Chineses têm aumento da gasolina, veja só, para 13 centavos de real o litro

A agência oficial de notícias Xhinhua, da China, anunciou hoje que a gasolina e o diesel vão aumentar para valores próximos aos 40 dólares – 160 reais – a tonelada, a nível de posto de abastecimento. Se considerarmos uma tonelada como 1.298 litros, conforme peso específico da gasolina de 770 gramas por litro, o chinês estaria pagando 0,13 centavos de real pelo litro na bomba de abastecimento. Ou enchendo o tanque com menos de 6 reais.

Tem subsídio? Talvez sim. Mas a verdade é que os chineses não têm a carga de impostos que temos – mais da metade do preço da gasolina – e nem precisam remunerar investidores estrangeiros – acionistas -, bem como não colocam executivos a serviço das potencias estrangeiras na direção de sua empresa de economia mista, a China National Petroleum Corporation (CNPC) – Petrochina. 

A Petrochina é a maior do mundo em valores de mercado.

É por isso que os chineses estão analisando a possibilidade de investir em refino no Brasil.

Os chineses entraram no mercado de distribuição de combustíveis no Brasil através do Nordeste.  A PetroChina, subsidiária da Companhia Nacional de Petróleo da China (CNPC), comprou 30% da TT Work, holding do grupo brasileiro Total com sede no Recife que ocupa o quinto lugar do País na distribuição de gasolina e o sexto em diesel (2.200 postos em todo o País).

A empresa pernambucana reúne sob seu guarda-chuva empresas de distribuição  (TCD Distribuidora S.A., antiga Total), importação de derivados (Atlantimport), terminais (Tecomb) e logística  (Wega). O acordo firmado em março dá à Petrochina direito de participação de 30% e parte das importações  de petróleo  refinado da TT Work. O valor da transação não foi divulgado.

O mercado consumidor brasileiro de derivados de petróleo é o pasto mais tenro e verde para o resto do mundo.

O barril de petróleo, que hoje está na casa dos US$ 77, chegou a valer menos de US$ 30 no início de 2016.