Bolsonaro decide comprar armas nos EUA e irrita setores do Exército

Foto publicada pelo presidente Jair Bolsonaro na qual ele faz mira em uma submetralhadora Foto: Reprodução do Instagram

A decisão do presidente Jair Bolsonaro de comprar armas para as polícias no exterior criou incômodo em setores do Exército e selou de vez o divórcio do governo com a indústria nacional de segurança.

O Ministério da Justiça está elaborando um plano para instalar, por meio de portaria, uma comissão provisória com representantes da pasta, da PF (Polícia Federal) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) nos Estados Unidos.

Primariamente, o objetivo é comprar armas para esses órgãos, mas o ministério informou que pretende atender estados interessados por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Da Folha, editado pelo DCM

Business, business only. O esquemão publicitário de Bolsonaro que não é financiado pelo Governo, custa caro. Vem aí uma longa campanha eleitoral. O esquema da rachadinha é coisa do passado. Agora precisa de dinheiro de alto calibre. Onde estão os generais nacionalistas e a Imbel, Avibrás, INA, Engesa (que fazia até grandes tratores), sem falar na Forjas Taurus e Amadeo Rossi, que durante anos exportaram armas leves até para os Estados Unidos?

WikiLeaks divulga telegrama sobre suborno em compra de armas pelo Brasil

O jornal Folha de São Paulo revela, hoje, que um relato da agência de inteligência da Stratfor Global Intelligence, divulgado na semana passada pelo site WikiLeaks, lança suspeitas sobre a negociação para compra de equipamentos militares franceses pelo governo do Brasil.

Trata-se de um e-mail enviado pelo analista Marko Papic, no qual ele relata conversa por telefone com uma “boa fonte” do Rio (um diplomata americano que pede para não ser identificado) sobre a compra do submarino nuclear e a intenção de adquirir novos caças.

De acordo com Papic, sua fonte teria dito acreditar que “muito suborno está acontecendo”.

“O Brasil é um país incrivelmente corrupto”, teria acrescentado.

O e-mail, divulgado pela revista “Veja” desta semana, também relata que o diplomata teria afirmado não ter como provar suas suspeitas, mas que “a compra do submarino é particularmente tão estúpida que só pode fazer parte de algum esquema de suborno”.

A essa altura, a fonte do analista da Stratfor teria dito que “Lula está provavelmente de olho em dinheiro para sua aposentadoria. E veja, a compra aconteceu curiosamente perto do fim de seu mandato”.

Vejam só como o Brasil está evoluindo, gente: antes as propinas eram sobre merenda escolar e ambulâncias. Agora é sobre aviões a jato e submarinos nucleares.