Novo cangaço: grupo invade cidade, explode banco e incendeia carros em Cachoeira, na BA

Criminosos também tentaram roubar outra agência, mas não conseguiram. Assalto ocorreu na cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano.

 Do g1.globo/bahia
Carro foi incendiado por criminosos em Cachoeira após assalto a banco na cidade da Bahia (Foto: Fábio Santos/Voz da Bahia)Carro foi incendiado por criminosos em Cachoeira após assalto a banco na cidade da Bahia (Foto: Fábio Santos/Voz da Bahia)

Um grupo formado por cerca de 20 homens invadiu, na noite de terça-feira (31), a cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, e explodiu a agência do Banco do Brasil. De acordo com a polícia, os criminosos ainda tentaram roubar a agência da Caixa Econômica Federal. Contudo, o local possui um sistema de segurança que lança fumaça, o que impediu a visibilidade dentro da agência, e os criminosos desistiram da ação.

Ainda de acordo com a polícia, o grupo cercou a cidade e chegou atirando. Ninguém ficou ferido na ação. Após o assalto, eles abandonaram e queimaram os veículos que utilizaram no ataque. O ato foi uma forma de bloquear a perseguição policial. 

Um dos veículos foi incendiado dentro da Ponte Dom Pedro II que liga os municípios de Cachoeira e São Félix, e que fica sobre o Rio Paraguaçu, além de ser um dos cartões postais da cidade de Cachoeira.

Outro veículo foi incendiado na estrada da BR-101, entroncamento com o município. Ainda segundo a polícia, a PM fez buscas pela região. Até a publicação desta reportagem, nenhum suspeito foi localizado.

Cachoeira, berço da Independência, se torna sede do Governo pela nona vez consecutiva

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Com direito a honras militares e desfile cívico, o município de Cachoeira, no Recôncavo baiano, se tornou sede do Governo do Estado, neste sábado (25), pelo nono ano consecutivo. A cerimônia de transferência contou com a presença do vice-governador, João Leão, dos secretários estaduais da Cultura, Jorge Portugal, e da Educação, Walter Pinheiro, dentre outras autoridades. Após passar em revista à tropa, na Praça da Aclamação, Leão presidiu a solenidade. “Este ato é uma das coisas mais importantes da Bahia, que é um celeiro de tradições. E Cachoeira é uma das cidades que despontam em primeiro lugar. Nos sentimos muito honrados de estar aqui fazendo este trabalho, levando adiante estas tradições para que isto continue”, disse o vice-governador, que também participou da Sessão Magna na Câmara Municipal.

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Em Cachoeira, no dia 25 de junho de 1822, foi antecipado o Grito do Ipiranga, que resultou na libertação baiana do domínio português, em 2 de Julho do ano seguinte.Para o secretário Jorge Portugal, a transferência da sede do Governo por um dia é uma forma de relembrar momentos importantes para a história baiana e brasileira. “Estamos aqui recapitulando um fato histórico, que foi quando Cachoeira tornou-se capital da Bahia por conta do sitiamento da cidade de Salvador, por Bandeira de Melo. E aí, as forças de resistência vieram pra cá formar o exército que iria libertar definitivamente o Brasil de Portugal”.

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Vestidas especialmente para a ocasião, muitas crianças prestigiaram a cerimônia na frente da Câmara Municipal. Entre elas, Gabriel Souza, 13 anos. “Quem vem pra cá [participar dos eventos ao 25 de junho] absorve mais conhecimento para ensinar às futuras gerações”. Como de costume, o hino ao 2 de Julho foi executado pela Banda da Polícia Militar da Bahia.

Serviços à população

A exemplo do Te Deum, ato religioso em memória aos que lutaram pela independência, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, a unidade móvel do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), marca presença todos os anos no município, para emitir documentos de moradores da região, como RG, CPF, Certidão de Antecedentes Criminais e recadastramento de pensionistas e aposentados. Segundo a coordenadora do serviço itinerante, Neide Barreto, “as pessoas já esperam o SAC Móvel aparecer nesta data, geralmente 25 de junho, aniversário da cidade”.

O administrador de empresas, Moisés Pinheiro, levou o filho Bruno, 7 anos, para emitir a primeira carteira de identidade. Ele elogiou a agilidade na expedição do documento. “Este serviço do SAC é sempre bem aproveitado. A gente recebe o documento no ato. Para fazer um documento hoje na cidade demoraria alguns dias para receber”.

