Bahia cria grupo de trabalho para combater a ferrugem asiática

Com o aumento dos registros da doença nesta safra, associações e entidades se unem para levar informações de manejo e combate aos produtores

Por André Anelli, de Luis Eduardo Magalhães (BA), para o Projeto Soja Brasil

A incidência da ferrugem asiática na Bahia tem preocupado os produtores. Além de perder produtividade, os custos para controlar a doença estão pesando bastante nesta temporada. Com isso a Aprosoja Bahia criou uma iniciativa para combater o fungo causador da doença.

O tempo chuvoso, na região oeste da Bahia, tem gerado uma a expectativa de boa produção entre os produtores. Mas, a umidade também forma o ambiente ideal para o surgimento da ferrugem asiática. Na propriedade de Paulo Schimdt, no município de Luís Eduardo Magalhães (BA) já foi encontrada a doença e ele prevê aumento no custo de produção.

“O custo de produção já estava alto, porque já tínhamos cuidados contra a ferrugem. Esse custo pode aumentar de cinco a sete sacas, dependendo a época de plantio e tudo mais “, comenta Schimdt.

Até o fim de fevereiro, 22 casos de ferrugem asiática foram detectados no estado. Para tentar diminuir os casos, a Aprosoja estadual, a Fundação Bahia, a Associação dos Irrigantes do Oeste da Bahia e Sindicatos Rurais de municípios da região criaram programa “De Olho na Ferrugem”. E, já definiu pelo menos quatro ações de combate à doença.

Uma delas é a reorganização dos calendários agrícolas: o vazio sanitário irá durar quase cem dias (de 30 de junho a 7 de outubro) e o período de plantio vai ser reduzido (de 8 de outubro a 15 de janeiro).

“Temos que evitar esses plantios mais tardios. O grande problema da soja na safrinha é que a ferrugem entra mais cedo, com uma pressão de inóculo muito maior. Uma severidade maior e o número de aplicações de inseticidas consequentemente tem que ser maior, em intervalos mais curtos. Quanto mais fungicida eu aplico, mas selecionamos indivíduos resistentes”, diz o engenheiro agrônomo, Luís Henrique Carregal.

Outra medida que tem sido indicada é a rotação de defensivos, para diminuir a resistência do fungo. Prática que a pesquisadora Mônica Martins defende, em conjunto com a aplicação de fungicidas multissítios (moléculas que agem em diversos pontos do metabolismo do fungo).

“Nós temos que proteger as moléculas que temos, esses multissítios vieram para agregar. O ideal seria que o produtor usasse os protetores em todas as aplicações, para que a gente protegesse essas moléculas, mesmo porque a eficiência desses produtos tem caído”, garante Mônica.

O presidente da Aprosoja Bahia, Alan Julieni, destaca a importância do combate às plantas guaxas ou tigueras, que são aquelas que resistem fora do ciclo de plantio e servem de hospedeiras para doenças. Quando aparecem na beira das estradas, então, o controle é mais restrito.

Fizemos um trabalho voluntário em que cada um cuidou da rodovia às margens de suas propriedades. Mas ainda tem muitas beiras de asfalto que não tem propriedade em frente. Isso é um problema grave. Só que a gente tem que contar com a ajuda dos nossos políticos, porque é um custo alto. Sem falar em probleminhas legais para poder fazer isso. Se ficar para o produtor, então deixa ele usar os produtos que sejam necessários”, defende Julieni.

LEM: Vigilância Epidemiológica  trabalha no controle da leishmaniose

O programa de vigilância e controle de leishmaniose foi implantado em Luís Eduardo Magalhães em julho de 2015

A Secretaria de Saúde de Luís Eduardo Magalhães, através do Departamento de Vigilância Epidemiológica, realizou na tarde da última quarta-feira, 16, no Sindicato dos Produtores Rurais, uma reunião com médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde, UPA, SAMU e Policlínica Municipal para tratar sobre a leishmaniose visceral (calazar) e a leishmaniose tegumentar no município.

