Governo resiste a entregar órgãos federais ao Centrão.

                                                      Atual composição da Câmara.

O União Brasil, terceira maior bancada da Câmara dos Deputados na próxima legislatura, com 59 deputados faz exigências grandiosas ao Governo para se aliar. O Governo precisa enfrentar o PL (99 deputados), contando com os deputados do PT (68) e de outros membros do Centrão: PP (47 deputados), MDB (42 deputados) e a União, mescla do antigo PSL e DEM.

Em troca do apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, integrantes do Centrão exigem o controle da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), do Banco do Nordeste (BNB) e do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), três dos principais cofres da República e no centro de escândalos de corrupção. A fatura está sendo apresentada principalmente pelo líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), segundo integrantes do Planalto. O governo resiste a ceder tudo, mas deve entregar ao menos um dos órgãos ao União Brasil. Interlocutores de Lula dizem que o presidente não aceitará o pedido triplo de Elmar. Já a Codevasf poderá ser cedida. A partilha de cargos de segundo escalão mobilizou o quarto andar do Palácio do Planalto nos últimos dias. Há cobiça de cargos por partidos menores que negociam com o governo Lula, como o Podemos.

O PT, por exemplo, também quer ter o comando de alguns desses cofres, como o BNB. Segundo parlamentares da região, a disputa envolve até ministros. Há ao menos três nomes com padrinhos fortes: Stelio Gama Lyra Junior, do Instituto Nordeste Cidadania, ligado ao líder do governo, José Guimarães (PT-CE); Nelson Martins que tem apoio do ministro da Educação, Camilo Santana; e Luiz Carlos Farias, que tem o aval do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

Esses órgãos têm orçamento bilionário, conforme o Estadão, e costumam sofrer influência política direta de parlamentares, que indicam diretores e superintendentes nos Estados. Alguns deles viraram focos de denúncias de corrupção nos últimos governos, como a Codevasf, com verbas do orçamento secreto, o FNDE, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A ordem no Planalto, porém, é segurar nomeações até as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, marcadas para 1.º de fevereiro. O governo quer começar a destravar os pedidos depois, de acordo com o comportamento dos partidos nas votações.

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, conversou na semana passada com Elmar. O deputado ficou contrariado por ter sido vetado pelo PT da Bahia para um ministério e manifestou sua frustração a Padilha. O ministro indicou que considera “razoável” a reivindicação pela chefia da autarquia.

O apoio do União Brasil ainda é considerado instável. O partido é visto como uma “federação” com muitos políticos influentes. Eles divulgaram um manifesto, na semana passada, em que defendem o “empoderamento” do Congresso, em vez de postura “subserviente” ao Planalto. A articulação política lulista vai ceder para ter ao menos a maioria da bancada, mas sabe que não conseguirá todo o partido na Câmara, tampouco no Senado. Além do comando da Codevasf, há pedidos por cargos no segundo escalão dos ministérios das Comunicações e da Integração e Desenvolvimento Regional, destinados à legenda.

Diante da ofensiva por mais cargos, uma reunião causou apreensão no governo. Integrantes da bancada petista sugeriram a Padilha uma operação para contornar e isolar Elmar e neutralizar seu poder. A ideia consistia em tentar atrair com benesses os deputados mais influenciados por ele na bancada do União Brasil, que tem 59 integrantes. É a terceira maior da Câmara. Assim, poderiam obter os votos individualmente, sem tratar com o líder do União Brasil.

A operação foi vista como arriscada pela articulação política do Planalto. Houve quem lembrasse que a então presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu esse “erro”, na tentativa de sobreviver no governo. Quem conhece os meandros da Câmara alerta que Elmar conhece bem os bastidores da partilha de recursos do orçamento secreto pelos parlamentares.

A bancada paulista do PT já indicou Jamil Yatim para chefiar a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), outra empresa que é alvo de cobiça dos aliados. Yatim é ligado ao PT de Jundiaí e já ocupou o cargo de diretor financeiro da Ceagesp no governo Dilma.

Deputados do União Brasil querem ainda emplacar um nome na Secretaria Executiva do Ministério do Turismo. Avaliam que, caso a ministra Daniela Carneiro seja demitida, poderiam fazer o substituto na pasta. Após ter o nome anunciado como ministra, Daniela foi acusada de ter ligações com a milícia do Rio.

O acordo do PT para apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, como presidente da Câmara prevê a distribuição de postos de comando na Casa. O PT quer comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais poderosa da Câmara, reivindicada também pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O acerto beneficiaria, ainda, o Republicanos. O deputado Marcos Pereira (SP) voltaria a ser o vice-presidente da Câmara. Já o ex-líder da bancada Jonathan de Jesus (Republicanos-RR) seria indicado ao Tribunal de Contas da União (TCU). O problema é que o PL também quer ocupar a vice-presidência da Câmara.

