
A ex-presidente Dilma Rousseff vai à Espanha e ao EUA para denunciar o Estado de Exceção no Brasil e a prisão política de Lula. Ela vai proferir palestras em universidades e instituições acadêmicas para falar da crise política e dos riscos à democracia brasileira.
A opinião pública europeia e norte-americana precisa mesmo saber como foi dado o golpe no Brasil, com o parlamento, com as forças de segurança, “com o Supremo, com tudo”. Mas isso de pouco vai adiantar: quem mais ganhou com o golpe foram as multinacionais do petróleo, da construção pesada, da indústria manufatureira e do agronegócio.
Voltamos a ser a colônia agrícola que em 1930 dependia da renda do café, hoje substituído pela soja. Os Estados Unidos, primeira economia do mundo, continua sua marcha para acabar de vez com a ideia dos BRICs, a união comercial entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Estamos cada vez mais dependentes do acordo de Bretton Woods (1944), vendendo e comprando em dólar, e cada vez mais afastados do grande consórcio de estados que negociariam em moeda própria, o Bric.
