Tag: contaminação
Saúde de Barreiras tem 82% dos leitos de UTI ocupados e diz que MP orientou abertura.
Depois de anunciar no sábado que estava chegando à 58ª morte como consequência da Covid-19, 32 das quais apenas nos 22 dias de agosto, Barreiras convive com uma forte contradição na administração da crise sanitária. Enquanto 33 dos 40 leitos de UTI especializados em Covid estão ocupados ( na sexta-feira eram 18, segundo a Secretaria da Saúde), o prefeito editou um novo decreto de liberação das restrições, reabrindo bares, restaurantes e aglomerações de quinta a domingo.
Ontem aconteceu a esbórnia que se comprovou: bares lotados, venda de bebidas alcoólicas, gente circulando sem máscara, um cenário perfeito para o agravamento da crise.
Mais do que isso: a Secretaria da Saúde editou um card afirmando que seguia as orientação do Ministério Público. O que no mínimo divide a responsabilidade com o recrudescimento da crise epidemiológica.
A tomada de decisão com o rumo oposto do que é recomendado pela OMS ainda tem o agravante de manter em baixa a testagem com o RT PCR e uma improvável monitoração de 1.400 pessoas, com sintomas da doença, “isoladas” em domicílio.
O mesmo está acontecendo em Luís Eduardo Magalhães: baixa testagem, isolamento supostamente monitorado e poucos recursos médicos à disposição, justamente no momento em que o Estado passa a ter um crescimento da contaminação e das mortes.
Nas últimas 24 horas, apesar da baixa notificação do final de semana, a Bahia registrou 1.846 novos casos de Covid-19 e 73 mortes provocados pela doença, de acordo com boletim divulgado, neste domingo (23), pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). No Estado, 12.637 casos encontram-se ativos e 3.899 tiveram óbito confirmado para coronavírus.
O card abaixo induz a uma taxa menor de ocupação, mas na realidade confirma que 82% dos leitos de UTI estão ocupados:

A liberalidade permitiu que praias do Rio de Ondas lotassem, com grande movimentação e a bagunça de sempre.

Coronavírus encontrado em frango brasileiro estava do lado de fora da embalagem.
Ministério da Agricultura está em contato com o país asiático para esclarecimentos; ainda não está claro em que momento houve a contaminação. “Traços de coronavírus” dizem os responsáveis pela detecção.

(Foto: Arquivo/Agência Brasil)
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa frigoríficos em todo o País, os traços de coronavírus achados em um lote de asas de frango congeladas na China nesta quinta-feira (13), exportados pelo Brasil, estavam na embalagem do produto.
“Ainda não está claro em que momento houve a eventual contaminação da embalagem, e se ocorreu durante o processo de transporte de exportação”, explica a associação, em nota, ainda apontando que “não há evidências científicas de que a carne seja transmissora do vírus”.
A prefeitura de Shenzhen, cidade da China próxima a Hong Kong, anunciou nesta quinta (13) que detectou o novo coronavírus em um controle de rotina de frango importado do Brasil, o maior produtor mundial. Segundo o número de registro informado no comunicado da prefeitura de Shenzhen, o lote pertence ao frigorífico Aurora, de Santa Catarina. A empresa não se posicionou sobre o assunto até o momento.
Ainda segundo o comunicado, o governo brasileiro está em contato com a Administração Geral de Alfândegas da China para entender o ocorrido. O Ministério da Agricultura também não se manifestou.
Confira a nota na íntegra
“A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que o setor produtivo está analisando as informações de possível detecção de TRAÇOS DE VÍRUS em EMBALAGEM de produto de origem brasileira, feita por autoridades municipais de Shenzen, na China.
Ainda não está claro em que momento houve a eventual contaminação da embalagem, e se ocorreu durante o processo de transporte de exportação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil está em contato para esclarecimentos com o GACC (autoridade sanitária oficial da China), que fará a análise final da situação.
A ABPA reitera que não há evidências científicas de que a carne seja transmissora do vírus, conforme ressaltam a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Ao mesmo tempo, o setor exportador brasileiro reafirma que todas as medidas para proteção dos trabalhadores e a garantia da inocuidade dos produtos foram adotadas e aprimoradas ao longo dos últimos meses, desde o início da pandemia global.”
Barreiras deverá ultrapassar hoje os 1.000 casos de contaminação por Covid-19.

