Fundação pesquisa bactéria para contaminar Aedes Aegypti

Foto: Alexandre Penido/Ministério da Saúde

Uma nova estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti está em fase final de testes. Trata-se do método Wolbachia, um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente no Aedes aegypti. Esse microrganismo reduz a capacidade de o mosquito transmitir dengue, Zika e Chikungunya.

A metodologia inovadora insere o Wolbachia artificialmente em mosquitos para que eles se misturem à natureza e diminua o número de casos dessas doenças, como explica o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e líder do projeto, Luciano Moreira. 

“A ideia é liberar esses mosquitos que não são geneticamente modificados na natureza e eles ao cruzarem os mosquitos de campos vão passando a bactéria e a ideia tem uma população que não vai transmitir os vírus que eles transmitem. E é totalmente complementar com vacinas, com outras formas de controle, inclusive com inseticida se necessário”.

Os municípios que participarão dessa etapa do projeto são Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE). O anúncio da etapa final de avaliação da Wolbachia foi feito nesta segunda-feira (15) pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante evento em Campo Grande. Serão investidos R$ 22 milhões. De acordo com o ministro esse teste vai servir como base para outras cidades.

Devemos fazer, em breve, outras cidades para colhermos os frutos com desenvolvimento. Isso vai envolver trabalho da assistência para ver os números de casos, vai envolver trabalho de entomologista que são os especialistas em analisar mosquito para saber qual é a prevalência.

A gente começa com um número pequeno, a gente vai vendo como é que ele vai se multiplicando, como é que ele vai se adaptando, e isso envolve agentes comunitários, armadilhas colocadas a campo e o monitoramento dos casos”.

Essa estratégia é uma parceria entre a Fiocruz e Ministério da Saúde, e é um método seguro para as pessoas e para o meio ambiente. É mais uma medida para proteger a população das doenças como dengue, chikungunya e zika. Mas lembre-se: o combate ao Aedes aegypti é responsabilidade de todos. Por isso, vamos ficar atentos e eliminar possíveis criadouros do mosquito.

Aqui em Luís Eduardo Magalhães as armas de combate continuam as tradicionais: tapa, chinelada, raquetada, tamancada e o tradicional “Boa Noite”. Quando o repelente apaga, eles voltam com força total.

O volume de detritos nas ruas e terrenos baldios é alto. Um pedacinho de plástico no meio do capim que toma conta dos passeios e dos terrenos “sem dono” se transforma no criatório ideal.

Atenção meninada faceira, a Sífilis está de volta de forma epidêmica.

Apesar de ainda ser tabu para muitas pessoas, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) estão presentes cada vez mais sociedade moderna. Entre as DSTs que retornaram está a sífilis que, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, entre 2010 e 2015 houve um aumento de mais de 5.000%.

A sífilis é uma doença originada na Idade Média causada pela bactéria Treponema Pallidum. Segundo o ginecologista e obstetra, Domingos Mantelli, a doença pode ser transmitida por diversas formas: sexualmente, de mãe para filho, por transfusão de sangue ou por contato direto com o sangue contaminado.

“Surge como uma pequena ferida nos órgãos sexuais e com ínguas nas virilhas. As feridas são indolores e não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se não tratada precocemente, pode comprometer olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso”, alerta o médico.

De acordo com Mantelli, existem três estágios da doença: na primeira fase, os sintomas ficam mais evidentes e há maior risco de transmissão; no segundo estágio, a bactéria fica latente no organismo e no terceiro, a doença volta mais agressiva, causando cegueira, paralisia, doenças cardíacas, transtornos mentais e pode levar à morte.

“A sífilis pode causar um comprometimento muito sério no sistema nervoso, na audição e nos olhos. É importante lembrar que não existe uma vacina. A única forma de prevenir a sífilis é através do sexo seguro com camisinha uma vez que a transmissão se dá por relação sexual vaginal, oral e anal sem o uso de preservativos, além de transfusão de sangue”, acrescenta Mantelli.

O ginecologista adverte para o cuidado com o aumento da sífilis gestacional da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou parto. “É necessário que, no início da gravidez, a paciente procure um obstetra para realizar o pré-natal e fazer todos os exames possíveis para diagnosticar qualquer doença.

O tratamento da sífilis é feito com antibióticos. O diagnóstico é feito por exames clínicos e laboratoriais, durante o pré-natal até o nascimento do bebê”, sinaliza o médico.

E o médico conclui: “não se vê quem tem alguma doença sexualmente transmissível pelo rosto ou documento. Há casos em que o próprio portador não faz ideia que está contaminado. A doença fica incubada e é transmitida por relação sexual sem proteção”.

Aedes aegypti já se tornou mosquito doméstico, alerta epidemiologista

Há cerca de 50 anos, o Aedes aegypti iniciava um processo de transição de mosquito selvagem para urbano. Originário do Egito, o mosquito se dispersou pelo mundo a partir da África: primeiro para as Américas e, em seguida, para a Ásia.

As teorias mais aceitas indicam que o Aedes tenha se disseminado para o continente americano por meio de embarcações que aportaram no Brasil para o tráfico de negros escravizados. Registros apontam a presença do vetor em Curitiba, no final do século 19, e em Niterói (RJ), no início do século 20.

Ao chegar às cidades, o Aedes passou a ser o responsável por surtos de febre amarela e dengue. A partir de meados dos anos 1990, com a classificação da dengue como doença endêmica, passou a estar em evidência todos os anos, principalmente no verão, época mais favorável à reprodução do mosquito.

A infecção se dá pela fêmea, que suga sangue para produzir ovos. Uma vez infectado, o mosquito transmite o vírus por meio de novas picadas. Atualmente, o inseto transmite, pelo mesmo processo, febre chikungunya e zika.

Em entrevista à Agência Brasil, o epidemiologista e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Dengue e Arbovirose, Luciano Pamplona, disse que o Aedes aegypti já pode ser considerado um mosquito doméstico. “Ele é praticamente um bichinho de estimação”, disse Pamplona, que também é professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, apontam que, no Nordeste, o principal tipo de criadouro do mosquito são tonéis e caixas d’água. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas e garrafas, predomina como criadouro do vetor. No Norte e no Sul, a maior parte dos criadouros do mosquito está no lixo.

Confira abaixo a entrevista com o especialista:

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São Desidério preocupa-se com o Mal de Chagas

A Secretaria de Saúde de São Desidério iniciou, por meio da Vigilância Epidemiológica e Endemias, a campanha de combate a chagas nos meses de fevereiro a abril com pesquisas que consiste em analisar as áreas dentro e fora dos domicílios em todo município. Constatando índice elevado do inseto, os agentes de saúde realizaram o processo de borrifação em mais 112 imóveis positivos.
Segundo o coordenador da Vigilância Epidemiológica e Endemias, Dorimar Almeida, 161 localidades estão programadas para o trabalho epidemiológico, sendo 611 casas pesquisadas com um total de 13 localidades já trabalhadas.

 “É importante o trabalho do agente do Programa de Chagas que realiza pesquisa do barbeiro e realiza a borrifação de residências positivas. A conscientização da população também é importante. Os moradores podem ajudar examinando sua residência a procura do barbeiro e quando encontrar comunicar ao setor de endemias”, afirma.