Se os chineses não querem nossa carne, deixa aqui que nós queremos.

MASTERBOI - Notícias - China voltará a comprar carne bovina do Brasil

Analistas de mercado acreditam que o boi deva cair para algo em torno de R$250,00 a arroba no dia de hoje, com o embargo chinês oficializado no dia de ontem. Aves e suínos não devem acompanhar a queda vertiginosa, pois os preços do milho, soja e núcleos minerais se mantem em alta no mercado e a exportação para a China e mercados do Oriente Médio se mantem firmes.

No entanto, os confinadores hospedaram um número menor de bovinos nesta última seca. As rações tiveram alta meteórica e mesmo com a arroba beirando os R$315,00 estava difícil manter os hóspedes comendo milho e soja no preço que alcançou na temporada. Um boi de 18 arrobas -540 kg de peso vivo- come no mínimo 10,8 kg de ração por dia, algo em torno de R$27,00.

Se tal acontecer temos uma boa perspectiva de planejar um churrasquinho neste final de ano, na companhia dos amigos e familiares, depois do longo isolamento da Covid-19.

Carnes começam a ceder no preço lentamente depois das festas

Especialistas apontam que a carne bovina, no frigorífico, deve estabilizar em R$200,00 a arroba pelos próximos três anos. A tendencia é a estabilização depois da queda de venda na ponta do consumo. Com o final das festas, a carne bovina, que já vem baixando, tende a cair ainda mais um pouco.

A estabilização de preços altos deverá manter-se apenas porque o plantel de matrizes foi muito reduzido. Quem pretende apartar bezerras aos 6-7 meses no final desta estação de chuvas, poderá colocá-las em cobertura apenas em meados de 2021.

Até lá a pressão sobre o mercado interno, exercida pela exportação de carne bovina, suína e de aves, também deve ser menor.

Quem pretende recriar e engordar bois nesta seca também encontrará preços alterados no milho e na soja, além do preço do garrote e do boi magro, o que certamente ajudará a sustentar o preço da arroba nos frigoríficos.

Mesa da classe média sofre dois abalos fortes, com cotações do feijão e da carne.

Pandemia da China empurra preços da proteína animal no Brasil.

As cotações da carne bovina na Bahia tem acompanhado par-e-passo as altas crescentes dos principais mercados do País, que já praticam preços em torno de R$190,00 a arroba.

O preço descolou do patamar de 155-160 reais há menos de 30 dias e não para de subir. As chuvas atrasadas no Centro Oeste e no Nordeste não promovem a sustentabilidade dos pastos e os confinamentos parecem ter desovado toda a mercadoria de fim da estação seca.

O aumento do volume de exportações, principalmente para a China, também tem feito os grandes frigoríficos se voltarem para a manutenção do cliente externo. O frango e a carne bovina tem substituído o porco na mesa do chinês, depois que a suinocultura foi abalada pela febre suína africana. As perspectivas de recuperação alcançam prazos maiores do que um ano.

Metade da população mundial de suínos estava na China no início de 2019.

Por seu turno, o feijão, prato importante para a proteína na mesa das classes menos favorecidas também encontra altas significativas, encostando em R$290,00 a saca de 60 quilos na Bolsinha de São Paulo. Sinal que a safra irrigada foi fraca, com os agricultores se afastando dos altos custos de insumos e da energia.