A continuidade da CPMF poderia ter evitado a maior parte dos problemas da Saúde.

Este homem chorando na foto é o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. Chora pelo colapso da Saúde em Manaus, que já está enterrando seus mortos em valas comuns. Ele clama por um auxílio do Governo Federal que ainda não chegou.

Em 2007, quando o Congresso extinguiu a CPMF, retirando milhões de reais de verbas do SUS, ele comemorou com pulinhos de alegria no plenário.

Diga-se de passagem, a CPMF, imposto acusado de prejudicar os pobres por causa do efeito cascata em gêneros de primeira necessidade, na realidade era o único imposto que pegava as movimentações dos muito ricos, dos corruptos, dos traficantes, contrabandistas, sonegadores e todo tipo de cidadão com atividade econômica marginal.

Na época, os bancos chegaram a coibir o endosso em série de cheques, uma maneira de burlar o imposto. A volta anunciada da CPMF em 2017 estimava uma arrecadação de até R$40 bilhões, algo como um terço do déficit do ano de 2019.