A BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, anunciou queda no preço dos combustíveis. Segundo informações da assessoria de imprensa, o preço da gasolina baixou em média 6% e, do etanol hidratado, cerca de 13%.
A empresa informou que, embora “o mercado seja livre à pratica do preço de venda”, a expectativa é de que o desconto seja repassado aos consumidores à medida em que os estoques atuais cheguem às bombas.
A baixa dos preços do etanol e da gasolina tende a continuar, de acordo com a BR Distribuidora, informação confirmada ontem, em Brasília, pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Em entrevista coletiva após participar da posse de lideranças parlamentares no Senado Federal, Lobão afirmou que, impulsionadas pela BR, as outras distribuidoras devem seguir a tendência da redução dos preços.
Se o Governo desejasse de verdade diminuir o preço dos combustíveis, retirava de vez a incidência da CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, que fica com até 86 centavos do custo da gasolina e dos outros derivados de petróleo nas bombas. A CIDE na realidade está financiando a Petrobrás e a gastança indiscriminada no Governo Federal e nos estados. Está cada vez mais afastada da condição de reguladora dos preços do mercado. Sem a CIDE, os preços cairiam até 40% no custo final, reduziriam preços numa vasta cadeia de produtos e o Governo, controlando a inflação, poderia deixar de bancar os juros absurdos da dívida pública.
A PRAGA DA CIDE CORRÓI A ECONOMIA
A CIDE combustíveis foi criada pela Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001 no Brasil, pelo governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. É incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina, diesel e respectivas correntes, querosene de aviação e derivativos, óleos combustíveis (fuel-oil), gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado de gás natural e de nafta, e álcool etílico combustível.
A principal consequência é que o valor destes produtos aumentou muito acima da inflação, principalmente por ser cobrado em cascata com outros impostos, como o ICMS. Ao custo de R$ 860,00 por m³[1], a Cide aumenta o valor da gasolina em R$ 0,86 na base da cadeia (refinaria ou importador). Somado aos 25% de ICMS que a maioria dos estados cobra sobre o produto, reflete no preço final em R$ 1,075.
Essa contribuição incide sobre os produtos importados e sua comercialização. Têm como fato gerador os combustíveis em geral. Os contribuintes são o produtor (refinaria), o formulador (laboratórios de pesquisas) e o importador (pessoa física ou jurídica) dos combustíveis elencados no art. 3º da Lei nº 10.336, de 2001.
Do total arrecadado, 71% vão para o orçamento da União, e os outros 29% são distribuídos entre os estados e o Distrito Federal, em cotas proporcionais à extensão da malha viária, ao consumo de combustíveis e à população.
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