Dilma recebe pressões para vetar parte do Código Florestal

A primeira derrota do governo na Câmara – provocada por um racha na base aliada – não foi bem recebida no Planalto. Segundo a agência Reuters, a presidente Dilma Rousseff está preparada para vetar as mudanças que não considera boas no Código Florestal, caso a base governista no Senado também falhe.

A presidente Dilma Rousseff (…) garantiu a uma fonte do governo que participou das negociações que vetará os trechos do texto que considera equivocados, caso a base não consiga promover mudanças no Senado. De acordo com essa fonte, que pediu para não ter o nome revelado, Dilma afirmou antes da votação que esperava a derrota do governo mas se disse confiante de que a base governista conseguirá fazer as mudanças na votação no Senado.

Para tomar essa decisão, Dilma deve ter levado vários fatores em conta. Internamente, é certo que ela sofrerá desgaste. Desde a era Lula, o governo petista sofre críticas por querer resolver muitos assuntos por decreto ou medida provisória, passando por cima do Legislativo. Na noite de terça, pelo menos parte da motivação de muitos deputados contra o governo vinha da indignação gerada pela tentativa de o governo regulamentar as Áreas de Proteção Ambiental por decreto. Contudo, Dilma tem outras preocupações, como conta o jornalista Ilimar Franco, do Globo, citado pelo Blog do Noblat. Informações coletas pelo blog O Filtro, de Época, redigidas por José Antonio Lima e editadas em parte por este jornal.

Vai um “fino” aí Ministro?

Minc discursa: foto Mauro Pimentel Futura Press on portal Terra.

O ex-ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, liderou, ontem no Rio, como todos sabem, a Marcha da Maconha, que pede a liberação do cultivo caseiro da droga. E até fez discurso durante a passeata, que teve a participação de 1.500 pessoas. É fato comprovado que a droga causa alterações comportamentais, aguçando certos desvios psicológicos, como a síndrome do pânico e a esquizofrenia. Um estudo publicado em 2010 no periódico Archives of General Psychiatry associa o consumo de maconha à psicose. Constatou-se que, entre jovens que fumam maconha há seis anos ou mais, o risco de alucinação ou delírios pode chegar a ser o dobro do verificado entre as pessoas que nunca consumiram a droga.

A pergunta que não quer calar é a seguinte: será que Carlos Minc teria degustado alguns cigarrinhos quando planejou a escandalosa “Operação Veredas” no Oeste baiano, há dois anos?

Enfim, a Justiça para Haroldo Uemura!

Carlos Minc, dedinho maroto em riste, diante de toda a imprensa do País, gentilmente transportada por conta do contribuinte. Foto Luís Tito, da AG A Tarde.

Sérgio Pitt, vice-presidente da AIBA, escreve incisivo artigo sobre o episódio da Operação Veredas, cinematográfica ação do ministro Carlos Minc, que perpetrou injustiça irreparável com um agricultor. Agora, Haroldo Uemura, obteve vitória na Justiça, provando o erro e a sua isenção.

Um caso absurdo de abuso de poder e linchamento ante a opinião pública teve um desfecho justo – ainda que tardio – este mês. Trata-se da vitória do agricultor do município de Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia, Haroldo Hidekazu Uemura, contra a União e o IBAMA, obtida no dia 10 de março último por meio de Sentença de Mérito proferida pela juíza federal  substituta da 17ª Vara de Brasília, Cristiane Pederzolli Rentzsch. Em uma argumentação que será sempre referência de coerência e probidade, ela julgou procedente a defesa de Uemura, restituindo a este agricultor as terras e as máquinas confiscadas de maneira inconstitucional, além de parte da dignidade, já que os estragos de uma mentira dificilmente se reparam.

Continue Lendo “Enfim, a Justiça para Haroldo Uemura!”