O treinamento ministrado pelo médico Itamar Franco Barros e pela veterinária Gabriela do Amaral da Rosa, teve como objetivo qualificar os profissionais da rede municipal de saúde para a realização do diagnóstico e tratamento precoces da leishmaniose humana e os atualizar do quadro epidemiológico das doenças no estado da Bahia e do programa de vigilância e controle de leishmaniose na cidade.

Sobre o programa – O programa de vigilância e controle de leishmaniose foi implantado em Luís Eduardo Magalhães em julho de 2015, no bairro Jardim das Acácias, com enfoque na leishmaniose visceral canina. Os objetivos são a captura do inseto vetor da leishmaniose, através de armadilhas para a avaliação real do potencial de disseminação da doença em nossa cidade e o inquérito canino por amostragem. Quando o animal passa pela triagem e recebe o resultado de positivo no teste de leishmaniose visceral canina, o sangue do animal é enviado ao laboratório de referência para confirmação do diagnóstico.

Desde a implantação do programa, foram realizados 258 testes rápidos de triagem canina, dos quais 42 foram reagentes e 27 confirmados positivos no laboratório. No decorrer dos anos de 2011 até 2015 foram notificados 23 casos de leishmaniose visceral e cinco casos de leishmaniose tegumentar em humanos em Luís Eduardo Magalhães.

A Secretaria de Saúde também realiza ações educativas durante as visitas nas residências com o intuito dos moradores entenderem mais sobre a doença e conhecerem a necessidade de medidas preventivas e de controle da leishmaniose associada ao controle dos reservatórios positivos, os cães.

O diretor de Vigilância em Saúde, José Lima, explica que a Secretaria de Saúde trabalha com a prevenção de situações que podem colocar em risco a saúde das pessoas. “Através do monitoramento de cães infectados a equipe da vigilância epidemiológica prevê uma possibilidade de aumento de casos de leishmaniose humana na cidade, por isso estamos nos antecipando com essa capacitação dos profissionais de saúde objetivando o diagnóstico prévio e o tratamento no menor espaço de tempo possível”.

Caravana Embrapa leva informações sobre controle da Helicoverpa armigera ao MA e ao PI na próxima semana

caravanaNos dias 21 e 23 de janeiro, a Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias vai passar pelo Maranhão e pelo Piauí para levar informações sobre o manejo da lagarta Helicoverpa armigera e de outras pragas que atacam as lavouras. Pesquisadores da Empresa e de instituições parceiras vão orientar técnicos da extensão rural e de cooperativas, além de representantes dos sindicatos e associações rurais das regiões de Balsas (MA) e de Bom Jesus (PI) para que atuem como multiplicadores de conhecimentos sobre a praga que causou prejuízos bilionários às lavouras brasileiras na última safra.

Na terça-feira (21), a Caravana estará em Balsas, no Auditório da Faculdade de Balsas (Unibalsas), e na quinta-feira (23), em Bom Jesus, no Auditório Central da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Em cada município, a equipe apresentará informações técnicas sistematizadas da Embrapa sobre a identidade das ameaças fitossanitárias, os riscos associados e as estratégias fundamentais para manejo e recomposição do equilíbrio agroecológico com propósito de ampliar as bases de sustentação para o controle de pragas. Em seguida, será feita uma análise dos problemas fitossanitários da região. Continue Lendo “Caravana Embrapa leva informações sobre controle da Helicoverpa armigera ao MA e ao PI na próxima semana”

Um dia esquecido.

Dia 12, sábado, foi comemorado o dia mundial da campanha “Educar para Prevenir o Diabetes”. Mais de 300 milhões de pacientes em todo o mundo sofrem com o diabetes. Em Luís Eduardo Magalhães, o fornecimento de fitas para o controle da glicose no sangue foi suspenso.