fugiram em três carros e uma motocicleta. A polícia não sabe ao certo o número exato de envolvidos. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.

Buerarema é um barril de pólvora e o estopim está aceso.

 

Mesmo com a presença do Exército, da Polícia Federal, da Polícia Militar da Bahia o barril de pólvora da região de Ilhéus, Una e Buerarema está com o estopim aceso. A Funai acoita vagabundos, sem origem antropológica comprovada; o Ministério da Justiça cisca o problema sem resolver. O Governo Federal garantiu novas reintegrações de posse para esta semana, mas descumpriu as promessas.

Segundo o blog do Pimenta, da região, a suspensão reforça a suspeita de produtores rurais de que a chegada do Exército seria mais para proteção aos índios do que para o restabelecimento da “lei e da ordem”.

A Associação dos Pequenos Produtores de Ilhéus, Una e Buerearema (Aspiub) entrou em contato com a Polícia Federal, Justiça Federal e Força Nacional de Segurança (FNS), confirmando que houve ordem de Brasília para que as reintegrações não ocorressem.

As reintegrações são cumpridas com o acompanhamento da Força Nacional, que foi impedida de cumpri-las pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão do Ministério da Justiça. As imagens do vídeo, de autoria de Gilvan Martins, são do dia 12 deste mês, o último combate sério entre a Força Nacional e manifestantes.

Governo autoriza ação do Exército em Buerarema.

images-cms-image-000357385Será publicada no Diário Oficial da União da próxima segunda-feira (17) a autorização do governo federal para que 524 homens do Exército atuem no sul da Bahia. O objetivo é prevenir o agravamento dos conflitos que vêm ocorrendo entre índios tupinambás e produtores rurais.

O decreto da presidenta Dilma Rousseff foi assinado a pedido do governador da Bahia, Jaques Wagner, e determina que os militares atuem próximos à cidade de Buerarema, cidade de 18 mil habitantes. A permissão vale por um mês, até 14 de março.

De acordo com o Ministério da Defesa, os homens terminam de chegar hoje (14) ao município. A Garantia da Lei e Ordem, como é chamada a medida, está prevista na Constituição e garante que o Exército atue com poder de polícia.

As tropas foram deslocadas da 6ª Região Militar de Salvador, Feira de Santana, Barreiras (BA) e de Aracaju (SE). Integrantes da Força Nacional foram enviados à região no ano passado, quando os tupinambás ocuparam 35 fazendas para pressionar a demarcação de uma reserva indígena.

Conflito se expande na região de Buerarema

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Uma extensa área da Costa do Cacau é presa de conflitos entre fazendeiros, movimento sem terra, índios, Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar. Esta madrugada duas agências bancárias foram depredadas em Buerarema depois da morte de um líder do MST. Um batalhão de choque da PM interviu no conflito, utilizando-se inclusive de bombas de efeito moral. Os fazendeiros dizem que a culpa da morte do líder do MST é dos índios Tupinambás, que ocupam uma área de 47 mil hectares na região e continuam expandindo suas invasões. A PF desocupou 20 fazendas, mas os índios voltaram aos mesmos locais após alguns dias. A retirada da Força Nacional da região no início do mês, onde estava desde outubro, acirrou os ânimos.

Veja aqui matéria de O Expresso, de setembro de 2013, quando o conflito estava em escalada.

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Wagner quer diálogo no conflito de terras de Buerarema

Conflito entre fazendeiros e índios está se expandindo, apesar dos esforços da Força Nacional e outros órgãos policiais
Conflito entre fazendeiros e índios está se expandindo, apesar dos esforços da Força Nacional e outros órgãos policiais

O conflito entre produtores rurais e povos indígenas, pela propriedade de terras na região de Buerarema, no sul da Bahia, vai ser discutido esta semana, em Brasília, pelo governador Jaques Wagner, em reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Em seu programa de rádio semanal, Conversa com o Governador, que vai ao ar nesta terça-feira (10), ele defende o diálogo. “Eu estou atento, estou em contato direto com o governo federal, esperando que a gente possa ter um desfecho tranquilo, negociado, para que a paz possa reinar na região”.

Quanto ao impasse a respeito das terras em Buerarema, o governador ressalta que o processo sobre o estudo antropológico reconhecendo a terra indígena Tupinambá, realizado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), não está concluído, podendo ainda haver questionamento judicial. “É melhor, nós que vivemos dentro da democracia, aguardar o desfecho desse processo e fazer uma negociação para a saída dos não-índios, pagando todas as benfeitorias”.

Wagner também destacou que não se tratam de latifundiários produzindo atualmente na região. “São várias famílias com 60, 70, 80 anos que estão na terra, plantando mandioca, cacau, sobrevivendo disso. É um trauma para essa família que muitas vezes não tem para onde ir. Esta semana estou indo à Brasília de novo, devo me encontrar com o ministro da Justiça. Precisamos encontrar um formato que seja menos traumático para a população do que esse que está acontecendo”.

Piada que circulou hoje à noite, na tribuna livre do Senadinho/LEM, sobre a sucessão estadual:

“Prefiro o Wagner preso que o Paulo Souto”.

As divergências entre Geddel Vieira Lima e Paulo Souto, dois pré-candidatos querendo a cabeça da chapa da Oposição, pode turbar o projeto de sucessão de Jaques Wagner.

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Vingança interrompida pela PRF

prf xxNo km 503 da BR 101, município de Itabuna, na madrugada desta segunda-feira (09/09), PRFs detiveram o passageiro de um veículo de passeio por porte ilegal de arma. Ao dar ordem de parada a um veículo VW/Gol com placas de Salvador, com quatro ocupantes, os Policiais procederam à busca pessoal encontrando, na cintura de um dos passageiros, um revólver calibre 38 e, dentro do automóvel, seis munições intactas. Segundo informações passadas pelo homem de 32 anos, ele teria saído da capital soteropolitana com destino a Buerarema, onde iria “vingar a morte do seu irmão”, que teria sido assassinado no feriado de 7 de setembro. O indivíduo foi preso e encaminhado, juntamente com a arma e as munições, à Delegacia de Polícia Judiciária de Itabuna.

Mudando o foco da segurança.

Dito e confirmado, ontem, na República Livre do Doce Café, em Luís Eduardo, para onde se transferiram temporariamente as viúvas da Cafeteria Xôk´s: o problema da segurança tem que mudar urgente o foco das polícias para a Justiça. Perguntava um dos tribunos: tem cabimento soltar o Zeu, traficante e assassino confesso, para uma saidinha? Tem senso soltar assaltante a mão armada por 5 vezes seguidas porque técnicamente ele ainda é primário?

A soltura de bandidos confessos é um crime contra a sociedade. Não importam as filigranas da lei. A Magistratura e o Ministério Público têm, no mínimo, que olhar pelos seus cidadãos de bem, em detrimento de direitos humanos de vagabundos.

Em uma ação polêmica, o juiz Antônio Hygino, da comarca de Buerarema, decretou nesta quarta (30) a soltura de todos os 19 presos detidos na cadeia pública da cidade, situada na região Sul do estado. Cerca de 15 dias atrás, outros 17 haviam sido liberados. Dos que ficaram, a maioria respondia por tráfico e homicídio. O magistrado acusa a Secretaria de Segurança Pública do estado de descaso devido as condições desumanas que o grupo vivia. O pedido de transferência dos presos para outra prisão foi feita há um mês e, segundo o juiz, não houve resposta.