CEMAC apresenta projeto inovador na região Oeste

Intervenção lúdica terapêutica está entre os propósitos do Projeto de Extensão da FAAHF, desenvolvido por alunos do ensino médio do CEMAC. Projeto Risoterapeutas acontece semanalmente às quartas-feiras à tarde.

Engana-se quem pensa que o trabalho voluntário dos doutores da alegria é apenas uma realidade de grandes centros hospitalares do país. Em Luís Eduardo Magalhães, oeste da Bahia, o projeto Risoterapeutas, desenvolvido pelos alunos do Centro Educacional Maria Cardoso Ferreira (CEMAC), através do projeto de extensão da Faculdade Arnaldo Horário Ferreira (FAAHF) começa a mudar os humores dos pacientes da única de unidade hospitalar pública de média complexidade no município.

O projeto que teve início neste ano letivo envolve 25 humoretes, alunas do 2º e 3º ano do ensino médio. De acordo com a orientadora educacional da instituição, Clairê Bilhar, o trabalho iniciou no mês de fevereiro com palestras preparatórias com psicólogos e assistentes sociais da secretaria municipal de saúde. “Queríamos desenvolver um trabalho diferente de cunho social em Luís Eduardo, e o projeto Risoterapeutas do CEMAC chegou com esse propósito na saúde pública, além de levar até o nosso aluno uma realidade desconhecida pela maioria”, explica Clairê.

Atividades recreativas e bem-humoradas, através de músicas, piadas, encenações, histórias e desenhos características do Risoterapeutas do CEMAC, idealizado pela coordenadora pedagógica, Regina Candida Führ, começou pela Maternidade Gileno de Sá, com projeção para demais ambientes hospitalares e outros que atendam pessoas enfermas e idosas em domicílio. “Esse trabalho não só contribui com os atendidos, mas também no desenvolvimento da sensibilidade dos adolescentes com as pessoas em vulnerabilidade social. Queremos um jovem humanizado, crítico e comprometido socialmente”, destaca professora Regina.

A jovem Brenda Loren Fontoura Ribeiro, 16 anos, aluna do 3º ano do ensino médio, é uma das humoretes do projeto. Para ela, o projeto além de apresentar outra realidade da cidade, também permite a socialização com o futuro ambiente de trabalho. “É muito gratificante fazer as pessoas sorrirem em hora tão difícil”, comenta a jovem que deseja ingressar em uma faculdade de medicina.

A alegria de Brenda também pode ser vista nos olhos da pequena Uingrid de Oliveira, oito anos, internada com fratura no braço esquerdo. “Antes ela nem queria tomar o remédio e agora, com a chegada das humoretes ela tomou sem reclamar e nem fala mais em dor”, comentou a mãe da menina, dona Virginia de Oliveira.

A sensação de entusiasmo e de renovação também foi relatada por Claudiane Rosa, 37 anos, que teve aborto de uma gestação de quatro meses. “Eu estava com um pensamento tão ruim, quando as humoretes chegaram foi tão divertido e por alguns minutos me senti renovada, empolgada de novo para vida. Precisávamos de três doses diárias desse trabalho”, concluiu Claudiane.