Começa a complicar: MDB e DEM abandonam o Centrão.

O plenário vazio não significa que Bolsonaro não esteja perdendo parcela significativa de sua base de apoio.

Com base em matéria de Nilson Klava na GloboNews, o DCM anuncia um grave racha no até então bloco do Centrão

Líderes partidários do MDB e do Democratas na Câmara dos Deputados informaram, nesta segunda-feira (27), que as bancadas vão deixar o chamado “blocão” de 221 parlamentares comandado pelo líder do Progressistas, Arthur Lira (AL).

Lira é também o principal articulador do Centrão – grupo de partidos que, recentemente, passou a integrar a base do governo na Câmara.

“Vamos seguir carreiras autônomas. Posicionamento regimental, requerimentos, urgência, uma burocracia que não fazia mais sentido. Impacto sobre sucessão é um efeito colateral, não causa. Só trataremos disso depois das eleições municipais”, afirmou Efraim Filho (PB), líder do DEM.

A “sucessão” citada por Filho é a eleição para a presidência da Câmara, no início do ano que vem. Arthur Lira vem se aproximando do governo e é considerado um “líder informal” do Planalto na Casa. As legendas já calculam o impacto de decisões desse tipo na sucessão do posto, atualmente ocupado por Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Já dissemos aqui: o Centrão não zela por regimes agonizantes, nem vela cadáveres de poderosos. No próximo capítulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o verdadeiro líder do Centrão, indicará os caminhos que o bloco deve seguir.

O Centrão perde de um golpe 63 deputados, 34 do MDB e 29 do DEM. Ou 28% da totalidade de 221. O pêndulo agora aponta para PP, com 39 deputados, e  PSD, com 35 deputados.

Bolsonaro anda em companhia de cabareteiros da pior espécie.

Amarildo

O Antagonista, agora há pouco:

“O conselheiro-geral da República se chama Gilberto Kassab, preside o PSD, avalizou dois ministros em um mês, ajudou a calar a matraca presidencial e – milagre dos milagres – ainda escapa incólume da artilharia dos filhos e dos fanáticos da internet”, diz Vera Magalhães.

“A escolha de Renato Feder vai nessa linha, e os olavistas fazem piti para tentar derrubá-lo antes de assumir. Se Bolsonaro ceder ao lobby da ala histérica e começar a rifar o Centrão pragmático, voltará a correr riscos. Esse pessoal, Kassab à frente, não esquenta lugar em governo condenado a cair e sente o gosto de sangue na água”.

A verdade é que Bolsonaro pode portar a fita azul de Congregado Mariano ou, ainda, seguindo a sua pseudo-orientação religiosa, dizer que “Deus acima de tudo” e o escambau.

Mas todos ainda vão ficar sabendo que frequenta cabarés políticos e que dá vazão aos seus instintos mais baixos, na companhia de kassabs, jeffersons petebistas e valdemares, que reinam nos mais miseráveis prostíbulos da República.

Bolsonaro choca aliados ao dar liderança do governo ao Centrão

Para acompanhar o Centrão, o Palácio do Planalto defenestrou nesta quarta-feira (8) o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um dos vices-líderes do governo, enrolado no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Acabo de saber que minha retirada da vice-liderança de governo foi pedido do general Ramos para alocar deputados do centrão”, disse o parlamentar.

“Estranha essa relação de homens tão próximos [de Bolsonaro] manobrarem enfraquecimento da base do presidente”, escreveu. “Ser líder só tem ônus, mas ao menos que seja alguém de honra”, completou.

O nome mais cotado para a vice-liderança do governo é o deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Além de ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB), Barros também foi vice-líder do Congresso no governo de Lula, FHC e do próprio Temer.

Se gritar pega Centrão, Bolsonaro não faz nada, não!

O senador Ciro Nogueira (PP-PI)© Lia de Paula/Agência Senado O senador Ciro Nogueira (PP-PI)

Do Estadão.

Eleito com um discurso contra a “velha política”, o presidente Jair Bolsonaro cedeu e se aproxima do Centrão, negociando cargos no governo em troca de apoio no Congresso Nacional. O movimento ocorre diante da escalada da crise política e para se blindar de um eventual processo de impeachment.

O bloco informal pode ter o controle de um orçamento total que ultrapassa R$ 78 bilhões em 2020. Nesta semana, indicados de deputados do Progressistas e do Republicanos já assumiram o comando do Departamento Nacional de Obras Contra Secas (Dnocs) e da Secretaria de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Relembre investigações que envolvem os principais líderes do Centrão:

Arthur Lira (PP-AL), deputado federal

No âmbito da Operação Lava Jato, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) é réu pelo crime de organização criminosa junto com três colegas de partido. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), entre 2006 e 2015, os parlamentares participaram de um esquema de “cometimento de uma miríade de delitos” e arrecadação de propina por meio da utilização de diversos órgãos da administração pública, como a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades. O esquema ficou conhecido como “Quadrilhão do PP”.

