Depois de batalha campal, consórcio de 5 empresas vence leilão do Campo de Libra

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Manifestantes contrários ao leilão do Campo de Libra conseguiram romper, há pouco, barreira formada por integrantes da Força Nacional de Segurança e se aproximam do Windsor Barra Hotel, onde se realiza hoje (21) a primeira rodada de licitação do pré-sal. O grupo agora é contido por uma barreira da Polícia do Exército.

Policiais reprimiram os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O gás chegou a entrar na recepção do hotel e pôde ser sentido por pessoas que estavam do lado de dentro.

Manifestantes com bandeiras verdes e amarelas ocupam as areias da praia da Barra da Tijuca e gritam palavras de ordem contra a privatização. Eles também entoaram o Hino Nacional.

Além das manifestações, uma greve dos petroleiros paralisa as atividades em plataformas, refinarias e unidades de tratamento de combustível da Petrobras em 12 estados do país, conforme informou o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Simão Zanardi.

Um manifestante, de terno e gravata, conseguiu furar os bloqueios da Força Nacional e chegar à porta do Windsor Barra. Em frente ao hotel, Luiz Carlos Ramos da Cruz, que disse ser engenheiro eletricista, mostrou uma bandeira do Brasil e gritou contra a “privatização do pré-sal”.

Policiais federais o abordaram e o conduziram, sem resistência, para a área exterior ao bloqueio.Da Agência Brasil.

Consórcio liderado pela Shell e Total vence Leilão de Libra. Petrobrás e duas empresas chinesas completam o Consórcio.

O consórcio formado pelas empresas Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC arrematou nesta segunda-feira (21) o campo de Libra e foi o vencedor do primeiro leilão do pré-sal sob o regime de partilha – em que parte do petróleo extraído fica com a União.

Único a apresentar proposta, contrariando previsões do governo, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente em óleo extraído do campo – percentual mínimo fixado pelo governo no edital.

Nesse leilão, vencia quem oferecesse ao governo a maior fatia de óleo – o regime se chama partilha porque as empresas repartem a produção com a União.

O leilão, realizado no hotel Windsor, no Rio de Janeiro, foi marcado ainda pelos protestos do lado de fora e que deixaram pelo menos cinco pessoas feridas. Para conter os manifestantes, homens da Força Nacional de Segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

O pau está quebrando no leilão do Campo de Libra

campo de libraNo Rio de Janeiro, o Exército dispersa manifestantes, que tentam furar bloqueio. Ao menos seis ficaram feridos com balas de borracha. Na Praça do Ó, a dois quarteirões do hotel onde acontecerá o leilão do Campo de Libra, manifestantes carregam bandeiras de partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais.

O Campo de Libra tem potencial para produzir 1.000.000 milhão de barris de petróleo por dia. A um preço de US$100,00 por barril, dá para entender porque todos brigam. Faturamento de 100 milhões de dólares por dia, ou 220 milhões de reais pelas cotações atuais. O Governo deve ficar com 40% do óleo extraído e como não tem capital para explorar sozinho, através da Petrobrás, entrega os outros 60% ao conglomerado das 7 irmãos, como são conhecidas as maiores petrolíferas do mundo.

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Rio de Janeiro vira praça de guerra pelo leilão do Campo de Libra

Fotos de Tânia Rego, da Agência Brasil
Fotos de Tânia Rego, da Agência Brasil

Dezenas de manifestantes já se reúnem na Praça do O, na Barra da Tijuca, para protestar contra a primeira rodada de licitação do pré-sal, marcada para a tarde de hoje (21) no Hotel Windsor Barra. A praça fica a dois quarteirões do hotel, que está totalmente cercado pela Força Nacional de Segurança e pelo Exército. Os manifestantes carregam bandeiras de partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais.

Tania Rego ABr

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O Brasil está entregando 15 bilhões de barris de petróleo às 7 irmãs?

400x300mapapetroleoFernando Siqueira, vice-presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras, publica artigo no Le Monde Diplomatique Brasil, em que denuncia as perdas nacionais no leilão do petróleo do campo de Libra. Segundo Siqueira, enquanto no resto do mundo os países exportadores de petróleo ficam com 80% do óleo-lucro – uma média de 72% do óleo produzido –, o governo brasileiro fixou para o leilão de Libra o pagamento mínimo de 41,65% à União. Em um campo sem riscos, de óleo de excelente qualidade, não seria razoável menos de 80%. Leia o artigo na íntegra, clicando no link acima.