
A ex-ministra do STJ, corregedora geral do Conselho Nacional de Justiça e pré-candidata ao Senado, Eliana Calmon, pelo PSB, esteve hoje em Luís Eduardo Magalhães para realizar conferência técnica aos acadêmicos de Direito e demais alunos da Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira. Acompanhada por militantes do seu partido, como a secretária de Saúde de Barreiras, Regina Figueiredo, Eliana Calmon tem preenchido uma agenda robusta. A peregrinação da Ministra tem um motivo específico:
-Apesar de ser baiana de Salvador e ter labutado muitos anos na Justiça do Estado, não conheço de fato a Bahia. Quero recolher em cada pequena cidade, em cada grotão, os anseios do povo baiano. Quero ter uma visão específica das cidades e dos sertões, que sirvam como plataforma política para o meu futuro, disse em entrevista exclusiva a este Editor.
A Ministra, cuja atuação à frente da Corregedoria do CNJ deflagrou uma onda de austeridade na justiça baiana, a partir da assunção da eleição do presidente Eserval Rocha, diz que tem ouvido com muita atenção as queixas sobre as deficiências e a falta de estrutura da Justiça de primeira instância.
-Em outros tempos, Eserval não seria nem indicado, muito menos votado para a Presidência do TJ. Mas o momento é outro, em que os parâmetros que norteiam a Justiça da Bahia são imparcialidade, austeridade e, principalmente, honestidade. A nomeação recente de 96 novos juízes é sinal de que estamos no caminho certo. Mas ainda há muito por fazer. O Presidente do TJ-BA explicou-me que a criação da Câmara do Oeste é um ato político, que não elide a realização de novos concursos e nomeação de novos magistrados, para o preenchimento das vagas ainda existentes, principalmente no Interior.
Eliana Calmon fala pouco sobre política:
“Oficialmente ainda não sou candidata e não estamos em campanha eleitoral. Não quero desobedecer a lei eleitoral. Posso dizer apenas que a candidatura de Geddel Vieira Lima ao Senado, definida hoje, coloca as pedras em jogo no seu devido lugar. Nosso partido segue com Lídice da Mata, conforme decisão pessoal de Eduardo Campos e Marina da Silva”.
A Ministra relata como escolheu a carreira que pretende enfrentar na campanha de 2014:
-Pouco entendo de política, de acordos, de alianças, dos movimentos sutis dos políticos. Sou pré-candidata porque o senador Cristovam Buarque me convidou à candidatura, pelo PDT, no Distrito Federal, onde moro há muitos anos. No entanto, não poderia deixar ao longe, ao encetar essa nova caminhada, a minha Bahia, onde nasci e tenho raízes.

Durante a tarde de hoje, antes de brilhante conferência na FAAHF, cujo ingresso custou um quilo de alimento não perecível, a ministra recebeu o presidente da subsecção da OAB de Luís Eduardo, Carlos César Cabrini.
Segundo informações da própria Ministra, a conferência de ontem, em Barreiras, rendeu cerca de 800 k de alimentos, que deverão ser distribuídos a obras beneficentes da cidade.

