PL reage e diz que ação de Michelle se tornou ponto de instabilidade da legenda
O PL, legenda comandada por Valdemar Costa Neto e principal abrigo do bolsonarismo organizado, marcou para amanhã, terça-feira (2), uma reunião emergencial na sede nacional do partido, em Brasília. O objetivo central é conter o crescente protagonismo de Michelle Bolsonaro, que, nos últimos dias, tem agido como se fosse a verdadeira dona do movimento de extrema direita brasileiro.
O estopim para a reação foi a intervenção pública da ex-primeira-dama no Ceará, no domingo (30), durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo) ao governo estadual, Michelle criticou duramente a aliança fechada entre o PL local e o ex-governador Ciro Gomes (PSDB), acordo que contava com a autorização expressa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Adoro o André [Fernandes], passei em todos os estados falando dele, do Carmelo Neto e da esposa dele, que foi eleita. Tenho orgulho de vocês, mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita, isso não dá. Nós vamos nos levantar e trabalhar para eleger o Girão… Essa aliança vocês se precipitaram em fazer”, disparou Michelle, fazendo alusão ao acordo com Ciro.
A fala caiu como uma bomba dentro do partido. Deputado federal e presidente do PL cearense, André Fernandes havia costurado o apoio a Ciro com o aval direto de Bolsonaro. A intervenção de Michelle, portanto, anulou na prática uma decisão já tomada pelo ex-presidente e ainda expôs publicamente o dirigente estadual a uma reprimenda.






















