Já que até agora não informou nada sobre os excessos de faturamento nas contas de luz, ocorridos no início do ano, deve explicar ao menos porque está deixando Luís Eduardo às escuras nos últimos dois dias. O problema das privatizações é novamente o Governo: a ANEEL não toma medida alguma e não divulga eventuais medidas tomadas. Funcionários com ligações espúrias com as empresas que deviam fiscalizar deixam o consumidor a ver navios ao largo.
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COELBA errou mesmo por causa do novo software.
A justificativa do calor para o aumento na cobrança das faturas de energia elétrica não convenceu a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Técnicos do orgão estão em Salvador, na sede da concessionária, realizando uma fiscalização e um relatório informando se houve um erro da Coelba. Caso seja detectado o erro a Aneel vai divulgar a penalidade aplicada à empresa.
Os orgãos da Justiça do Estado já se mobilizaram contra a empresa fornecedora de energia. O Procon, por exemplo, enviou um ofício com 11 solicitações para a empresa se justificar sobre o aumento nas contas. O prazo para a resposta é de 20 dias.
Segundo informações do diretor de imprensa do Sindicato dos Eletricitários da Bahia (Sinergia), Regino Marques, o erro se deu pela implantação do novo sistema de faturamento da Coelba. Trata-se de um software de gestão financeira de origem alemã, chamado SAP, implantado em março. Com informações do portal da Rádio Metrópole.
Ministério Público confirma erros da COELBA.
O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual (MP-BA), Aurisvaldo Sampaio, declara, em entrevista ao Bahia Notícias, que não há dúvidas de que ocorreu algo errado por parte da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) no episódio do superfaturamento das contas de abril. Ele também responsabiliza a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de omissão na fiscalização à concessionária e revela pormenores do caso. Sampaio fala ainda da parceria com o Ministério Público Federal e do rompimento de contrato entre a Aneel e a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transporte e Comunicações da Bahia (Agerba).
Coelba vai ser fiscalizada sobre fraudes.
Apesar da Coelba, informar através de representantes, que não há erros no sistema de cobrança, a ANATEL confirmou que vai realizar fiscalização rígida sobre as contas. A companhia está proibida de cortar o fornecimento em contas impagas há mais de 30 dias, onde existam distorção nos valores das faturas. Já são mais de 100.000 reclamações sobre erros que atingem até 8.000% de aumento de valor. Não é de agora que a Coelba vem errando muito em suas contas. Na maioria dessas contas a Coelba também não especifica interrupções de até 12 horas. Além de criar problemas para a comprovação de danos causados a equipamentos por alterações súbitas na voltagem da energia.
Apagão na comunicação
A ausência de novas notícias neste blog, por mais de 15 horas, deve-se a duas empresas de serviços concedidos: em primeiro lugar a VIVO, que tem mantido a sua conexão 3G praticamente parada. Só se trabalha com uma conexão mediana no meio da madrugada. E, o corte de energia da COELBA, que manteve nosso escritório às escuras por mais de 8 horas. Em Luís Eduardo, basta uma promessa de chuva e a energia acaba. Pior que o serviço concedido no País, só mesmo o serviço público. Veja, por exemplo, o serviço de registro de títulos e documentos em Luís Eduardo.
O notável zelo da Aneel pelas distribuidoras.
É notável o zelo das agências reguladoras com as empresas reguladas. O aumento da tarifa da COELBA para os baianos já está autorizado e ajustado. A Coelba não está entre aquelas distribuidoras que faturaram 10 bilhões a mais nos últimos anos? De quanto será esse reajuste num ano sem inflação e sem crescimento? O aumento do salário mínimo vai ser suficiente para pagar o reajuste? São perguntas que não querem calar, apesar da insistência em transparência zero do Governo e das agências reguladoras.
