Licuri produzido por agricultores familiares baianos ganha visibilidade com Expedição Gastronômica

O fruto da palmeira típica do semiárido nordestino, o licuri, vem ganhando espaço na gastronomia brasileira e somando valor a diversos pratos, por meio de iniciativas que valorizam a agricultura familiar baiana. Exemplo disso é a Expedição Gastronômica: Da Roça para a Mesa, que nesta semana levou chefs de cozinha da Bahia e de São Paulo para o Território Bacia do Jacuípe para conhecerem as potencialidades desse produto.

A expedição tem o intuito de aproximar chefs de cozinha, donos de restaurantes, cozinheiros e empresários ligados à gastronomia aos agricultores familiares da Bahia e é realizada pelo Instituto Ori, em parceria com o Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e a Aliança dos Cozinheiros Slow Food.

 

Para o assessor do Bahia Produtiva, Guilherme Martins, o licuri é a joia da caatinga e é um produto da sociobiodiversidade da Bahia, que precisa ser melhor apresentado, explorado e defendido: “A ideia da expedição é realizar essa troca de experiência entre a comunidade local, a cooperativa do território e lideranças comunitárias para que possamos ter o licuri melhor posicionado no mercado”.

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Situação da seca na Bahia é desesperadora.

Região da caatinga em Juazeiro

A bancada da Bahia no Congresso vai apelar ao Ministério da Integração Nacional para que libere, em caráter de urgência, cerca de R$ 30 milhões para o estado, que sofre com a estiagem. O grupo é liderado pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA). O senador disse à Agência Brasil que a falta de chuva provoca o desabastecimento no norte, nordeste e sudoeste baianos, além de causar prejuízos no campo.

“Estamos muito preocupados porque a cada dia a situação se agrava, há pessoas que já estão sem água e, fora isso, os agricultores rurais acumulam perdas”, disse o senador, lembrando que a estimativa é que cerca de 300 mil agricultores familiares da Bahia estão em dificuldades.

As áreas mais afetadas pela seca são Feira de Santana, Juazeiro, Paulo Afonso e Vitória da Conquista. Nessas regiões há produção de feijão, milho e sizal, além da criação de ovinos e caprinos.  Na tentativa de evitar o agravamento da situação, será solicitado seguro-safra para vários produtores rurais baianos, segundo Pinheiro.

De acordo o senador, 123 dos 417 municípios da Bahia estão em situação de emergência desde o fim do ano passado.

Quem mora no Oeste da Bahia, com chuvas abundantes, nem lembra do sertão que morre de sede.