Governo prepara outra armadilha para os deputados.

Foto de Rodolfo Stuckert

O Governo prepara mais uma armadilha para a Câmara Federal e Senado: a escolha da lista fechada de candidatos como padrão nas próximas eleições. O assunto é mais sério que a pegadinha do Código Florestal, da qual a Câmara saiu-se bem, à revelia do líder do Governo, Cândido Elpídio De Souza Vaccarezza. Este ginecologista de 55 anos deve liderar o movimento pela perpetuidade dos deputados, desde que obedientes e perfeitamente alinhados com seus partidos, é lógico.

Pior: os partidos abrirão inscrições para a sua lista com um leilão que vai cobrir de vergonha o Legislativo, como fizeram os senadores biônicos. Quem tem dinheiro, entra. Quem não tem, terá que ser muito bom de voto, tipo Tiririca e companhia.

O que o Congresso precisa votar com urgência, para reestabelecer-se aos olhos do povo é a proibição de reeleições por mais de duas vezes ou como já se cogita, para o Executivo, mandatos de 5 anos sem direito à reeleição. Mas isto já é a utopia, conhecendo o corporativismo da pior espécie que existe na classe. No entanto, só assim deputado poderia ser sinônimo de representante do povo e não, como hoje, a expressão análoga de um sonoro palavrão.

Vacarezza, o feitor dos derrotados.

Cândido Vacarezza, ontem, depois da derrota estrondosa de Dona Dilma na votação do substitutivo do Código Florestal:

“Esta Casa corre risco quando o governo é derrotado”.

Do jeito que é carregado o andor, a Câmara Federal não corre mesmo é o risco de desmoralização. Já foi desmoralizada com a boca mole deste senhor vagareza.