Nesse caso, Lira é acusado de receber vantagens indevidas por meio de doações eleitorais oficiais que totalizariam R$ 2,6 milhões.

O deputado responde ainda a outro processo no âmbito da Lava Jato, por improbidade administrativa. Segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, Lira teria encabeçado a negociação do pagamento de propina entre a Jaraguá Equipamentos Industriais, empresa que fornecia fornos à refinaria da Petrobrás Abreu e Lima, e agentes públicos, com repasses que somariam R$ 1,9 milhão.

Em troca, o PP garantiria a permanência de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de Serviços da estatal. Costa, por sua vez, manteria o contrato da Jaraguá. Os valores seriam repassados a empresas de fachada utilizadas pelo doleiro Alberto Youssef para lavar o dinheiro e entregar aos políticos.

Em outro caso, o deputado é réu pelo crime de corrupção passiva. Segundo a PGR, Lira aceitou propina de R$ 106 mil oferecida pelo então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), Francisco Colombo, com o objetivo de obter apoio político para permanecer no cargo. A quantia teria sido entregue em dinheiro vivo a um assessor parlamentar do deputado, que foi detido pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Lira também teria participado de um esquema de desvio de recursos públicos enquanto ocupava cargo na mesa diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas, entre 2003 e 2006, época em que era deputado estadual. O dinheiro teria sido desviado por meio da apropriação de cheques emitidos em nome de servidores comissionados laranjas e da realização de falsos empréstimos bancários quitados com as verbas de gabinete.

Segundo a denúncia, entre 2001 e 2007, Lira movimentou mais de R$ 9,5 milhões em sua conta. Dois de seus intermediários movimentaram cerca de R$ 12,4 milhões em 2004 e 2005. A PGR denunciou o deputado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Ciro Nogueira (PP-PI), senador

O senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI), também foi alvo da Operação Lava Jato. Segundo a PGR, o parlamentar teria recebido R$ 7,3 milhões de propina da construtora Odebrecht. O homem forte do PP na Petrobrás, Paulo Roberto Costa, arrecadaria os valores a parlamentares da legenda em duas frentes. Em uma, atuaria pela contratação de empresas com as quais já haveria um acerto com o PP. Na outra, acertaria os repasses diretamente com as empreiteiras.

Nogueira teria recebido os valores em troca de atuar por medidas e leis favoráveis à Braskem, do grupo Odebrecht.

O parlamentar também é alvo da denúncia pelo crime de organização criminosa no “Quadrilhão do PP”. De acordo com a denúncia da PGR, o deputado recebeu da empreiteira UTC Engenharia um total de R$ 1,8 milhão.

O senador é investigado no processo em que colaboradores do Grupo J&F, dono da JBS, afirmaram terem repassado cerca de R$ 43 milhões ao PP, em pagamentos em espécie e doações oficiais, para comprar o apoio do partido à então candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) em 2014. Nogueira teria sido o responsável por intermediar os pagamentos.

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deputado federal

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) © André Dusek/Estadão O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) também é alvo da denúncia da PGR sobre o “Quadrilhão do PP”, desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga suposto crime de organização criminosa e envolve seus colegas de partido Arthur Lira, Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte.

Dentro do esquema de arrecadação de propina por meio de órgãos como a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades, Ribeiro teria sido o responsável por “ordenar a captação e o repasse da propina” decorrente de contratos relacionados à diretoria de abastecimento da Petrobrás.

Marcos Pereira (Republicanos-SP), deputado federal

Deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) © JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL – 19/3/2017 Deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP)

O deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP) teria negociado um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da construtora Odebrecht para o partido, então PRB, na campanha de 2014, segundo indicou um depoimento que integrou a delação da empreiteira na Operação Lava Jato. De acordo com as investigações, os recursos teriam sido entregues em dinheiro vivo para comprar o apoio do partido, à época presidido por Pereira, à campanha de reeleição de Dilma Rousseff (PT).

Em outro caso, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, declarou em seu depoimento de delação premiada que acertou o pagamento de R$ 6 milhões ao deputado. Segundo o que foi relatado pelo executivo, o acerto teria sido feito em troca da aprovação de um empréstimo de R$ 2,7 bilhões da Caixa Econômica Federal. A negociação teria sido mediada pelo vice-presidente da Caixa, Antônio Carlos Ferreira, que dependeria da transferência dos valores para permanecer no cargo, já que deveria atender “certos pedidos feitos por quem lhe indicou”.

