Equipe de transição do Município de LEM inicia trabalho amanhã, 1º

humberto

O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, assinou hoje, durante entrevista coletiva à imprensa, o decreto de transição do Executivo, nomeando representantes do Governo e relatando as indicações do Prefeito eleito, Oziel Oliveira.

O Prefeito relatou durante a entrevista que o orçamento do Executivo deve cair este ano em cerca de 23%, de R$305 milhões estimados para algo em torno de R$244 milhões em 2016. O que reflete algumas dificuldades para cumprir os ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal, obrigando o executivo a reduzir despesas em áreas importantes, como a de recursos humanos.

“Tínhamos a Policlínica operando com 24 especialidades médicas e não médicas, servindo não só o Município como outras comunidades vizinhas. Hoje estão reduzidas a 13 ou 14 para poder atender a redução das despesas”, afirmou o Prefeito.

Mesmo assim, afirma Humberto, a Saúde de LEM ainda é referência no Estado, pelo desenvolvimento de iniciativas como a UTI e residência Pediátrica do Gileno de Sá, o CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, 16 postos de saúde da família em funcionamento (serão entregues 23 ao final do Governo) e o pleno funcionamento da UPA, do Serviço SAMU 192,  acrescidos do LACEN – Laboratório Central e Lavanderia Municipal.

Atualmente o Município aplica por lei 15% do Orçamento em Saúde, mas esse percentual chega a 22% com recursos próprios.

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Entre as obras que não conseguiu realizar em seu Governo, Humberto lamentou não ter realizado as obras de macrodrenagem na bacia do Rio dos Cachorros, que teve, por duas vezes promessa de verbas federais, frustradas em ambas.

“Queríamos ter podido fazer um parque longitudinal ao Rio dos Cachorros, na região urbanizada de LEM, com no mínimo 60 metros de largura, mas não podemos alcançar tal objetivo”.

Outra frustação deixada clara por parte de Humberto foi não ter conseguido que o DNIT realizasse a iluminação e as passarelas sobre a travessia da BR 242:

-Realizamos incontáveis gestões junto ao Órgão, sem que não fossemos rechaçados com a falta de verba.

Marli Cenci, secretária de Educação, presente à coletiva, refutou de plano questões levantadas sobre a boa operação do transporte escolar:

-Não existe redução do transporte escolar. Apenas remanejamos veículos. Onde um ônibus fazia uma viagem, agora está fazendo duas ou três em horários anteriores ao início das aulas. Gastamos quase R$450 mil por mês em transporte escolar, incluindo aí os 7 ônibus próprios, que trabalham em três turnos. Enquanto isso recebemos pouco mais de R$86 mil ao ano do Governo Federal e R$27 mil do Governo do Estado para fazer o transporte do estudantes do ciclo médio.

Estiveram presentes à reunião outros secretários do Município, entre eles Carlos Augusto Prazeres (Planejamento), Waldemar Lobo (Infraestrutura), Marçal Tetsukamoto ( Ciência e Tecnologia) e Cândido Henrique Trilha (Governo).

Humberto pontuou ao final de sua entrevista que retira-se da vida pública e que uma eventual candidatura à Câmara Federal, em 2018, ainda não está em seus planos.

Dilma: “Querem a renúncia para evitar constrangimento de me tirar de forma ilegal”

Brasília - DF, 24/03/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para a imprensa internacional. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília – DF, 24/03/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para a imprensa internacional. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidente Dilma Rousseff concedeu, nesta quinta-feira (24), uma longa entrevista a jornalistas de veículos de comunicação estrangeiros, no Palácio do Planalto, em Brasília. Em mais de 1h40 de conversa, Dilma voltou a refutar veementemente a possibilidade de renunciar ao cargo e reforçou estar sendo vítima de uma tentativa de “golpe constitucional”, por meio do processo de impeachment em análise na Câmara dos Deputados –que, segundo ela, começou como uma estratégia do presidente da Casa, Eduardo Cunha, para “ocultar os seus próprios problemas”.

Depois de um ano e quatro meses sendo investigada “devida e indevidamente”, Dilma garantiu que nada foi encontrado que justifique a cassação de seu mandato conquistado nas urnas. “Podem me virar dos avessos. E é esse o problema. Por que eles pedem que eu renuncie? Por que eu sou mulher, frágil? Eu não sou frágil, não foi isso a minha vida. Sabe por que pedem que eu renuncie? Para evitar o imenso constrangimento de tirar uma presidenta eleita, de forma indevida, de forma ilegal, de forma criminosa”, afirmou.

Presa aos 19 anos quando militava contra a ditadura militar, a presidenta lembrou da tortura para assegurar que não desistirá da luta nesse momento de tensão do País. “Lutei naquela época em condições muito mais difíceis. Vou lutar agora nas condições extremamente favoráveis. É a democracia do meu País, é ela que me dá força. Então, eu não renuncio, não. Para me tirar daqui vão ter que provar que eu tenho de sair”, garantiu.

Brasília - DF, 24/03/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para a imprensa internacional. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília – DF, 24/03/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para a imprensa internacional. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma argumentou aos jornalistas que um impeachment sem provas do cometimento de crime de responsabilidade representaria uma ruptura da ordem democrática, com consequências drásticas para o futuro do País. Ela lembrou que as chamadas “pedaladas fiscais”, operações orçamentárias para a manutenção de programas sociais, foram utilizadas por outros presidentes, sem que houvesse qualquer questionamento, e que as contas do governo referentes a 2015 ainda não foram sequer entregues para análise. “Esse golpe, que rompe a normalidade democrática, ele pode não ter consequências imediatas, mas ele deixará uma marca na vida política brasileira, forte. Por isso nós temos de reagir, por isso nós temos de impedir, e por isso entendo a palavra de ordem do pessoal que me apoia: ‘Não vai ter golpe’”, acrescentou. Continue Lendo “Dilma: “Querem a renúncia para evitar constrangimento de me tirar de forma ilegal””