Além das três mortes registradas nas últimas 24 horas em Barreiras, a situação epidemiológica do Município mostra toda a sua gravidade com o número elevado de casos positivos, 70, num único dia. Agora, o Município contabiliza 939 casos positivos, com 490 recuperados e 421 em monitoramento e 13 internados (casos ativos).
Se uma grande parte dos 290 casos que aguardam resultado no dia de hoje, Barreiras pode passar facilmente da marca de 1.000 casos. Devido ao baixo número de testagens e conforme dados da Pesquisa UFPel-Ibope Inteligência, esse número poderá ser multiplicado até por 7, significando que até 7 mil pessoas possam estar contaminadas, em diversos estágios da doença.
Esses números certamente devem tirar o sono das autoridades sanitárias do Município, que determinaram o toque de recolher, mas ainda não concluíram pelo aumento das restrições de convívio social durante o dia.
Nem os 10 leitos de UTIs abertos no Hospital Central (ontem apenas 4 funcionavam) e os 10 leitos prometidos pelo Governo do Estado para funcionar a partir desta quinta-feira, no Hospital do Oeste, tranquilizam frente ao grande número de contaminados.
Tanto para acolher os seus pacientes, como aos pacientes da Região, o complexo hospitalar de Barreiras necessita de aumento da testagem – para identificar contaminações nos primeiros estágios – bem como de medicamentos, de mais leitos de UTIs e, principalmente, de pessoal especializado e equipamentos de proteção – EPIs – para esse pessoal.
De fato, a curva de contaminação encontra-se em forte ascensão vertical e poucos imaginam quando poderá atingir o platô de estabilização e, mais tarde, a curva descendente da infecção.
Em 26 de junho, há 26 dias, Barreiras tinha menos de 300 contaminados. Hoje deve ultrapassar 1.000 casos de contaminação e uma considerável sobrecarga aos equipamentos hospitalares e pessoal médico disponível. Como estava previsto, a liberalidade no isolamento social custou caro à Cidade.
Quase impossível comprovar que estamos bebendo água com agrotóxicos

A Agência Pública fez uma nova reportagem sobre a presença de agrotóxicos na água. Em abril, a AP – em parceria com a Repórter Brasil – revelou que um “Coquetel” com 27 agrotóxicos foi achado na água de 1 em cada 4 municípios.
A notícia teve enorme impacto, mais de 400 veículos repercutiram o resultado do levantamento.
No entanto, pouca coisa mudou. A reportagem de hoje revela um cenário de omissão, erros nos dados enviados e jogo de empurra, enquanto a população fica no escuro sobre presença de agrotóxico na água.
Não há punição para cidades que não enviam dados sobre pesticidas, tampouco para aquelas que não fazem nada após o teste apontar contaminação. Leia o texto.
A lama e os metais pesados de Brumadinho já contaminam o rio São Francisco

Após decretar a morte do rio Paraopeba, por causa da lama que desceu da Barragem da Vale, em Brumadinho, na Grande BH, a Fundação SOS Mata Atlântica alerta para a contaminação do rio São Francisco.
Um levantamento feito, entre os dias 8 e 14 de março, comprovou que contaminantes mais finos estão passando pela barreira da hidrelétrica de Retiro Baixo, em Felixlândia (a 193 km de BH), e seguem descendo até a represa de Três Marias (a 271 km de BH), no curso do Velho Chico.
O estudo, segundo o biólogo e educador da fundação Tiago Félix, tem o objetivo de esclarecer as dúvidas da população.
” Diversos setores da sociedade nos perguntavam sobre o rio São Francisco. Diante dos questionamentos, decidimos analisar o impacto na região para informar a sociedade.”
Segundo os dados, nove dos 12 pontos analisados entre Felixlândia e Pompéu, no ponto onde o Rio Paraopeba deságua no Rio São Francisco, já estão com água imprópria para o consumo da população.
Em alguns pontos, a falta de transparência da água, chamada de turbidez, está até seis vezes maior do que o permitido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente. Metais como ferro, manganês, cromo e cobre também apresentam concentração acima do permitido pela legislação.
Neste último dia 20, o reservatório de Três Marias estava com 72,36% de sua capacidade. Um alento para a barragem que, além de gerar energia, regula todo o fluxo do médio São Francisco. Sobradinho também já ultrapassou 40% de sua capacidade.
Atenção meninada faceira, a Sífilis está de volta de forma epidêmica.

Apesar de ainda ser tabu para muitas pessoas, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) estão presentes cada vez mais sociedade moderna. Entre as DSTs que retornaram está a sífilis que, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, entre 2010 e 2015 houve um aumento de mais de 5.000%.
A sífilis é uma doença originada na Idade Média causada pela bactéria Treponema Pallidum. Segundo o ginecologista e obstetra, Domingos Mantelli, a doença pode ser transmitida por diversas formas: sexualmente, de mãe para filho, por transfusão de sangue ou por contato direto com o sangue contaminado.
“Surge como uma pequena ferida nos órgãos sexuais e com ínguas nas virilhas. As feridas são indolores e não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se não tratada precocemente, pode comprometer olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso”, alerta o médico.

