Parlamento canadense interfere no contrato de aviões de combate.

Após o anúncio da aquisição de 65 caças F-35 Lightining II para a Força Aérea do Canadá, no último dia 16 de julho, vozes contrárias ao acordo começaram a protestar de forma mais vigorosa no Parlamento canadense.

Parlamentares do Partido Liberal, principal bloco de oposição ao governo do primeiro-ministro Stephen Harper, do Partido Conservador, estão questionando os 9 bilhões de dólares canadenses que serão gastos na aquisição dos 65 caças. A este valor devem ser somados outros 7 bilhões necessários para a manutenção dos mesmos por um período de 20 anos.

Segundo o parlamentar Marc Garneau, do Partido Liberal, o contrato não pode ser firmado porque não houve uma consulta pública. O líder dos liberais, Michael Ignatieff, quer debater o tema no Comitê de Defesa do parlamento ainda neste verão.

De qualquer forma, caso os Liberais formem o próximo governo existe a promessa de cancelar o acordo atual, considerado o maior negócio da história da aquisição de material militar do Canadá. Com informações do site Poder Aéreo.

Perguntas que deveriam ter respostas na imprensa: existiu consulta pública para a aquisição de caças, submarinos e helicópteros brasileiros? O Congresso se manifestou? Por que os valores de aquisição de 65 caças F-35 pelo Canadá perfazem quase o mesmo valor dos 36 caças franceses que o Brasil escolheu, em princípio, para comprar? Por que o projeto FX2 foi várias vezes adiado, sem que o Governo anuncie o motivo? O Canadá não é uma democracia e por isso os representantes do povo podem intervir em compra de armamentos?