Somos, sim, vira-latas, de carteirinha e crachá!

Vamos perder de sete, condiciona Felipão, não mais. Time de Luiz Felipe Scolari não se encontrou (Foto: Pedro Ugarte/AFP)
Vamos perder de sete, condiciona Felipão, não mais. Time de Luiz Felipe Scolari não se encontrou (Foto: Pedro Ugarte/AFP para o Lancenet)

O jornal Record, português, especializado em esportes, registra a reação da imprensa brasileira, em particular de O Globo, à enorme perpexlidade advinda da derrota  de ontem da Seleção Canarinho.

“O jornal diário brasileiro “O Globo”, em uma inédita avaliação à goleada sofrida pelo Brasil nas meias-finais do Mundial’2014, atribui nota zero a todos os jogadores no jogo com a Alemanha.

No tradicional quadrado em que classifica a prestação de cada futebolista, o jornal resolveu dar zero a cada, numa avaliação acompanhada de adjetivos que resumem a pesada derrota frente à Alemanha (7-1).

À distribuição de zeros não ficaram imunes os jogadores que entraram no decorrer da partida, Paulinho, Willian e Ramires, nem mesmo Scolari, ao contrário do selecionador alemão, Joachim Löw, distinguido com um dez, juntamente com Klose e Kroos.

A pior nota atribuída a um alemão foi um seis a Draxler, futebolista que entrou aos 77 minutos, com o resultado já em 6-0. Além da nota mínima dada aos brasileiros, o jornal correspondeu com adjetivos para os futebolistas: o guarda-redes Júlio César foi “enterrado”, Maicon “atropelado”, Dante “perdido” e David Luiz “aturdido”.

O jornal qualifica ainda o médio Fernandinho como “desgovernado”, considera Óscar “frágil”, Ramires “irrelevante”, o avançado Fred “trágico” e o selecionador Luiz Felipe Scolari “vencido”.

Para o jornal, Scolari fez alinhar uma equipa “que nunca treinou junta, acreditando que enganaria o adversário” e converteu-se no protagonista da “maior vergonha da história da seleção”.

Para aqueles que enchiam a boca para criticar nosso complexo de vira-latas, uma confirmação cruenta:

Somos, sim, um país desorganizado, não só no esporte, mas na gestão pública, na educação, na saúde, nas instituições judiciais, na barafunda legislativa, na corrupção desenfreada. Somos, sim, o País em que os viadutos caem, os corruptos navegam na impunidade e a desigualdade entre os iguais são cada vez mais agudas.