
Segundo o jornal O Tempo, de Minas Gerais, bombeiros já encontraram 299 corpos ou fragmentos de corpos na região da tragédia.
A análise da água de 100 poços artesianos ao longo do rio Paraopebas indicará (ou não) contaminação por metais pesados, mercúrio, chumbo e arsênio. Formada a culpa, após a apuração dos inquéritos, não existe motivos para diretores, engenheiros e até responsáveis pela fiscalização da barragem ser condenados a longas e educativas penas de privação de liberdade.Documento interno da Vale registra que a mineradora sabia que laudos de estabilidade de suas barragens eram emitidos pelas empresas de auditoria mesmo sem atingir os índices recomendados de segurança.
Seis meses antes do rompimento da Barragem I da Mina do Feijão, a empresa recebeu um relatório de um painel de especialistas –contratados por ela própria– no qual eles apontam que declarações de estabilidade foram dadas considerando “a disposição” da mineradora em resolver os problemas detectados.
O documento faz parte do compêndio que está em posse do núcleo criminal da força-tarefa que investiga o desastre de Brumadinho, que diz ter identificado um “conluio” de funcionários da Vale, que teriam assumido o “risco de produzir centenas de mortes”.
Pelo menos 166 pessoas morreram e outras 155 seguem desaparecidas por conta do tsunami de lama. As autoridades também apontam que troca de e-mails entre funcionários da mineradora e da auditora Tüv Süd demonstram “chantagem” da empresa brasleira para conseguir os laudos de estabilidade da firma alemã com base na promessa de contratos futuros.
