Campeão do Mundo

Internacional, campeão mundial de 2006, parabeniza o Grêmio pelo vice-campeonato

Eduardo Bueno, o “Peninha”, jornalista e historiador, hoje, em Zero Hora:

“Uma vitória tricolor hoje é a vitória da liberdade, da superação, da decência.”

Se pressupõe, portanto, que no caso da derrota, como de fato aconteceu, os tricolores podem se considerar cativos, desanimados e indecentes.

Eu não chegaria a tanto: amanhã é dia de comemorar 11 anos da grande vitória gaúcha, quando o Internacional derrotou e humilhou o Barcelona, de Ronaldinho e companhia, inscrevendo-se no portal das glórias futebolísticas.

Internacional foi campeão do mundo depois que lhe roubaram o Brasileirão de 2005.

Agora que os dirigentes do futebol mundial estão indo para a cadeia, precedendo os dirigentes do futebol brasileiro, é hora de se perguntar: vão devolver a taça de campeão brasileiro ao Internacional, de 2005?

O Campeonato Brasileiro de Futebol de 2005 foi marcado pelo escândalo da anulação de algumas partidas apitadas pelo agora ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho. O campeonato teve a maior média de público e de gols dos últimos anos. O Internacional, que vinha estourado na frente, foi obrigado, por conta do escândalo, a jogar de novo mais quatro ou cinco partidas. Arbitragens mal intencionadas e manipulação dos resultados deixaram, na última rodada, o Colorado gaúcho na segunda colocação, um jeitinho quando o Corinthians pertencia a um famoso estelionatário e mafioso russo homiziado na Inglaterra.

Se não for restaurada a verdade, os colorados de todas as querências levarão essa mágoa para o túmulo. A equipe colorada era tão melhor que a do Corinthians, que no próximo ano ganhou a Taça Libertadores da América e o Campeonato Mundial de Futebol, em cima do Barcelona.

Segue, Colorado, tua senda de vitórias.

Esta história já contei para muitos colorados amigos. O Internacional preparava-se para disputar o Mundial da FIFA em Tóquio. Era dezembro de 2006. Dirigia-me pela avenida Borges de Medeiros em direção ao Shopping Praia de Belas, quando passando pela frente de um hotel na mesma avenida, notei a aglomeração e o ônibus do Internacional. Era o time que ia embarcar. Encostei o carro, pedi pra minha esposa continuar dirigindo e fui também me despedir do elenco colorado. O Shopping era perto, podia continuar depois a pé. Uma meia hora depois encontrei Patrícia no Shopping e, com os olhos umedecidos por tanta certeza, afirmei: “Vamos ser campeões do mundo. Pode escrever”. Ela me questionou o porquê da minha certeza. E eu afirmei: “Porque nunca vi uma equipe tão unida, cantando o hino aos gritos, de peito aberto, junto com umas duas centenas de torcedores. Eles querem ganhar e vão ganhar.”

Uma semana depois, um 17 de dezembro como hoje, deslocando-me de Porto Alegre para Brasília, o comandante da Gol, também um colorado fanático, ao posar na Capital deu a notícia: “O Inter é campeão do Mundo”. Enquanto a aeronave taxiava, uma centena de passageiros comemorava aos gritos e abraços o primeiro campeonato de um time gaúcho organizado pela FIFA.

Amanhã ou depois, quando cerrar os meus olhos pela última vez, tenho certeza que vou divisar os pés de sibipiruna que plantei no meu quintal e que tanto me refrescam. Mas meu coração, constrangido pelas despedidas, ainda vai estar emocionado pela aquela onda vermelha que se alevantou e dominou o mundo, traduzida nos pés decididos do atacante Gabiru. Segue, Colorado, tua senda de vitórias.

5 anos do Mundial: sábado é dia de vestir vermelho.

Amanhã o Internacional comemora cinco anos do seu campeonato mundial. E comemora com uma festa recheada de atividades no complexo Beira-Rio que o Internacional comemorará os cinco anos do maior dos títulos de sua história mais que centenária: o Mundial de Clubes da Fifa.

O Clube preparou um evento para toda a tarde e noite deste sábado (17/12), tanto no gramado principal do Gigante, palco de tantas glórias do Colorado, como também no ginásio Gigantinho, com ações especiais para crianças e adultos colorados que festejarão aquela grande conquista sobre o Barcelona, naquele ano de 2006, no Japão.

Técnico do Inter admite demissão por má campanha.

Ao contrário do discurso da direção do Internacional, o técnico Jorge Fossati está, e muito, preocupado com o Gauchão. Não tanto pela importância do campeonato, e sim pela influência que um resultado negativo neste domingo, contra o Caxias, no Estádio Centenário, pode representar acerca do seu futuro no cargo.
O uruguaio está tão consciente da complexidade do momento vivido pelo Inter que ontem admitiu até pedir demissão se a má fase prosseguir, liberando os dirigentes desta tarefa.
Pressionado depois de cinco jogos sem vencer, o último uma derrota por 3 a 0 para o São José, Fossati reconhece que a fase é complicada. Mesmo que a partida decisiva seja na quarta-feira, contra o Cerro, na Libertadores, o treinador precisa interromper o quanto antes a sequência sem vitórias para reconquistar a torcida.
– A gente tem que ser realista. Se não conseguirmos mudar essa situação de resultados negativos, não precisa ninguém me avisar o que fazer – afirmou o treinador com franqueza surpreendente.

Previsões de paulistas

Este texto foi escrito por paulistas da Folha Online:

O Palmeiras empatou por 1 a 1 com o Botafogo, neste sábado, no Parque Antarctica, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o time alviverde termina o primeiro turno do Nacional como líder, com 37 pontos. O time carioca segue com 20.

Apesar de o Palmeiras ocupar a liderança da competição, o Internacional, que tem dois jogos a menos e 33 pontos, pode ultrapassá-lo caso vença seus compromissos pendentes, contra Atlético-MG e Santos.

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