Não Freud, Marcos Valério!

Foto de Beto Barata, da Agência Estado
Foto de Beto Barata, da Agência Estado

Depois de abafado o caso com a Rose do Gabinete da Presidência, a polícia federal vai mexer com a figurinha carimbada de Freud Godoy, aspone de Lula da Silva e apontado no depoimento de Marcos Valério como homem que carregava a mala preta do insigne líder da Nação. Tem um procurador federal no rastro do dinheiro e a PF quer saber das contas de uma empresa de Freud, que pagava despesas particulares de Lula.

É por isso que eles querem acabar com a atribuição de investigação do MP. Nenhum policial vai se meter de pato a ganso e ficar investigando ex-presidentes. Já o Ministério Público pode fazer isso sem medo de ser analisado pelo Freud.

Saúde pública brasileira, um caso de polícia.

Um menino de 10 anos, que teve o fêmur fraturado e esperou 22 dias por uma cirurgia na perna, conseguiu finalmente ser operado ontem (11), em Goiás, depois da intervenção da Associação dos médicos do Estado. 

Ele recebeu apoio do médico Robson Azevedo, que realizou a operação no Hospital Ortopédico de Goiânia. “O procedimento transcorreu normalmente e o resultado foi está dentro do que esperava a equipe”, disse o cirurgião.

Gabriel Silva quebrou a perna após cair de uma árvore em Aparecida de Goiânia (região metropolitana de Goiânia). No dia do acidente, o pai do menino tentou conseguir uma vaga para o filho em várias unidades de saúde, mas não conseguiu.

Ele foi levado a três hospitais. Recebeu uma tala na perna, mas foi liberado pois nenhuma das unidades tinha condições de realizar o procedimento. 

O menino disse que está ansioso para voltar a jogar bola, mas que não pretende mais subir no cajueiro de onde caiu.

Em abril, a reportagem do UOL Notícias mostrou outro caso semelhante registrado no Estado. Victor Hugo Alves, 11, esperava com o braço quebrado por uma cirurgia na rede pública de saúde em Goiás. Os médicos alegavam falta de material no Hospital Geral de Goiânia, mas no dia seguinte à publicação da reportagem ele foi operado. De Raphael Borges, para UOL.

Não são bandidos o diretor de um hospital, o médico e o gestor de saúde que deixam um menino 22 dias com o fêmur quebrado? Ainda vamos ter que invocar as leis de proteção aos animais para cuidar de nossos pacientes?  Desde 10 de Junho de 1934, o Decreto 4.645, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, dá proteção aos animais no País. Por que então não se protegem os clientes da rede pública de saúde? Vergonha é um termo delicado demais para qualificar o banditismo dessa gente.