Pesquisa cria primeiro inseticida à base de vírus contra lagarta-do-cartucho

Agricultores passam a contar com um inseticida biológico que tem como princípio ativo um vírus de grande eficácia para controle da lagarta-do-cartucho, principal praga do milho, que acomete também outras culturas, como soja, sorgo, algodão e hortaliças. O primeiro inseticida à base de Baculovirus spodoptera, o CartuchoVIT, será lançado no próximo dia 12 em Uberaba (MG), como resultado da parceria entre a Embrapa Milho e Sorgo (MG) e o Grupo Vitae Rural.

“Os baculovírus são agentes de controle biológico que não causam danos à saúde dos aplicadores, não matam inimigos naturais das pragas, não contaminam o meio ambiente, nem deixam resíduos nos produtos a serem vendidos nas gôndolas dos supermercados”, explica o pesquisador da Embrapa Fernando Valicente.

 Testes de biossegurança comprovaram que esses vírus são inofensivos a microrganismos, plantas, vertebrados e outros invertebrados que não sejam insetos. O Baculovirus spodoptera apresenta especificidade em relação aos insetos-alvo. Infecta e causa a morte da lagarta-do-cartucho (Spodoptera fugiperda) e da lagarta Spodoptera cosmioides.

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Abapa visita biofábrica na Holanda

Foto 01 Abapa visita biofábrica na Holanda

 O diretor da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celito Breda, visitou no último dia 23 de outubro, a maior biofábrica do mundo em controle biológico, da empresa Koppert, em Rotterdam. A perspectiva é trazer novas alternativas para auxiliar os agricultores a incrementar o controle biológico de pragas e doenças.  Os Estados Unidos e os países da Europa, Ásia e Oceania utilizam com mais intensidade as ferramentas de controle biológico, que é resultado do avanço das pesquisas. A visita também foi acompanhada pelo presidente da Abrapa , Gilson Pinesso, vice-presidente da Abrapa,  Paulo Shimohira, pesquisadores da Embrapa e do IMA mt.

Atualmente os inseticidas biológicos no Brasil  são pouco utilizados. Dentro das metas do Programa Fitossanitário construído na Bahia, validado no último dia 30, consta a intensificação do uso dos biológicos e menor dependência dos químicos. “Atualmente nossa dependência dos químicos chega a mais de 97% do controle de lepidópteros e de 100% em outras pragas, na região Oeste da Bahia. Dentro das recomendações do MIP (Manejo Integrado de Pragas) deveremos usar, de forma integrada as quatro ferramentas principais: Cultural, Transgênico, Biológicos e Químicos – e não apenas uma ou duas” , afirma Breda. 

Ele acrescentou exemplificando a utilização do controle biológico  em outros países. “O controle de ácaros, feito com outros ácaros; controle de lagartas e pupas feito com nematoides; mosca branca, percevejos e cigarrinhas feito com fungos, dentre outros exemplos. Vimos também o uso intensivo de insetos polinizadores, o que seria muito adequado às culturas de melancia, melão, tomate, abobora e outras da região Oeste”.

O Brasil está cerca de 10 anos atrasado no uso adequado do MIP. Utiliza o controle químico como âncora principal. “A visita à biofábrica na Holanda e  a missão à Austrália realizada em fevereiro deste ano, nos mostrou, mais uma vez, que é preciso uma mudança cultural dos produtores e de toda a classe. Este ó o caminho para que tenhamos sucesso na implementação do Programa Fitossanitário Regional”, finaliza Breda.

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Ascom Abapa