Povo deve pedir explicações ao Prefeito e aos vereadores sobre novo empréstimo de R$40 milhões

Oziel e a maquete da nova prefeitura, no segundo mandato. Licitada e contratada a obra nunca foi realizada.

Com 18 anos de idade, o município de Luís Eduardo Magalhães ainda tem poucos naturais. No entanto, aqueles que optaram por viver e trabalhar na cidade são uma grande maioria. Lutam para ver sua comuna desenvolvida e querem um desenvolvimento genuíno, não aqueles que seja feito de balelas, propaganda política e artifícios eleitoreiros.

Hoje, vota-se na Câmara Municipal a permissão legislativa para que o Governo Municipal contraia empréstimos da ordem de R$40 milhões, com carência mínima de 2 anos.

A autorização para endividar-se pode acontecer, pois o Prefeito controla, com mão de ferro, 2/3 dos vereadores, os quais vivem à reboque de concessões de privilégios nem sempre legais, como empregos para parentes, aluguéis indiretos de máquinas e veículos e outros do gênero troca-troca de favores.

Cada munícipe consciente deveria estar presente à sessão de hoje na Câmara Municipal, para fiscalizar a atitude desses vereadores, que querem dar ao Prefeito, montado em um arrecadação de quase 350 milhões por ano, ainda sacar contra o futuro outros R$40 milhões, os quais certamente vão se evaporar no ar, como todas as obras iniciadas e ainda não concluídas.

Quem confia em Oziel Oliveira deve torcer por mais essa chancela. Quem o conhece como prefeito das promessas não cumpridas, deve torcer contra e mostrar todo o seu desconforto em entregar 40 milhões na mão de quem pouco sabe administrar.

Oziel já teve a sua chance de construir a sede da Prefeitura, na praça dos Três Poderes, ao final do seu segundo mandato. E licitou as obras do prédio imponente, uma pequena casa branca no meio do sertão, com colunatas gregas.

Ele licitou a obra, pagou ao empreiteiro, mas todos sabemos onde foram parar os 3,5 milhões, que ainda previam a construção do Estádio, de 50 casas populares  e do balneário do Rio de Pedras.

As casas foram entregues ao próximo prefeito no alicerce ou na meia-parede; o estádio com um grande muro em volta do terreno vazio; a Prefeitura ficou na primeira chapa e no local do balneário não foi assentado nenhum tijolo.

O empreiteiro foi visto pela última vez fugindo de Luís Eduardo Magalhães, no posto do Distrito do Rosário. Falava em se matar pois não recebeu o dinheiro da licitação e ficou com o nome sujo perante todas as instituições governamentais.

O Estádio, as casas populares e o balneário foram entregues à população depois de novas licitações, aditivos contratuais e novos contratos de construção pelo prefeito Humberto Santa Cruz.

Durante 8 anos, Santa Cruz prometeu entregar também a sede do Executivo e até recomeçou a construção, que logo parou. Na época me assegurou que iria transferir para lá o Gabinete e a Secretaria de Administração e Finanças. Não o fez.

Talvez devamos atribuir o fato a um feitiço, uma caveira de burro enterrada. Ou todo o burro enterrado de uma vez. Só assim o munícipe terá a esperança de não ser, ele próprio, o burro da história. Que só sabe escolher gestores públicos que iniciam obras mas nunca concluem.