Paulinho da Força (Solidariedade-SP), deputado federal

Também envolvido na Operação Lava Jato, o deputado federal e presidente nacional do Solidariedade Paulinho da Força (SP) foi denunciado pela PGR pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da delação da construtora Odebrecht. O parlamentar é acusado de receber propina no valor total de R$ 1,8 milhão em dinheiro vivo para atuar a favor dos interesses da empreiteira.

O objetivo do pagamento, segundo delatores, era comprar o apoio do parlamentar, tanto para dissuadir eventuais movimentos grevistas quanto para garantir o apoio do deputado à participação privada no setor de saneamento básico, área de interesse da Odebrecht Ambiental.

Paulinho da Força também é réu em uma ação que o acusa de praticar atos ilícitos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o parlamentar teria cometido os crimes entre dezembro de 2007 e abril de 2008, período em que indicou duas pessoas para o conselho de administração da instituição.

De acordo com as investigações, Paulinho e os indicados teriam cobrado uma comissão conseguir três contratos de financiamento pelo BNDES – dois para as Lojas Marisa, de R$ 220 e R$ 174 milhões, e um para a Prefeitura de Praia Grande, de cerca de R$ 130 milhões.

Wellington Roberto (PL-PB), deputado federal

Deputado Wellington Roberto (PL-PB) © André Dusek/Estadão Deputado Wellington Roberto (PL-PB)

O deputado federal Wellington Roberto (PL-PB) foi denunciado pela CMPI dos Sanguessugas, em 2006. Segundo as investigações, o esquema fraudava licitações para compra de ambulâncias com verba do Ministério da Saúde. O grupo fazia contato com prefeituras para oferecer a entrega de ambulâncias com maior rapidez, sem ter de passar pelos trâmites normais.

Se o prefeito concordasse, a quadrilha negociava com assessores de parlamentares a apresentação de emendas individuais ao Orçamento da União para liberar o dinheiro. Assim que fossem liberados os recursos, o grupo manipulava a licitação e fraudava a concorrência usando empresas de fachada. Dessa maneira, os preços da licitação eram superfaturados, chegando a ser até 120% superiores aos valores de mercado. O valor era dividido entre os envolvidos no esquema, inclusive parlamentares.

Valdemar Costa Neto (PL)

O ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, um dos caciques do PL, foi condenado no julgamento do mensalão a uma pena de 7 anos de prisão, além de multa de 1 milhão de reais, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia da PGR, Valdemar teria recebido R$ 10 milhões para a compra do apoio de seu partido no Congresso. Renunciou duas vezes ao cargo de deputado federal, em 2005 e 2013, para evitar a cassação.

Roberto Jefferson (PTB)

Roberto Jefferson Monteiro Francisco, presidente nacional do PTB © JF DIORIO/ESTADÃO Roberto Jefferson Monteiro Francisco, presidente nacional do PTB

O ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, foi condenado a 7 anos de prisão e multa de R$ 720 mil no julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). O político foi considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em 2005, declarações de Jefferson acabaram levando à descoberta do esquema de compra de deputados federais da base aliada do governo. Ele reconheceu à época que recebeu R$ 4 milhões do PT em troca do apoio parlamentar do PTB ao governo Lula.

Alckmin vê sua campanha emagrecer no Nordeste com abandono do Centrão

Geraldo Alckmin procura os companheiros da Bahia nesta sexa-feira, 21. Encontrará poucos, pois o povo do centrão ( PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade) já desembarcou da sua campanha e aderiu ao Hospitalizado. 

Os quase seis minutos de propaganda eleitoral que Alckmin “ganhou” dos partidos do Centrão vão render até o último dia de rádio e TV. Fora disso, a base adesiva do Centrão muda de lado, de fato, no segundo turno.

 

Alckmin formaliza aliança com o Centrão ao lado de 8 denunciados na Justiça

Da newsletter de O Globo aos assinantes:

O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, formalizou a aliança com cinco partidos do centrão. Mas o ato, organizado para cunhar a imagem de força da candidatura tucana, mostrou o presidenciável ao lado de oito líderes partidários que foram denunciados à Justiça ou são citados em delações premiadas.

No evento, Alckmin evitou comentar tema que movimentou o ninho tucano: a ação da Polícia Federal contra o economista Roberto Giannetti da Fonseca — seu conselheiro, além de coordenador do programa de João Doria (PSDB) para o governo de São Paulo. Giannetti teve endereços vasculhados por agentes da Operação Zelotes, que já rendeu 20 denúncias. Depois, deixou a campanha de Doria.

Alckmin colheu, ainda, outra notícia negativa: o empresário Josué Gomes rejeitou oficialmente a indicação para ser seu vice. Ele enviou uma carta justificando a decisão. Em seguida, o presidenciável descreveu o perfil do companheiro que procura.

A decisão do centrão retirou um postulante da disputa: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O DEM não apresentará candidato à Presidência, mas terá nome na corrida pelo governo do Rio. Eduardo Paes confirmou sua candidatura