Cartões corporativos: Bolsonaro explica mas não convence.

Foto EBC

O Governo dos Ernestos está se esbaldando com os cartões corporativos. Viva!

Com informações de O Antagonista e edição de O Expresso.

Jair Bolsonaro, no Twitter, disse que o aumento de 24% nos gastos com cartões corporativos da Presidência ocorreu porque neste ano as despesas do presidente e do vice somadas são naturalmente maiores do que os gastos de Michel Temer, que não tinha vice.

O que Bolsonaro não explicou sobre a matéria do Globo, republicada neste site, é como os gastos de 2019 são maiores também do que no governo Dilma Rousseff, quando o emedebista ainda fazia parte da chapa da petista.

Segundo o jornal carioca, os gastos com os cartões corporativos da Presidência são os maiores desde 2014. Entre fevereiro e setembro deste ano, Bolsonaro consumiu 62% acima dos R$ 2,8 milhões de 2016 e 26% a mais do que os R$ 3,6 milhões de 2015.

Bolsonaro embarcou na noite deste sábado (19) para o Japão. O país será o primeiro destino de um giro que Bolsonaro fará pela Ásia e pelo Oriente Médio nos próximos 12 dias. O presidente deve retornar a Brasília no próximo dia 31.

Lá vai o cartão corporativo em busca de novos recordes.

Sigilo é sigilo. Roubalheira é outra coisa.

No primeiro bimestre do governo Dilma, os gastos sigilosos com cartão corporativo do gabinete da Presidência da República somaram R$1,66 milhão. Com isso, a média mensal dessas despesas este ano, de R$832 mil, supera em 62% a média mensal de 2010, de R$512 mil.

Pode? Se as despesas são sigilosas, pode, não é?