Fotos de Carol Garcia e texto de Jonathã Gabriel.

“Chupando o pau da barraca”, da série “Tem Culpa Eu?”

O veterano jornalista, Chico Dias, escreve, de Brasília, um texto delicioso no facebook, o qual vale a pena ser reproduzido, relatando os últimos acontecimentos no Senado Federal:

“Cassado o Demóstenes e anunciado o nome de seu suplente, Wilder de Morais, imediatamente foi dada a notícia de que ele também recebeu dinheiro do Cachoeira. O novo presidente do Conselho de Ética, que ainda não tomou posse, ja disse que será preciso apurar com calma. E bota calma nisto porque, pelo visto, o terreno político está todo minado.
Demóstenes saiu “chupando o pau da barraca” (no dizer de um ex-governador daqui, homem sem muitas luzes). Em seu discurso, quando preferiu rodar a metralhadora giratória do que a baiana, destacou e lembrou que o relator de seu caso no Conselho de Ética, Humberto Costa (PT-PE), foi acusado de envolvimento na máfia dos Sanguessugas –esquema de liberação de emendas para a compra superfaturada de ambulâncias– quando era ministro da Saúde.
A troca de gentilezas não causou espécie. A maior parte da seleta platéia preferiu ficar na moita, porque em boca fechada não entra mosca. E muita gente ali, nas acusações antigas do cassado, “tinha roupa na corda”.
Mas a coisa não para por aí. Wilder Pedro de Morais, de 44 anos, nascido em Taquaral, Goiás, é o primeiro suplente do senador cassado. O babado é complicado, segundo notícias publicadas. Wilder de Morais foi marido de Andressa Mendonça, com quem teve dois filhos. Ela é a atual mulher de Carlinhos Cachoeira.”

Cachoeira come a quentinha que ele mesmo arrumou.

Até o dia 29 de fevereiro deste ano, quando foi preso, o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, estava acostumado à gastronomia de luxo. Entre os milhares de gravações captadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, há ocasiões em que se ouve Cachoeira tratando de jantares e da degustação de bons vinhos com o senador Demóstenes Torres (“Quero saber a que horas você vem, para… decantar o vinho”, diz Demóstenes). Na prisão, a realidade é outra. As regras do presídio da Papuda, em Brasília, permitem a entrada de poucos alimentos externos. Cachoeira tem de se virar com a comida da cadeia. Por coincidência, trata-se da comida que ele mesmo patrocinou, por meio de lobby para influenciar o resultado de concorrências. Uma das três fornecedoras de marmitas para os mais de 11 mil presos da Papuda é a empresa Cial Comércio e Indústria de Alimentos. De acordo com a investigação da polícia, no ano passado Cachoeira trabalhou para que a Cial ganhasse contratos com o governo de Goiás. Leia mais no site da Revista Época.

Cada homem público, de grande ou pequeno penacho, deveria fazer o curso de um dia de presidiário, dormindo em colchonetes e comendo marmitas de prisioneiros. Se assim acontecesse, muitos pensariam duas vezes antes de prevaricar.

 

Prefeitura de Cachoeira tem concurso com 115 vagas

Cachoeira, em foto de Alzira Costa.

A Prefeitura de Cachoeira (BA), cidade histórica no Recôncavo Baiano, a 120 km de Salvador, abriu concurso para 115 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários vão de R$ 540 a R$ 5 mil (veja aqui o edital) e as inscrições até o dia 21 deste mês.

Os cargos são de biólogo, farmacêutico, fisioterapeuta, médico veterinário, nutricionista, procurador, psicopedagogo, professor de educação física, técnico agrícola, auxiliar administrativo, auxiliar de contabilidade, digitador, fiscal de vigilância sanitária, atendente de farmácia, motorista classe de agente de trânsito. No Programa de Saúde da Família (PSF) os cargos são de enfermeiro, médico, odontólogo, técnico em saúde bucal, técnico em enfermagem e agente de apoio.

As inscrições ficarão abertas no período de 17 a 21 de Janeiro, no Colégio Aurelino Mario de Assis Ribeiro, na Rua Quintino Bocaiuva, s/nº, Centro de Cachoeira, no horário das 9h às 12h e das 13h às 15h. A taxa vai de R$ 45 a R$ 100.

A prova objetiva será em 13 de fevereiro.