De acordo com Mantelli, existem três estágios da doença: na primeira fase, os sintomas ficam mais evidentes e há maior risco de transmissão; no segundo estágio, a bactéria fica latente no organismo e no terceiro, a doença volta mais agressiva, causando cegueira, paralisia, doenças cardíacas, transtornos mentais e pode levar à morte.
“A sífilis pode causar um comprometimento muito sério no sistema nervoso, na audição e nos olhos. É importante lembrar que não existe uma vacina. A única forma de prevenir a sífilis é através do sexo seguro com camisinha uma vez que a transmissão se dá por relação sexual vaginal, oral e anal sem o uso de preservativos, além de transfusão de sangue”, acrescenta Mantelli.
O ginecologista adverte para o cuidado com o aumento da sífilis gestacional da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou parto. “É necessário que, no início da gravidez, a paciente procure um obstetra para realizar o pré-natal e fazer todos os exames possíveis para diagnosticar qualquer doença.
O tratamento da sífilis é feito com antibióticos. O diagnóstico é feito por exames clínicos e laboratoriais, durante o pré-natal até o nascimento do bebê”, sinaliza o médico.
E o médico conclui: “não se vê quem tem alguma doença sexualmente transmissível pelo rosto ou documento. Há casos em que o próprio portador não faz ideia que está contaminado. A doença fica incubada e é transmitida por relação sexual sem proteção”.
E daí? Está acontecendo o mesmo com o Aquífero Urucuia?
O Aquífero Guarani, manancial subterrâneo de onde sai 100% da água que abastece Ribeirão Preto, cidade do nordeste paulista localizada a 313 quilômetros da capital paulista, está ameaçado por herbicidas. É o maior lençol subterrâneo da América do Sul, incluindo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.
A conclusão vem de um estudo realizado a partir de um monitoramento do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) em parceria com um grupo de pesquisadores, que encontrou duas amostras de água de um poço artesiano na zona leste da cidade com traços de diurom e haxazinona, componentes de defensivo utilizado na cultura da cana-de-açúcar.
No período, foram investigados cem poços do Daerp com amostras colhidas a cada 15 dias. As concentrações do produto encontradas no local foram de 0,2 picograma por litro – ou um trilionésimo de grama. O índice fica muito abaixo do considerado perigoso para o consumo humano na Europa, que é de 0,5 miligrama (milésimo de grama) por litro, mas, ainda assim, preocupa os pesquisadores, que analisam como possível uma contaminação ainda maior.
A água do Aquífero Urucuia é a maior riqueza do Oeste baiano. Abastece cidades inteiras, como Luís Eduardo Magalhães, e fornece, através de poços de grande vazão, água para inúmeros conjuntos de pivôs centrais. O lençol está espalhado por cinco estados, Piauí, Tocantins, Bahia, Goiás e Norte de Minas e alcança profundidades ou espessuras de até 1.600 metros. Você já imaginou um lago com 1.600 m de profundidade?
A contaminação por defensivos agrícolas, fertilizantes, exploração do gás de xisto e pelo tamponamento das chaminés de reabastecimento do lençol, através da compactação de grades pesadas, o chamado pé-de-grade, podem estar comprometendo a reserva subterrânea. A Universidade Estadual da Bahia iniciou um estudo, por volta de 2006, sobre vazão de entrada e saída do aquífero e nunca concluiu. Pesquisas de contaminação de largo espectro não são realizadas.
Leia mais sobre o Aquífero Urucuia na Revista Brasileira de Geociências.
Como deixaram um refugiado da Guiné se misturar com os brasileiros?
Me explica que não estou entendendo: no Brasil, em cada divisa de estados, existe uma fiscalização da Secretaria da Agricultura para fiscalizar, por exemplo, a propagação do cancro cítrico através de laranjas. Pois bem: o refugiado da Guiné, que chegou ao Brasil em 19 de setembro, no auge da crise do vírus Ebola naquele país, foi inserido na sociedade, sem que ao menos passasse por uma quarentena? O descuido não foi exagerado?
A morte ronda os hospitais do País, em forma de superbactéria
Quatro pacientes internados na enfermaria adulta do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro, foram infectados por uma superbactéria conhecida comoAcinetobacter. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da unidade informou que o estado de saúde dos pacientes é estável, uma vez que a bactéria não atingiu a corrente sanguínea.
De acordo com o Into, “a equipe médica do instituto tem adotado todos os protocolos clínicos e terapêuticos indicados para esse tipo de situação com monitoramento constante do quadro clínico dos pacientes”. A diretoria do Into considera a situação controlada e não há restrição no atendimento.
É o segundo caso de pessoas infectadas pela Acinetobacter esta semana no Rio. No Hospital Federal de Bonsucesso, oito pacientes também estão com a bactéria e em nove ela ainda não se manifestou.
A bactéria Acinetobacter é uma espécie resistente muito encontrada em ambientes hospitalares que afeta principalmente pessoas com imunidade muito baixa, internadas em centros de tratamento intensivo (CTIs), setores de oncologia e casos de emergências graves.
A médica infectologista da Fundação Oswaldo Cruz Diana Ventura recomenda a adoção de medidas para evitar a disseminação da bactéria. Entre elas, a conscientização dos profissionais de saúde para que façam a higienização constantemente, limpeza rigorosa do local e exames nos pacientes a fim de verificar a existência da bactéria no organismo. Da Agência Brasil.










