O fantasma Carlinhos Cachoeira, detido em presídio federal de Natal, sabe muito. Se abrir a boca, o País para por seis meses.
O poder central ainda vai prolongar por um longo tempo as manobras dissuasórias, as chamadas cortinas de fumaça. Quer espantar o fantasma da CPI da Casa da Moeda, que respinga direto no núcleo duro do poder, e evitar o início do julgamento do mensalão e seus 39 ladrões durante o período eleitoral. Enquanto o pau sobe e desce as costas descansam. Por que não se fala mais das relações de Carlinhos Cachoeira com a Casa Civil de Lula? Ali está montada, no presídio federal de Natal, uma bomba de retardo, que pode explodir a qualquer momento.
Diz Mino Pedrosa, em seu site Quid Novi:
“Foi no episódio de Valdomiro Diniz, assessor direto do então ministro da Casa Civil José Dirceu, que Valdomiro foi filmado pedindo propina para campanhas petista. Márcio Thomaz Bastos, na época ministro da Justiça, atuou fortemente para evitar o primeiro grande escândalo do Governo Lula.
Ali ficava clara a afinidade do PT com o jogo e a contravenção. Thomaz Bastos escalou rapidamente o advogado de plantão Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para defender Valdomiro Diniz e silenciar Cachoeira evitando que o escândalo alcançasse e derrubasse o então chefe da Casa Civil e todo poderoso do Governo Lula José Dirceu.
Agora, mais uma vez, Thomaz Bastos é convocado, em caráter de urgência, para represar a enxurrada de denúncias que Cachoeira está prestes a soltar.
No cenário pintado por Cachoeira, Demóstenes não passa de uma piaba, ou melhor, um peixe pequeno, que o Ministério Público tenta cevar com denúncias inconsistentes para não ser obrigado a pescar os peixes grandes do PT e da base aliada do Governo.”
